DA COLÔNIA AO IMPÉRIO ESTUDOS SOBRE A HISTÓRIA DO BRASIL FROM COLONY TO EMPIRE STUDIES ON THE HISTORY OF BRAZIL (original) (raw)
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DA COLÔNIA AO IMPÉRIO história social da América portuguesa ao Império do Brasil-séc. XVI ao XIX
Administradores do contrato das baleias na capitania de Santa Catarina, 1742–1835, 2023
O presente artigo busca analisar o papel dos administradores das armações da pesca de baleia na capitania de Santa Catarina durante os séculos XVIII e XIX—oficiais dos Corpos de Ordenanças ou das milícias auxiliares, vereadores das Câmaras municipais e/ou negociantes—responsáveis pela supervisão dos trabalhos na pesca, pelo fluxo de embarcações destinadas ao mercado atlântico do óleo de baleia, além da prestação de contas e contabilidade da armação para o contratador sediado em Lisboa, no Rio de Janeiro ou na própria capitania. Esses administradores envolveram-se em outros negócios; conhecedores dos meandros da política e da economia colonial, atuavam nas principais capitanias e contavam com contatos nos principais portos da América. Dessa forma, buscamos compreender os mecanismos de acumulação desses administradores que, na esteira dos contratos dos negócios das baleias, estavam promiscuamente ligados em negócios como arrematação de impostos, contrabando e tráfico de escravos. Em outras palavras, buscamos analisar como os administradores do contrato da pesca de baleia na América portuguesa utilizaram do cargo e da função exercida para ampliar seus negócios lícitos e ilícitos nas franjas do Império. Em suma, como esses homens que cuidavam da administração dos negócios dos outros e, muitas vezes, da administração, nas próprias vilas e/ou freguesias nos corpos de Ordenanças e auxiliares ou no exercício das funções camaristas, usavam do cargo para benefício próprio.
Sobre a possibilidade de aprender história, e limitados às experiências selecionadas (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Espanha, França e Inglaterra), esperamos ter ficado clara a possibilidade de a grande parte dos alunos dos 6 aos 17 anos de idade aprenderem história sem lançarem mão, predominantemente, da atividade memorística. A natureza dessa aprendizagem, as capacidades mobilizadas e os fundamentos do ensino de história, entretanto, variaram bastante, mas foi possível chegarmos a três conclusões.
PASSOS DO ESTADO BRASILEIRO NA HISTÓRIA RECENTE DA AMAZÔNIA PARA TRANSFORMÁ-LA EM COLÔNIA DO BRASIL
Caminhos e descaminhos da Amazônia em busca do desenvolvimento – acertos, erros e possibilidades. Vol. 1, 2023
Neste capítulo, alinho os passos jurídicos, políticos, econômicos e administrativos que levaram a Amazônia a se transformar numa colônia do país Brasil em sua história recente (a partir dos anos 1970, durante a ditadura militar). Alguns dos passos jurídicos que haviam sido estabelecidos naquele período foram removidos muitos anos depois, quando, então, as situações já se encontravam consolidadas e a realidade amazônica não podia mais ser alterada substancialmente.
Anais do XVII Congresso Internacional de Educação Histórica, 2017
RESUMO: Essa comunicação foi construída tendo como base um conjunto de experiências oriundas da prática docente na universidade. Formulada como estratégia didática para uma disciplina sobre História do Brasil Colônia, a utilização dos sermões do Pe. Antônio Vieira ofereceu a possibilidade de desenvolver duas habilidades fundamentais nos alunos da graduação em História: (1) a habilidade de dissecar fontes coevas, e (2) a competência de articular as informações garimpadas com o debate historiográfico existente, lançando luz sobre questões que auxiliem na compreensão da constituição social e política do período colonial brasileiro. A engenharia reversa dos sermões (a busca pelas suas estratégias de persuasão) fez aparecer a anatomia da dominação patriarcal constituída sobre a economia açucareira, a proteção indígena articulada com a proposição do cativeiro africano e, enfim, algumas limitações de nossa cultura política (nossa "cordialidade", diria S. Buarque de Holanda) que o barroco de Vieira expressava com maestria.
Do Brasilianismo À História Do Tempo Presente: Trajetória De Uma Pesquisa
2018
Publicado no Brasil em 1988, Como se faz m Presidente: A Campanha de JK analisa a campanha eleitoral que conduziu Juscelino Kubitschek a presidencia em 1955. Escrito por Edward Riedinger, norte-americano que trabalhou como secretario de JK na decada de 1970, o livro aborda um tema pouco estudado pela historiografia referente ao periodo. Alem disso, pela origem do autor, a obra pode ser considerada como parte do brasilianismo, termo que abarcava a producao academica de autores norte-americanos sobre o Brasil. Este artigo pretende apresentar como Riedinger elaborou sua obra e quais as suas relacoes com a historiografia sobre o tema, alem de uma possivel leitura do trabalho sob o conceito de historia do tempo presente.
Antes de qualquer comentário, agradeço aos coordenadores do HISTEDBR pelo convite para participar desta sessão de comunicações e debate em torno do tema Brasil Colônia: estado da arte em História da Educação, ao mesmo tempo em que desculpo-me pela impossibilidade de se fazer presente tanto aí na Unicamp como na modalidade vídeo-conferência. Partilho das expectativas de que o debate via vídeo-conferência fará parte cotidiana de nossa vida acadêmica, pois propiciará uma rápida, cômoda e econômica forma de partilharmos o resultado de nossas pesquisas. Pena que ainda não seja uma realidade na maioria das universidades, mas, creio, é questão de tempo. O tema desta " mesa " remete, necessariamente, a duas vertentes de discussão que acabam por se entrecruzar na dinâmica das pesquisas: por um lado a importância de se avaliar as produções existentes, tanto as mais antigas como mais atuais sobre a educação na Colônia e, por outro, a ideologia subjacente às análises, não no sentido de se cotejar teorias historiográficas, mas, sim, no sentido de se perceber em que medida se está descobrindo ou encobrindo ainda mais o que se está estudando. A tônica, hoje em dia, em termos de produção historiográfica parecer ser, cada vez mais, o livro coletivo, ou mais propriamente, uma coletânea de artigos sobre um tema em comum, realizado a partir de iniciativas pessoais (as quais são sempre louváveis) e/ou de grupos mais ou menos consolidados em nossas universidades. Como exemplo cito o volume I de Histórias e Memórias da Educação no Brasil, obra coordenada pelas professoras Maria Stephanou e Maria Helena Câmara Bastos. O livro é composto por treze artigos dispostos sem uma lógica interna rigorosa, pois os temas abarcam cultura, instituições, gênero, teorias e práticas educativas. O mais significativo de uma obra como esta, além, é claro, da riqueza inerente a cada artigo, é ter a possibilidade de se conhecer, ao mesmo tempo, várias pesquisas e, com isso, poder identificar pessoas, grupos e instituições que desenvolvem estudos sobre temas próximos. 1 Grupo de pesquisadores sobre o tema " Educação, História e Cultura: Brasil, 1549-1759 " , coordenado pelo professor José Maria de Paiva.
FORMAS DE INTERVENÇÃO E EXPLORAÇÃO EM TERRAS INDÍGENAS NO DECORRER DA HISTÓRIA DO BRASIL
v. 4 n. 1 (2021): Edição: jan/abr, 2021
O presente trabalho tem por objetivo principal analisar as formas de exploração e intervenção em Terras Indígenas, assim como a violência acometida contra esses povos e a motivação dos indivíduos responsáveis por essas ações, no decorrer da história do Brasil. Através da análise dos dados fornecidos pelos relatórios da Comissão Nacional da Verdade da Ditadura Militar, Programa de Monitoramento de áreas protegidas do Instituto Socioambiental e de órgãos oficiais como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE e a Fundação Nacional do Índio-FUNAI, investigou-se as formas de intervenção que permanecessem sendo praticadas nas terras indígenas e as consequências que essas ações vem causando para esses povos. Por fim analisou-se o contínuo processo de práticas anti-indigenistas que acarretam no genocídio de povos indígenas no Brasil, trabalhando o conceito de Condenados da Floresta, de João José Veras de Souza e o processo de invisibilidade sofrido pelas populações indígenas.
BASE NACIONAL CURRICULAR COMUM DO ENSINO DE HISTÓRIA PARA UM NOVO BRASIL
Nesta conferência, discutimos e defendemos a instituição de uma Base Nacional Curricular Comum (BNCC), prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado em 2014. Apresentamos os pressupostos teórico-metodológicos uma análise de conjuntura, emergência de um currículo nacional, além de indicar a responsabilidade dos professores de História nessa empreitada. Ao final, listamos nove recomendações que podem auxiliar na viabilização, anida no plano estipulado pelo PNE, ou seja, entre 2015 e 2017, da referida BNCC.