Paisagem depois da catástrofe (original) (raw)
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2020
Este dossier, reunido a partir do tema da paisagem em metamorfose, pretende compreender a perspectiva de diferentes investigadores de campos diversificados do saber e do fazer, procurando valorizar o modo como, individualmente, contribuem para uma reflexão que se pretende abrangente e enriquecedora. Pretende ainda lançar dados para outras investigações no seio da prática, do pensamento e dos conceitos sobre a noção de paisagem, onde através dos aspetos, transitoriedade e paradigma das relações humanas com o território, procura o aprofundamento da interdependência do primeiro com o segundo, situação que frequentemente o Humano esquece, ou tenciona esquecer. O dossier divide-se em sete capítulos, organizados por temas que podem ser analisados isoladamente, mas partilhando um diálogo e reflexão conjuntos, havendo assuntos que se estendem de um artigo para o seguinte, em continuidade ou dissonância, quer entre os dados, quer agora pela participação do leitor.
2020
This text has as its object of study the Feira da Praia Grande (located in the historic center of Sao Luis, Maranhao, Brazil), a relevant commercial building from the 18th century. This research aimed to evaluate the interventions of tourist activity (public policies for preservation and tourism) in historic areas, in relation to the urban landscape of Feira da Praia Grande. The methodology used in the research has a qualitative and quantitative character. Bibliographic and documentary research and field research were carried out with the application of a structured questionnaire to residents, tourists and marketers in search of a perspective on the landscape quality of Feira da Praia Grande. The main results made it possible to recognize that the Praia Grande Fair is considered a material and immaterial heritage consumed by tourist activity and that over the years its landscape has been modified as a result of tourist use.
Revista de Geopolítica, 2022
O artigo em questão, de viés epistemológico, defende a paisagem como palco da dialética mente e matéria que fundamenta a noção de nação e inspira o nacionalismo. Para tanto, parte do pressuposto teórico da rejeição da separação entre mente e matéria e considera a paisagem como um abrigo dos simbolismos, que analogamente permitem-nos considerá-la um texto, tal como fazem os pressupostos da nova geografia cultural. O artigo defende que o simbolismo paisagístico afeta em alguma medida as pessoas que, em retorno, constroem novos símbolos na paisagem. Esse processo, similar ao conceito de trajeção de Augustin Berque, posiciona a paisagem como um arcabouço, parte indissociável da nação e evidencia a sua espacialidade.
Paisagem-em busca do lugar perdido
Finisterra: Revista portuguesa de geografia, 2001
A paisagem, no século XIX, esteve também presente em domínios da arte como as letras ea música. Na literatura a paisagem assumiu um lugar privilegiado nos trabalhos de autores como Flaubert e Balzac, em França, como as irmãs Brontë, em Inglaterra e Júlio Dinis, ...
A Paisagem Enquanto Campo De Batalhas Dircursivo
Caderno de Geografia
A abordagem que explora o simbolismo na paisagem representou a transcendência da materialidade em um contexto de ruptura frente ao objetivismo positivista. Traz, no contexto dessa transcendência, a possibilidade de interpretarmos as marcas expressas na paisagem como produto e estímulo à agência humana, em uma concepção bastante enraizada na Nova Geografia Cultural. No interior da discussão simbólica, apresenta-se como pauta muito importante a reflexão de como a gestão do arranjo paisagístico pode servir para a manutenção do status político-social. Nesse sentido, o artigo parte da perspectiva do entendimento da paisagem enquanto um campo de batalha discursivo, mas, ao mesmo tempo, rejeita as abordagens totalizantes que visam compreender os símbolos como expressão e interpretação de uma mítica coletividade monolítica. Objetivamos, assim, refletir de que forma as forças hegemônicas e contestatórias se coadunam na paisagem, com o foco centrado nas identidades em detrimento da coletivida...
Paisagem de cacos e dores revoltadas
Esse artigo resulta da formação de uma coleção de marginalias encontradas em livros relacionados à ditadura, presentes na Biblioteca Central da Universidade de Brasília. Essas marginalias (anotações, intervenções gráficas, interferências no texto e nos elementos para-textuais), mostraram-se particulares por seu sentido político, tanto no que se refere ao conteúdo quanto à circulação de opiniões e críticas que elas configuraram. Elas são analisadas, aqui, diante do pano de fundo das questões relativas à memória da ditadura militar, às políticas da ditadura sobre as mídias, em particular a circulação dos impressos e, em especial, a biblioteca como lugar de memória.