Cidadania, integração e identidades culturais na América Latina (original) (raw)
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A dimensão cultural nos processos de integração entre países da América Latina
The cultural dimension in the processes of integration between Latin American countries , 2021
The book deals with the cultural dimension in the processes of integration between Latin American countries. The present collections are result of a partnership between the Faculty of Philosophy, Letters and Human Sciences (FFLCH) from the University of São Paulo. In the chapter with the same title as the book, we record the history of Casa Latino-Americana as a cultural agent in the area of education, culture and human rights.
Políticas culturais na América Latina
REVISTA DO CENTRO DE PESQUISA E FORMAÇÃO / Nº 14, julho 2022, 2022
Este artigo apresenta algumas características dos estudos sobre políticas culturais na América Latina, explorando as hipóteses que envolvem o conceito, a importância da abordagem desse tema no campo da História e alguns exemplos de expressões que, em diferentes momentos do século XX, tensionaram e interferiram nas políticas culturais governamentais, no México, no Uruguai e em Cuba. Ao abordarmos essas experiências, destacamos a relação das políticas culturais de determinadas instituições com as políticas culturais governamentais e os projetos políticos vigentes; seu impacto no meio artístico e intelectual, inclusive em âmbito internacional, e os debates que suscitaram sobre o papel político da arte e do intelectual na América Latina.
Cidadania, identidade e multiculturalismo
Caderno Espaco Feminino, 2008
Resumo: O argumento desenvolvido neste artigo procura demonstrar a necessidade de incorporar a discussão das diferenças no conceito de cidadania. No Brasil, a diferença étnico-racial sempre foi geradora de desigualdades entre brancos e negros. A construção de um conceito de cidadania que leve em consideração tal fenômeno certamente contribuirá para diminuir as desigualdades entre brancos e negros no Brasil. O argumento é construído a partir da leitura do texto "A Questão Judaíca" de Karl Marx bem como pela incorporação de autores clássicos das ciências Sociais como Pierre Bourdie e Louis Althusser.
Cidadania e diversidade cultural na pauta das políticas culturais
Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, 2016
Resumo: Trata-se de um texto de reflexão que tem como objetivo contribuir para a sistematização de estudos, conceitos e práticas sobre políticas culturais que têm se constituído nos últimos anos no Brasil e orientado ações e programas públicos de cultura, com desdobramentos também para a Terapia Ocupacional. Cidadania e diversidade cultural são conceitos em construção e estão na pauta das políticas culturais, bem como nas reflexões e práticas de diferentes terapeutas ocupacionais que atuam com a área cultural através da promoção de formação em gestão cultural, da realização de mapeamentos culturais, de programas e projetos de fomento a identidades inventivas, comunidades tradicionais, população indígena, mobilidade urbana, redes e intercâmbios culturais, entre outros. Apresenta-se o processo da referida construção conceitual e da constituição de experiências de democratização da cultura na história das políticas públicas culturais no país, em torno do que se discutem caminhos de aproximação e possibilidades para a Terapia Ocupacional.
História das políticas culturais da América Latina
Verificamos que o período que tem início na última década do século XX e se estende aos dias atuais, segundo alguns estudiosos, tem entre seus processos distintivos o da ocorrência de um intenso movimento de institucionalização da cultura no campo das políticas públicas. Esta é uma afirmativa válida quando se trata de analisar a realidade latino-americana.
Integração cultural na America Latina - conferência FCE abril de 2023
2023
Quanto o CAECO me convidou para participar desta semana de debates e mesas-redondas na Faculdade de Ciências Econômicas, fiquei particularmente feliz pelo fato de terem sido estudantes de Economia a convidarem um historiador para uma conversa. As Ciências Econômicas são, antes de mais nada, uma ciência humana. Não perder a dimensão humana, social e histórica da Economia é o primeiro passo, e o mais fundamental e radical, para que a Economia faça sentido para a sociedade, para além do mercado financeiro, das bolsas de valores e dos megainvestimentos públicos e privados que incidem sobre a vida das pessoas. Mais feliz fiquei com a proposta de falar sobre Integração cultural na América Latina. Normalmente o economista está mais preocupado com números e taxas de juros do que com cultura e integração cultural. A América Latina é engendrada ao mundo ocidental a partir de um corte dramático, que desde 1492 retirou os povos nativos desta parte do mundo de seus regimes históricos próprios, formando em seu conjunto o que muitos autores chamam de Primeira Globalização. A globalização nasce colocando Europa, América, África e Ásia em contato, sob o signo da escravidão e da acumulação de capitais, do racismo e da sociedade de castas e privilégios. Embora a América Latina como conceito tenha surgido apenas na passagem do século XIX para o século XX, ela nasce para obedecer a uma lógica mercantil. Sou professor de história da América Antiga e Colonial, e o programa do curso de História prevê duas disciplinas obrigatórias para dar conta disso: uma disciplina que abrangeria desde o povoamento do continente, em tempos imemoriais, abrangendo o desenvolvimento cultural na América antiga, desde os povos caçadores-coletores até a formação de sociedades complexas, como os olmecas, tiwanakotas, tupinambás, astecas e incas, passando por uma infinidade de culturas localizadas, sociedades já extintas, povos que dominaram outros, se fundiram, originaram outros povos. Uma segunda e sucessiva disciplina daria conta do que chamamos de América colonial, desde a invasão e colonização europeia do continente americano até a dissolução e fragmentação dos impérios coloniais europeus na América, nas primeiras décadas do século XIX.
Revista Tempo do Mundo, 2022
Este artigo analisa como a interculturalidade tem sido desenvolvida como forma de integração da América Latina. A partir da metodologia do estudo de casos, buscamos compreender a experiência recente de dois programas interculturais realizados nestes trópicos: o IberCultura Viva, desenvolvido pela Secretaria Geral Ibero-americana (Segib), e o Mestizo, desenvolvido pelo British Council. Para esta compreensão, adotamos como principal arcabouço teórico e fio condutor de discussão os estudos sobre hibridação realizados pelo antropólogo Canclini (2008). Entre os relevantes resultados obtidos, destacamos a percepção dos diversificados espaços comuns criados por ambas as iniciativas, que possibilitam muito mais que meras misturas culturais, isto é, estabelecem novos pertencimentos e contribuem para o desenvolvimento sociocultural e econômico das regiões e agentes envolvidos. Assim, são efetivadas duas formas de integração da América Latina: entre países da região e entre um país latino-americano e qualquer outro do mundo.