Retrospecto de uma fresta: O que devo ao estruturalismo (original) (raw)

A rasura de nascimento do estruturalismo

Manuscrítica: Revista De Crítica Genética, 2014

Trata-se de tradução de capítulo do livro Écrire. À l’heure du tout-message, de Jean-Claude Monod, no qual o autor disserta acerca da querela crítica estabelecida entre o estruturalismo e a hermenêutica, suscitada a partir do dissenso observado no diálogo estabelecido entre Lévi-Strauss e Paul Ricoeur, partindo, para isso, de questões encontradas, respectivamente, na correspondência e na marginália de ambos.

O estruturalismo e algumas de suas vicissitudes

O estruturalismo e algumas de suas vicissitudes, 2020

Este ensaio parte de dois questionamentos que se entrecruzam: um, que diz respeito aos limites do estruturalismo no que tange à proposição de uma política emancipatória; e outro, à importância que o conceito de sujeito pode ter para esse tipo de proposta política. Assim, fizemos um brevíssimo percurso sobre o conceito de estrutura enquanto objeto central do estruturalismo. Em seguida, articulamos as noções de ideologia e poder em Althusser e Foucault, partindo do caráter onipresente de tais instâncias na teoria desses filósofos, que acreditamos se desdobrar da onipresença do conceito de estrutura, e das consequências de tal onipresença para a categoria de sujeito. Posteriormente, mostramos as divergências existentes entre Lacan e os outros autores no que diz respeito ao conceito de sujeito, ressaltando o alcance político desse constructo e da própria clínica psicanalítica

Tudo ou nada: estruturalismo à brasileira

Este artigo investiga os discursos ao redor do estruturalismo desenvolvido no Brasil, centrado na figura de Luiz Costa Lima, um de seus principais divulgadores. Para tal, tem como antagonistas figuras como Carlos Nelson Coutinho e José Guilherme Merquior, que, por vieses distintos, acossam essa perspectiva teórica. Ressalta-se aqui o caráter tudo ou nada de uma perspectiva teórica quando adotada no país, isto é, como uma teoria é colocada integralmente em xeque, não abrindo espaços para nuances e aspectos positivos que uma eventual abordagem pode oferecer. Isto feito, articula-se o desejo de uma abordagem que seja menos dogmática e parcial das teorias literárias no Brasil. ABSTRACT: This article investigates the discourses around the Structuralism developed in Brazil, centered on the figure of Luiz Costa Lima, one of its main disseminators. For that, it has as antagonists figures such as Carlos Nelson Coutinho and José Guilherme Merquior, who, for different biases, attack this theoretical perspective. It is emphasized here the all-or-nothing character of a theoretical perspective when adopted in the country, that is, how a theory is placed in full check, not opening spaces for nuances and positive aspects that an eventual approach can offer. This done, there is a desire for a less dogmatic and partial approach to literary theories in Brazil.

O que resta da crítica estrutural?

Neste artigo, defendo que o uso que tem sido feito das questões identitárias não somente joga fora qualquer possibilidade de liberdade e responsabilidade individual, como acaba por esvaziar o próprio potencial da crítica estrutural. (Artigo publico em O Estado da Arte, do Jornal O Estado de S. Paulo)

Rizoma e pós-estruturalismo

2021

Nesse ensaio trazemos três apontamentos sobre a filosofia deleuziana, que elaboram uma análise de conteúdo epistemológico com o objetivo de refletir os possíveis usos dessa teoria na fundamentação de pesquisas de pós-graduação desenvolvidas pelo Grupo Rizoma ligado ao Programa de Pós-Graduação em educação da Universidade Federal do Paraná. A proposta é desdobrar o rizoma, conceito criado por Gilles Deleuze e Félix Guattari, traçando a partir destes três pontos um modo de orientação nesta filosofia das multiplicidades. O primeiro apontamento trata da criação de conceitos e métodos que formam a filosofia de Deleuze; o segundo, analisa o texto Em que se pode entender como estruturalismo?; e o terceiro, os elementos e princípios do Rizoma, texto e conceito que foi escrito e criado junto a Félix Guattari. Entendemos que esses três momentos perfazem um percurso interessante e necessário para quem quer fazer uso das abordagens da filosofia da diferença em processos especulativos do campo d...

O enfoque histórico-estrutural e a crítica relegada

Textos de Economia, 2011

O presente texto procura: por um lado, realizar uma revisão do pensamento originário da Cepal, privilegiando os aspectos constitutivos do modo de pensamento cepalino e de suas implicações para a formulação de narrativas históricas sobre a formação e desenvolvimento das economias latino-americanas; por outro, argumenta que a Perspectiva dos Sistemas-Mundo pode contribuir, a partir de sua critica epistemológica, para a revisão crítica dos modelos explicativos da formação e desenvolvimento das economias latino-americanas.

Conhecendo a Perspectiva Pós-Estruturalista: Breve Percurso De Sua História e Propostas

2017

O presente estudo tem por finalidade abordar sobre o pos-estruturalismo enquanto corrente de investigacao filosofica, que tem como principal proposta a recusa aos fundamentos tradicionais da filosofia e, a partir dai, questiona e transforma os principios teoricos de seu antecessor, o estruturalismo. A pesquisa bibliografica apresenta discussoes relativas a desconstrucao de ideias binarias enquanto fontes de verdades absolutas, bem como ao descentramento da compreensao de sujeito a partir das principais teorias de estudo vinculadas a referida perspectiva, ou seja: teoria do discurso, estudos culturais e teoria queer . Percebe-se que, para alem das preocupacoes relativas as diferencas entre as classes sociais, o pos-estruturalismo questiona a sociedade em relacao a outras formas de dominacao que resultam na exclusao das minorias, como por exemplo, as relacoes etnico-raciais, de genero e de sexualidade. Palavras-chave: Pos-Estruturalismo. Discurso. Estudos Culturais. Teoria Queer . ABS...

Case da era fordista ao desemprego estrutural

Da era fordista ao desemprego estrutural da força de trabalho: mudanças na organização da produção e do trabalho e seus reflexos 1 Vinicius Correia Santos 2 Introdução Como conseqüência da reestruturação produtiva do capitalismo na década de 1970, observou-se transformações nas formas de organização do trabalho no espaço de produção fabril. O presente artigo analisará essas transformações a partir da visão do pensamento marxista sobre a lei de tendência da queda da taxa de lucro. Para tal feito, a investigação centrou-se na mudança na forma de organização do trabalho e da produção e suas conseqüências para o Estado, os capitalistas e os trabalhadores. Verificando mudanças crucias a partir do fordismo (como racionalização do trabalho) e do keynesianismo (como regulação econômica) para o toyotismo (regulação da produção e do trabalho) e a acumulação flexível (regulação econômica). Nesse sentido, vamos trabalhar a temática a partir de quatro eixos fundamentais que compreendem essas transformações. No primeiro eixo, apresenta-se o que foi o fordismo, destacando o que ele trouxe para a organização do trabalho; no segundo, evidencia-se o compromisso fordista enfocando as relações entre Estado – capitalistas – trabalhadores que levaram a queda na taxa de lucros; no terceiro, discute-se o que é o toyotismo e suas mudanças fundamentais para a regulação da produção e do trabalho; e no último eixo apresenta-se a acumulação flexível e suas principais conseqüências. Pretende-se com isso, mostrar o que Marx escreveu no séc. XIX como contra tendência a queda da taxa de lucro foi usado na reestruturação produtiva do capitalismo no séc. XX.

O estruturalismo sitiado.pdf

Analisamos como o “estruturalismo” foi compreendido na obra de Michel Pêcheux. Inseridos no quadro teórico-metodológico materialista da Análise de Discurso em relação produtiva com a História das Ideias Linguísticas. Objetivamos compreender, com esse gesto de leitura, a história do “estruturalismo”, considerando o movimento em suas condições gerais e específicas de produção.