A EXPOGRAFIA COMO DISCURSO NA ARTE CONTEMPORÂNEA (original) (raw)
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TEORIA (PROVISÓRIA) DAS EXPOSIÇÕES DE ARTE CONTEMPORÂNEA
TEORIA (PROVISÓRIA) DAS EXPOSIÇÕES DE ARTE CONTEMPORÂNEA , 2016
A tese concentra-se em estudos expositivos, especificamente em proposições curatoriais e artísticas que questionam o topos expositivo contemporâneo. O recorte temporal dessa pesquisa concentra-se em exposições vivenciadas no período 2012-2016, em contextos geográficos distintos: Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Berlim, Veneza e Londres. A metodologia de pesquisa constrói-se a partir da experiência em exposições visitadas, configurando estudos de caso da tese. Quais são os limites das canonizações ocidentais que reforçam tendências particulares e inscrevem ortodoxias em estudos expositivos? Entre “lá fora” e “aqui dentro”, se lá está a dicotomia, aqui está o hibridismo como matriz experimental das produções expositivas nacionais. Nesse contexto aqui e agora, desenvolve-se o conceito de ‘contraexposição’, que redefine o lugar expositivo através da experimentação direta na investigação, produção, apresentação e documentação de proposições curatoriais e artísticas em sua dimensão pública. Considera-se, ainda, o âmbito das megaexposições, especificamente bienais, debatendo a suposta crise do modelo através do mapeamento dos padrões recorrentes como possível estratégia de reinvenção do formato hegemônico internacional. Nessa tese, entre exposições, megaexposições, contraexposições, são verificadas tentativas de engatar o sujeito para um primeiro plano das experiências expositivas, fazendo com que o questionamento direcione-se aos endereçamentos expositivos e à produção de associações obra-públicoS. Em tese: seja em instituições culturais – topos expositivo reconhecido como lugar da arte – ou no topos expositivo outro – qualquer lugar –, a exposição contemporânea está em incessante redefinição.
IMAGEM-PARANGOLÉ E DISPOSITIVOS DE “EXCORPORAÇÃO” NA ARTE CONTEMPORÂNEA
O presente ensaio toma o Parangolé, inventado-vivenciado pelo artista brasileiro Hélio Oiticica, como um conceito que opera sobre processos de “in-corporação” (“do corpo na obra e da obra no corpo”) e produz imagens. Investigaremos ressonâncias deste conceito posto em movimento na série Antropologia da Face Gloriosa de Arthur Omar, analisando sua tentativa de desenvolver um dispositivo aberto para “excorporação” (André Lepecki) das imagens produzidas a partir de experiências-“parangolé”.
A EXPOSIÇÃO COMO DISPOSITIVO PARA A HISTÓRIA DA ARTE
O presente artigo apresenta a exposição como um dispositivo para a escrita de uma história da arte em consonância com o contemporâneo. Partindo da noção de “Exposição como dispositivo” proposta por Ana Carvalho (2012), utilizando-se do conceito de dispositivo trabalhado por Giorgio Agamben (2009) e com o foco na escrita de uma história problemática da arte (Georges Didi-Huberman, 2013), propõe-se a exposição como ferramenta para uma história da arte escrita a partir da noção de montagem.
AS EXPOSIÇÕES DE ARTE E O DEBATE CULTURAL
Revista Tecnologias e Sociedade, 2006
I No contexto do "Simpósio Nacional de Tecnologia e Sociedade" e dentro da mesa redonda que se intitula "Cultura, Espaço e Interação" escolhi para tema de minha apresentação "As exposições de arte e o debate cultural". Parti do princípio de que a discussão artística ganha o espaço público através das exposições de arte. Caracterizo as exposições de arte como espaços de interação entendida como participação semântica ou sensorial, do público mais amplo ou especializado. Por discussões artísticas eu entendo também as discussões que cortam transversalmente o mundo da cultura. E, por último, enfocarei mais especificamente a atuação do curador Paulo Herkenhoff e seu projeto de fundamentação do debate artístico em algumas questões de base da cultura brasileira.
COEXISTÊNCIA: A EXPOSIÇÃO DE ARTE COMO LUGAR DE PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO
Resumo: Neste artigo, discorremos sobre a experiência pedagógica de reunir as disciplinas Trabalho de Conclusão de Curso 2, Laboratório de Produção Artística 4 e Expografia e Montagem com o objetivo de realizar uma exposição das pesquisas em arte conduzidas pelos estudantes do quarto e último ano do curso Artes Visuais – Bacharelado, da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás. Esta exposição é uma atividade prevista no Projeto Pedagógico do curso desde o ano 2012. Porém, foi em 2017 que pudemos realizar a primeira mostra do gênero na Galeria da FAV como uma ação de extensão. No presente trabalho, concluímos que ao traçarmos um projeto interdisciplinar para conectar a sala de aula a uma experiência expositiva na galeria, criamos um importante espaço de convergência entre ensino, pesquisa, extensão e formação profissional que beneficia tanto os nossos estudantes quanto a comunidade externa à UFG. Abstract: In this article, we present the pedagogical experience of bringing together three subjects (Trabalho de Conclusão de Curso 2, Laboratório de Produção Artística 4 e Expografia e Montagem) aiming to carry out an exhibition for showing the art research conducted by the final-year students of the Visual Arts – Bachelor's degree, at the Visual Arts College of the Federal University of Goiás. Since 2012, this exhibition is required in the Pedagogical Project of the course. However, only in 2017 we managed to hold the first exhibition of this kind at the Galeria da FAV as an extension event. In this paper, we claim that by building an interdisciplinary project for connecting the classroom to the students’ art exhibition at the galley we have created an important space for the convergence of teaching, research, extension and professional training, stimulating not only our students but also the community outside UFG.
OBJETOS EM ESTADO DE EXPOSIÇÃO: EXERCÍCIO PARA UMA ESCRITA CONTEMPORÂNEA DA ARTE COMO MONTAGEM
O artigo articula as noções de objetos em "estado de exposição" para relacioná-los no interior das diferentes inserções de um mesmo objeto em diferentes arranjos expositivos. Utiliza-se da noção de montagem fílmica como analogia para uma escrita contemporânea da arte feita de precariedades e coexistência de diferentes ficções. Apresentam-se ainda os conceitos em operação em um recorte do tema amplo da pesquisa a partir da inserção da obra "A dama de branco" em exposições realizadas no Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS entre os anos de 2011 e 2015.
INTERVENÇÕES DE ARTE CONTEMPORÂNEA NO MUSEU DA INCONFIDÊNCIA
Arte e Critica, 2023
The Contemporary Art Interventions Program at the Museu da Inconfidência is a project based on action research methodology that proposes a plan of activities and actions aiming to promote the updating of historical narratives presented at the Museu da Inconfidência through contemporary art interventions that provoke reflections on the colonial period from a polyphonic and contemporary perspective. It is about encouraging the transformation process of the historical museum in line with current social changes. It is based on proposed experiences from international museums with significant impacts both for the public and for the artistic system.
A FOTOGRAFIA COMO ARTE CONTEMPORÂNEA
Com 248 páginas, 243 ilustrações, sendo 207 em cores, distribuídas em 8 capítulos, a curadora britânica Charlotte Cotton vem mostrar como a fotografia tem se tornado objeto central no cenário artístico contemporâneo.
HISTÓRIAS DA ARTE EM EXPOSIÇÕES
HISTÓRIAS DA ARTE EM EXPOSIÇÕES, 2015
What is the role of art exhibitions in the constitution of a History of Art in Brazil? The initial idea for this publication came from the premise that exhibitions play a central role in the field of Brazilian visual arts, taking on different formats or privileging certain frameworks, which significantly affect the way of viewing and thinking about art and its history. The exhibition space also provokes a written reaction (criticism) to the presence of selected and situated works. From 1829 to 2009, the book covers outstanding exhibitions in the history of art in Brazil, with the contribution of several Brazilian professors and researchers. The essay "Exhibition as an interpretive machine", by Jean-Marc Poinsot, opens the volume.