A subversão das palhaças (original) (raw)
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A apocalipse dos palhaços e os palhaços assustadores
Conceição/Conception, 2017
No presente artigo trata-se dos Palhaços Assustadores ou do que se define de Apocalipse dos Palhaços. Ao relatar os recentes acontecimentos deste fenômeno, são analisadas possíveis relações entre a máscara do palhaço e a máscara do Arlequim que contém elementos que reconduzem à figura do demônio medieval. Indica-se que o palhaço se reconhece na atualidade pela técnica utilizada, sendo que os Palhaços Assustadores se distanciam do fazer do palhaço e prejudicam social e artisticamente a imagem dos palhaços profissionais.
A atuação de mulheres como palhaças: resistência e subversão
Revista Ártemis
O presente artigo tem por objetivo investigar a atuação de mulheres palhaças, abordando para tanto os aspectos artísticos, políticos, históricos e de pesquisa acadêmica sobre este fenômeno, sobretudo no Brasil contemporâneo. A partir de investigações bibliográficas, exploratórias e experimentais, bem como da descrição e investigação de experiências de palhaças, questiona-se sobre as especificidades deste tipo de atuação que passou por um processo de expansão e visibilidade desde as décadas de 1980 e 1990, ressaltando, ainda, resquícios de sua existência em períodos anteriores. Palavras-chave: Gênero. Mulheres. Palhaçaria. Teatro.Resistência.
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Palhaço desde 1966, Mario Soares é memória viva de um período importante para o Circo-Teatro no Brasil. Melodramas e peças como ...E o céu uniu dois corações, O Ébrio, Pai João, Índia, Quatro pistoleiros a caminho do inferno, entre outros, fizeram parte do seu repertório, além das comédias, das esquetes, das reprises e dos shows radiofônicos. Com 52 anos de dedicação ao circo, o conhecimento incorporado por Mario Soares, entendendo essa incorporação assim como Hastrup (2010) a entende - um acontecimento no corpo - configura-se uma importante fonte para o trabalho de novos pesquisadores do circo que estão agora se dedicando a estudar o conhecimento intrínseco aos palhaços do interior do Brasil. Dialogando com o trabalho de Silva (2016) sobre a transmissão oral e a literatura oral na formação do palhaço circense, aponto atravessamentos desse tema com as histórias vividas por Mario Soares. Quando imputo a ele o título de palhaço tradicionalista, refiro-me ao fato de que ele é portador ...
A Arte de formar palhaças e palhaços no Brasil
2022
O Palhaço, emblemática figura com presença notável nas mais diferentes culturas, ele desafia o tempo e reafirma sua importância social em pleno século XXI. A contemporaneidade revela múltiplos caminhos formativos para o oficio de palhaço, buscando a composição de um artista que possa ocupar os diferentes espaços públicos e privados (teatros, circos, ruas, hospitais, entre outros), além de entrelaçar elementos tradicionais e contemporâneos nas construções estéticas, artísticas e formativas. A presente pesquisa analisa os múltiplos processos de formação de palhaços e palhaças no Brasil, considerando particularidades sociais como as diferentes áreas de atuação e a geografia nacional. Este estudo foi realizado em três fases: iniciando por um exaustivo levantamento sobre a arte da palhaçaria, a pedagogia do palhaço e da palhaça e aspectos metodológicos da formação artística; prosseguindo com a aplicação de um questionário online visando mapear os formadores de palhaço em atividade no contexto nacional; e, por fim, com um conjunto de entrevistas com os formadores e formadoras selecionados a partir do reconhecimento dos pares. Ao analisar esse conjunto de dados obtidos nas três fases da pesquisa, foi possível compreender que existe uma multiplicidade de processos para aprender a palhaçaria, como, também, que essas diversas possibilidades de formação se cruzam e se influenciam constantemente. Além disso, esse aprendizado é contínuo e constante, ampliando-se a partir da relação com diversos artistas e públicos. Embora não pretendamos apresentar uma proposta de formação, parece-nos que os elementos emergentes podem contribuir para esse campo do conhecimento, cujo reconhecimento social e acadêmico vem mostrando substancial expansão nas últimas décadas.
Conceição/Conception, 2017
Nesse artigo narro o nascimento do palhaço Verde Gaia Filho. Para tanto, aproprio-me da noção de biografema e discurso amoroso de Roland Barthes, bem como da noção de contágio presente em Artaud. Além de descrever alguns aspectos pontuais de minha experiência no encontro contagioso com o palhaço, o objetivo é aprofundar alguns de seus princípios e perceber como sua lógica se expressa de forma intensa no corpo daquele que o experiencia, constituindo-o como uma alteridade.
E o palhaço o que é – O que lhe aprouver
Medium, 2019
E o palhaço o que é? O que lhe aprouver… Longe de pretender fazer uma crítica sobre o longa Joker (2019), de Todd Phillips, proponho-me esboçar um exercício estético, talvez um diálogo com "o homem das multidões", Charles Baudelaire, que, a exemplo de outros artistas, soube tão bem retratar estes seres brincantes, sob cuja máscara reside o mistério.
2022
Enquadramento de uma definição, não completamente concensual mas muito actual! A subversão ocorre todos os dias na nossa frente!
Revista Bravo!, 2012
Tecidas com cordas náuticas, as novas esculturas de crochê que o carioca Ernesto Neto expõe em São Paulo servem de brinquedo para o público, mas não o infantilizam.
2008
Palavras-chave: Dança Ritual Performance "se correr o bicho pega / se ficar o bicho come / eu sempre ouvi dizer / que paixão matava homem / agora acabei de ver / que quando não mata consome" Dentre os inúmeros palhaços que pesquisamos representativos de saberes distintos, Gigante se destaca com um estilo refinado de gestos dançantes. Seus versos, adereços, passos básicos e suas atuações expressivas tratados enquanto um comportamento restaurado (Schechner1977), influencia uma geração de palhaços. Confeccionando as próprias máscaras, habilitando-se como um artista popular que transforma a tradição do palhaço intinerante em muitas folias, sua marca de independência vem confirmar um corpo que aponta para o espaço da negociação, disciplina, meio de expressão e significado. Emoldurado pela questões das formas contemporâneas da diáspora africana, o comportamento ritual do palhaço Gigante atualiza as jornadas das Folias de Reis em décadas de natais cariocas. Gigante, José Fernandes dos Santos, nasceu em São Sebastião do Alto, no norte do Estado do Rio de Janeiro, em 25 de setembro de 1938. Não conheceu seus pais, e em criança foi adotado como filho de criação de uma família que vindo da cidade vizinha de Santa Maria Madalena, instalou-se no bairro da Penha, no Rio de Janeiro. Com seus pais adotivos, no subúrbio do Rio de Janeiro, inicia-se aos quinze anos de idade na Folia do Mestre Anésio, imigrante da região de Bicas, Minas Gerais, que se estabelecera no morro da Penha. Gigante teve a oportunidade de participar de diversas Folias, destacando-se a do Mestre Messias Sabino de Oliveira, com quem saiu durante cinco anos, e ingressou em 1965 na Folia "Estrela Dalva do Oriente", do Mestre Geraldo Teodoro, na Penha, onde brincou quase trinta anos-período considerado fundamental para o