“Participação não tem Idade” Participação das Crianças e Cidadania da Infância (original) (raw)
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2016
Mestrado em Ciências da EducaçãoTanto a Convenção sobre os Direitos da Criança, lei internacional no âmbito dos direitos humanos com maior adesão da história, quanto a lei brasileira denominada Estatuto da Criança e do Adolescente, conferem à criança e ao adolescente a condição de sujeitos de direitos, porém, apenas as normativas não são suficientes para assegurar a eles esta condição social. De fato, passadas duas décadas da promulgação de ambas, muitos adolescentes desconhecem estes documentos e os seus direitos, sendo assim torna-se necessário implementar mecanismos que visem este fim, especialmente no caso de crianças e adolescentes em situações de vulnerabilidade social. Desta forma, o objetivo central da investigação foi despertar num grupo de adolescentes que vivenciam tais situações, a consciência para os seus direitos, procurando ainda fazer chegar as suas vozes aos adultos. Este estudo foi pautado nos preceitos da Investigação-Ação Participativa e norteado pela Sociologia ...
Juventude e engajamento político despartidarizado-PJB.pdf
Revista Latitudes, 2017
Estuda as formas de envolvimento político dos jovens que participaram do Parlamento Jovem Brasileiro (PJB) no período de 2004 a2013. A pesquisa foi realizada por meio de questionário online, com questões fechadas e abertas. Do total de 763 egressos, 173 responderam (23%). As conclusões mostram uma preferência dos jovens pelas formas de engajamento e participação que dispensam a mediação dos partidos e das demais instituições políticas. Essa tendência reitera o declínio das ideias de delegação e representação que sustentam os modelos políticos institucionais. Tal postura encontra respaldo teórico nos estudos que ressaltam a tendência de despartidarização do engajamento juvenil.
“A gente vinha porque queria e não porque era pressionado”: crianças e direitos de participação
Educação e Pesquisa, 2020
Este trabalho versa acerca das percepções das crianças em relação à participação, enquanto direito de se envolver e transformar o contexto socioeducacional, de acordo com seus desejos, intenções e produções. Depois de situar a discussão sobre a participação enquanto direito garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e pela Lei da Primeira Infância, apresentamos como esse processo investigativo emergiu na Escola Viva Olho do Tempo, periferia da cidade de João Pessoa – Paraíba. Do ponto de vista metodológico, trata-se de uma pesquisa etnográfica, a partir da observação participante emergida com as crianças enquanto co-pesquisadoras, possibilitando o reconhecimento de seus movimentos emancipatórios ao buscarem garantir e reivindicar o direito à participação, ou não, naquele contexto. Objetivamos refletir a respeito de como as crianças (re)conhecem e tecem suas participações ocupando/participando nos cantos na escola, entre os acordos e conflitos, em suas relações intra ...
INFÂNCIA E CIDADE: DESAFIOS DA PARTICIPAÇÃO E DA REPRESENTAÇÃO
2019
Crianças são representadas nas esferas públicas por adultos que falam sobre e por elas, muitas vezes, sem se questionarem sobre como ocupam este lugar. Pensando sobre os dilemas da representatividade, foi realizada uma parceria com o Conselho Municipal de Direitos, no município de Campos dos Goytacazes/RJ com o objetivo de construir espaços de fala e de participação política com crianças e adolescentes. Neste artigo, analisamos as oficinas realizadas com 60 crianças de 4 a 12 anos, moradoras de diferentes bairros, onde buscamos conhecer suas realidades e olhares sobre a cidade. Destacaram falas sobre as desigualdades sociais, a falta de cuidado com a natureza, de responsabilidade com o que é comum e a ausência de espaços de encontro entre os moradores. Notamos que as crianças também mobilizam estratégias para se apropriarem de espaços que lhes são negados, não aceitando passivamente a sua condição, mas se revelando nas interações com a cidade. Algumas crianças, que tinham sido removidas de suas casas e realocadas num conjunto habitacional, falaram sobre o rompimento dos vínculos afetivos com o lugar e as dificuldades de se adaptarem a nova realidade. Tem sido um grande desafio produzir diálogos intergeracionais, nos quais as demandas levantadas pelas crianças possam ser ouvidas e encaminhar ações daqueles que as representam.
Docência na Socioeducação, 2014
Rodrigues, D. D.; Lopes de Oliveira. e Yokoy de Souza, T.; Lopes de Oliveira, M. C. e Rodrigues, D. S. (2014). Participação política juvenil. Em: C. Bisinoto, Docência na Socioeducação (p. 161-176). Brasília: Universidade de Brasília.