Orações Adjetivas Em Língua Portuguesa – Uma Abordagem Pancrônica (original) (raw)
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ORAÇÕES SUBJETIVAS: VARIÂNCIA E INVARIÂNCIA DE PADRÕES NA FALA E NA ESCRITA
RESUMO Investigo neste trabalho a variância e a invariância de padrões de orações subjetivas na fala e na escrita do português brasileiro contemporâneo. Analiso quatro parâmetros (classe categorial e classe semântica do predicado matriz, forma da oração encaixada e correlação modo-temporal entre matriz e encaixada) e mostro que há menor variância de padrões na fala. ABSTRACT This work investigates the variance and invariance of subject clauses patterns in spoken and written contemporary Brazilian Portuguese. I analyze four parameters (category and semantic class of matrix predicate, form of embedded clause and mood-tense correlation between matrix and embedded clauses) and show that there is less variance in speech patterns.
Adjetivos: breves considerações diacrônicas
Resumo: Este estudo apresenta uma parte da história do adjetivo, ao longo do pensamento ocidental, partindo das reflexões gregas, passando pelas bases romanas e suas ramificações. Descreveremos o contexto do pensamento filosófico em que os adjetivos foram descritos por Platão, e demonstraremos que, devido ao comportamento sintático-semântico, bastante peculiar dessa classe gramatical, seguiram-se tentativas de incluir os adjetivos, agrupando-os em distintas classes, visando melhor conhecer o comportamento fluido dessa categoria. O objetivo precípuo do artigo é, pois, apresentar um breve panorama histórico da configuração da classe dos adjetivos, com vistas a demonstrar que o interesse por esta categoria gramatical segue longa tradição na investigação linguística ocidental.
Adjetivos no português do Brasil: predicados, argumentos ou quantificadores?
2002
Este trabalho foi feito para o Projeto da Gramática do Português Falado 1 e tem por objetivo descrever o comportamento do conjunto dos adjetivos atributivos no Português do Brasil através da análise de suas ocorrências no corpus mínimo do projeto. As gramáticas registram que os adjetivos podem relacionar-se aos substantivos de duas maneiras diferentes: ou como adjuntos, caso em que se relacionam diretamente com o substantivo núcleo do sintagma nominal, ou como predicativos, caso em que se relacionam com o substantivo pela mediação de um verbo. Aqui nos ocuparemos apenas da distribuição e da caracterização dos adjetivos integrantes do sintagma nominal, ou seja, dos adjetivos considerados adjuntos. Estamos deixando de lado também os particípios como determinado, propalado, acentuado, que pensamos merecer um estudo em separado. Sob a definição genérica de palavra que modifica ou qualifica as entidades nomeadas pelo substantivo, arrolam-se na classe dos adjetivos itens lexicais exibindo comportamentos sintáticos e semânticos distintos. Baseado principalmente nos trabalhos de Casteleiro (1981) e Menuzzi (1992) sobre o Português, este trabalho propõe que o comportamento sintático dos adjetivos atributivos no Português do Brasil pode ser deduzido da relação que o adjetivo estabelece com o núcleo do sintagma nominal: se é predicado, ou argumento desse núcleo.
Este trabalho objetiva demonstrar, em um primeiro momento, aspectos funcionais relacionados às diferentes formas que orações completivas, em posição de argumento interno de verbo transitivo, assumem em português. Para a descrição desses aspectos, utilizamos dados de diferentes variedades do português falado em países que têm o português como língua oficial. A partir dessa descrição, pretendemos, em um segundo momento, demonstrar em que medida motivações funcionais inerentes ao uso das construções completivas são contempladas em atividades pedagógicas propostas por livros didáticos atualmente adotados para o ensino de língua portuguesa em instituições educacionais brasileiras. Com esse último propósito, nosso principal intuito é contribuir para as discussões acerca da necessidade de uma orientação funcionalista para o ensino de gramática do português, tendo em vista o já tão propalado objetivo a ser alcançado com o ensino formal dessa disciplina: aprimorar a competência linguística dos estudantes e, consequentemente, seu desempenho comunicativo em língua materna.
A anteposição dos adjetivos predicativos no português culto falado no Brasil
Filologia e Linguística Portuguesa, 2006
Neste artigo, tratamos da anteposição dos adjetivos no português brasileiro (pb) falado culto na cidade de São Paulo com base nos arquivos do Projeto NURC-SP. O estudo baseia-se na tipologia proposta por Ilari (1990 e 1992) e Castilho (1990) para a categorização dos advérbios em português. O fenômeno da anteposição dos adjetivos foi analisado com o suporte da teoria da variação e levou em conta a análise multiregressiva das variantes anteposição vs. posposição de adjetivos. Na primeira parte do texto, traçamos um pequeno histórico a respeito da questão da ordem em pb segundo o estudo de Tarallo (1990). Em seguida, apresentamos uma proposta de tipologização dos adjetivos predicativos em três categorias: quantificadores, aspectualizadores e modalizadores segundo o modelo de Castilho (1992). Na parte final do artigo, discutimos os resultados da análise multiregressiva e do cruzamento dos grupos de fatores estabelecidos para a quantificação dos dados. Na conclusão, reunimos comentários acerca dos fatores que favorecem a anteposição de adjetivos predicativos em pb.
Predicados Matrizes Adjetivais Parentéticos no Português Brasileiro
Resumo: o texto apresenta uma análise de orações matrizes adjetivais de orações subjetivas que, ao se reduzirem ao seu núcleo, passam funcionar como modificadores adverbiais sentenciais, um típico caso de mudança linguística identificada com a gramaticalização. Utilizando dados de fala e escrita do português brasileiro, o objetivo deste trabalho é observar quais adjetivos matriciais se submetem a essa nova função e que aspectos morfossintáticos, semânticos e pragmáticos se envolvem nessa mudança.
ORAÇÕES SUBJETIVAS E TEORIA DOS PROTÓTIPOS
N em todas as teorias lingüísticas fornecem respostas satisfatórias para a descrição e funcionamento das línguas, considerando categorias difusas, como, por exemplo, a das orações complexas. Como testagem da teoria dos protótipos (Taylor, 1989) na investigação das orações subjetivas, pretendo mostrar uma outra possibilidade de descrição e análise de categorias lingüísticas, incluindo aquelas de caráter nãodiscreto.