Dinâmica Demográfica Dos Escravos Africanos No Interior Do Maranhão Na Primeira Metade Do Século XIX (original) (raw)

O Lugar Dos Africanos Na Estatística Brasileira Do Século XIX

2017

O lugar dos africanos na sociedade brasileira ao longo do século-acentuou-se nas últimas décadas do século, especialmente após a Lei atração de imigrantes europeus. foram transformando o "lugar" dos africanos, de uma mão de obra vital e necessária, ainda que nem sempre vista com os melhores olhos, a elemento indesejado na composição social brasileira. Indesejado, porém indelével, motivo pelo qual sua presença-e a de seus descendentes-não poderia pequenas lavouras, nos portos e nas obras públicas. A sociedade brasileira

Economia e Tráfico De Africanos Escravizados Na Paraíba Da Primeira Metade Do Século XIX

CLIO: Revista de Pesquisa Histórica, 2017

RESUMO: Este artigo tem como objetivo apresentar o resultado de pesquisa acerca do comércio de africanos/as escravizados/as para a capitania/província da Paraíba na primeira metade do século XIX. Os estudos sobre escravidão no Brasil têm avançado significativamente, entretanto, algumas lacunas ainda precisam ser preenchidas. Uma delas consiste em abordar os portos não centrais para o comércio atlântico de escravizados/as, como era o exemplo da Paraíba. Outra lacuna refere-se ao comércio interno existente antes de 1850, período que marca o fim do tráfico atlântico e intensifica o comércio intraprovincial.

Dinâmica comparada: fluxos dos escravizados africanos em São Paulo, Minas Gerais e Maranhão (1804-1848)

Revista Brasileira de Estudos de População

Analisamos comparativamente informes demográficos de qualidade aceitável acerca dos escravizados nascidos na África para Minas Gerais, São Paulo e Maranhão de 1804 a 1848. As parcelas dos nascidos na África em relação aos escravizados e às razões de sexo de todos os cativos, de acordo com as idades, auxiliaram-nos a remontar a dinâmica retrospectiva da chegada dos africanos às regiões. Supondo certas hipóteses e procedimentos, a partir das coortes etárias, estimamos as proporções de africanos e as razões de sexo da população cativa para os períodos anteriores aos das listas nominativas de habitantes. A dinâmica retrospectiva da introdução de africanos reconstruída mostrou-se bastante correlacionada à história econômica das diferentes regiões estudadas.

No âmago da africanização: pessoas negras e de cor nos mapas populacionais do Maranhão colonial (1798-1821)

Revista Brasileira de Estudos de População, 2017

O estudo analisa o “boom” demográfico das populações escravas de origem africana nas áreas de plantation a partir dos Mapas Estatísticos do Maranhão. Em especial, focalizamos a freguesia do Rosário do Itapecuru utilizando outras fontes documentais – inventários post mortem e registros paroquiais de batismo. Os Mapas de 1798 e 1821 possibilitaram evidenciar o perfil sexual, etário, étnico e a condição jurídica da população, mostrando a importância da população escrava nas áreas de cultivo do algodão e arroz, que chegava a quase 80% dos residentes. Essas populações, por sua vez, guardavam algumas particularidades em relação a outras áreas de plantation do Estado do Brasil, como, por exemplo, a razão de sexo marcada pela quase paridade entre homens e mulheres.

Imigrantes Africanos e Haitianos no Oeste e Sudoeste do Paraná no século XXI

Revista de História Regional, 2023

Resumo O objetivo deste artigo é discutir a presença de haitianos e africanos empregados em frigoríficos nas regiões Oeste e Sudoeste do Paraná durante o período de 1990 a 2020. A ideia inicial que organiza essa proposta pressupõe que migrar não é simplesmente deslocar-se de um lugar para outro, mas implica ter expectativas positivas de encontrar trabalho e de melhorar a vida. Pressupõe também perder laços de sociabilidade, relações de afetividade e os lugares onde se produziu a memória, os costumes e tudo que constitui os imigrantes de que trata este projeto. Imigrantes esperam conseguir emprego e criar estratégias que os ajudem a sobreviver em contextos culturais diferentes aos seus costumes, práticas e crenças.

Família Escrava Nas Plantations Do Maranhão: Demografia, Trajetórias e Sociabilidades (1780/1820)

2016

Objetivamos com este artigo analisar os dados quantitativos referentes à família dos escravos constantes de mais de sessenta inventários post mortem da capitania do Maranhão, no período de 1767 a 1825 1 . A maioria destes documentos tem como titulares proprietários rurais da ribeira do Itapecuru, região econômica mais produtiva na colônia, importante para apreendermos os padrões culturais no que se refere às uniões e o perfil/composição da família entre os escravizados. No Estado do Grão-Pará e Maranhão importantes mudanças se deram no período pombalino e pós (1780-1820), pois na tentativa de sanar a grave crise econômica ocasionada pelos baixos preços do açúcar no mercado e o esgotamento das minas de ouro e diamantes de Minas Gerais, a Coroa portuguesa, através das ações do ministro Pombal, decidiu explorar as potencialidades dessa imensa região. Foram implementadas ações coordenadas pelos ministros do rei e pela Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão, criada em 1755 com o o...

Apreciações Acerca Do Tráfico Interno De Escravos No Oeste Da Província De São Paulo (Rio Claro, 1861-1869)

História Econômica & História de Empresas

Este artigo aborda aspectos da dinâmica do comércio interno de escravos ao longo dos anos que perpassam o intervalo 1861-1869. Empreendemos esta investigação a partir da análise de 320 Escrituras que registraram a compra-venda de 575 cativos, em Rio Claro, município pertencente ao oeste da província de São Paulo, que naquele período vivenciou os momentos iniciais da expansão ‘leste-oeste’ dos cafeeiros na chamada zona paulista. Com base no referido núcleo documental, realizamos apreciações econômicas e demográficas dos indivíduos que sofreram o fado das diferentes modalidades desse comércio. Além da introdução e das considerações finais, o texto é formado por outras quatro partes, quais sejam: no segundo e terceiro itens discutimos, respectivamente, o recorte espacial e temporal; em seguida, abordamos as fontes primárias que tivemos acesso nos arquivos cartoriais da cidade em apreço; por fim, tratamos, mais detidamente, das diferentes informações constantes nessas Escrituras.

História da Escravidão Africana nas Américas (UERJ)

A disciplina pretende discutir de forma comparada e conectada a história da escravidão atlântica, de 1450 a 1888, focando-se no contexto americano, do seu início até sua abolição nos EUA, Cuba e Brasil na segunda metade do século XIX.