Fatores associados à sífilis congênita em um hospital público no estado do Rio de Janeiro, Brasil (original) (raw)
2018, Revista de Pediatria SOPERJ
Sífilis congênita; Cuidado pré-natal; Assistência perinatal; Modelos teóricos; Análise de regressão. Resumo Introdução: a sífilis é uma doença infecciosa, de transmissão sexual, transplacentária ou transfusional, que pode progredir para aborto, morte fetal, prematuridade, baixo peso ao nascer e morte neonatal. Objetivo: avaliar as características de mães de bebês nascidos vivos com sífilis congênita. Métodos: todas as mães de bebês (n = 46) nascidos a termo que receberam tratamento de sífilis congênita, no período neonatal, de 1º de outubro de 2014 a 30 de setembro de 2015, foram incluídas no estudo e comparadas com mães de bebês (n = 157) sem sífilis congênita. Resultados: a regressão de Poisson com ajuste robusto de variância verificou as associações com o desfecho sífilis congênita, bem como as razões de prevalência e intervalos de confiança de 95%. O principal fator de risco de sífilis congênita foi a baixa escolaridade materna (RP ajustada: 1,93; IC 95%: 1,056-3,526). Os fatores protetores foram o pré-natal na cidade de Niterói (RP ajustada: 0,48; IC 95%: 0,253-0,911) e ter tido pelo menos três testes laboratoriais para sífilis (RP ajustada: 0,35; IC 95%: 0,183-0,686). Conclusões: a baixa escolaridade foi um fator de risco importante para a sífilis congênita e o efeito protetor, o número de testes de sífilis realizados.