Poéticas interespécies: cartografia de devires não humanos (original) (raw)
Em contraponto aos efeitos do ecocídio que marcha sobre a Terra (ECO-LÓGICAS, 2022; FERREIRA da SILVA, 2021; MOMBAÇA, 2021), iniciamos uma pesquisa transdisciplinar entre arte, filosofia e ciência, com o objetivo de cartografar poéticas interespécies na arte contemporânea brasileira. Para isso, investigamos devires não humanos (DELEUZE, 1997) nas poéticas de oito artistas: Castiel Vitorino (ES), Jota Mombaça (RN), Oura Aura (PE), Denilson Baniwa (AM), Plantomorpho (CE), Beija Aragão (CE), Chico da Silva (CE) e Sy Gomes (CE). Para analisar esse córpus, nos apropriamos de estudos da cartografia (COSTA, 2014; 2019; 2020) com vista a uma ecosofia (GUATTARI, 2001) entre linguagem, vidas trans e meio ambiente. Nesse sentido, contrário às formas de vida hegemônicas do capitalismo, acreditamos que a arte contemporânea brasileira tem ensaiado um por vir interespécie.