A Casa e a Nação (original) (raw)

Romance e Nação

Landa, 2020

O professor Jorge Bracamonte, em sua leitura sobre aproximações e distanciamentos entre Piglia e Rama, nos propõe, em primeiro lugar, a ideia que Piglia retoma de Walter Benjamin de que a vanguarda é uma resposta "formal" a uma situação histórica e política e de que se trata de ver de que modo o romance de vanguarda se coloca no interior dessas relações, e como busca atuar desde sua linguagem e estruturas em situações históricas e políticas singulares. Em segundo lugar, Bracamonte retoma aquela observação de Piglia, segundo a qual o tipo de romance que mais lhe interessa é aquele que o entende como "um espaço de experimentação", já que, a seu ver, "romance de vanguarda e romance experimental" são termos equivalentes. E vinculado a isso, como um último acréscimo, aquilo que o próprio Piglia diz a respeito da obra de Saer: "Una obra en la que está siempre la pregunta acerca de cómo darle forma a la experiencia y al desorden de la vida misma" (PIGLIA, 2016a, p. 30). Ora, a conclusão é que enquanto Piglia põe a ênfase em como o romance de vanguarda sincroniza com os debates sobre o romance em outras línguas e literaturas, Rama destaca as maneiras em que aquele romance de vanguarda (ou experimental) sincroniza com as pulsões internas das próprias culturas nacionais e regionais latino-americanas. Como diz o próprio Piglia em Los años felices, esse segundo volume dos diários de Renzi com esse título tão Gide, tão Beckett, "Saer o Puig o yo mismo estamos en diálogo directo con la literatura contemporánea y, para decirlo con una metáfora, a su altura" (PIGLIA, 2016b, p. 27). E é bom não perder

Entre as Províncias e a Nação

Nesta obra é possível observar certa multiplicidade temática. A partir de "Biografias e trajetórias políticas", busca-se evidenciar personagens que disseminaram ideias por meio da imprensa oitocentista ou do legislativo na construção do Brasil Nação. Enfocando "Disputas políticas e partidárias", analisam-se as dissensões entre conservadores e tradicionalistas durante o Primeiro Reinado a partir da efervescência política em âmbito provincial. Já em "Sistema representativo e práticas políticas", destacam-se a dinâmica das eleições no século XIX, levantando elementos sobre a participação popular, a caracterização dos votantes, bem como as estratégias eleitorais em diversas províncias do Império, exibindo as peculiaridades regionais acerca das eleições no Brasil. E finalmente, explorando "Linguagens e ideias políticas", discute-se a propaganda republicana e o fim da escravidão, demarcando-se a pluralidade de ideias que circulavam no país já nos últimos anos do século XIX. O leitor entrará em contato, assim, com abordagens nem sempre comuns na discussão do Império brasileiro, sempre concentrado na discussão da unidade e centralidade da política. Neste livro, a alteridade de experiências políticas constitui a tônica de inquirição, sem perder, contudo, de vista o grande laço, nem sempre bem atado, que os amarrava à solução monárquica.

Entre Família e Nação: a filiação naturalizada

Revista Polis E Psique, 2012

Na França, o debate sobre as uniões de casais do mesmo sexo foi mais centrado na filiaçãoao mesmo tempo naturalizada e sacralizadado que no casamento, como foi o caso dos Estados Unidos. A filiação não é mais definida pelo casamento, mas em termos biológicos. Nós podemos certamente compreender este fato como uma reação contrária às novas reivindicações relativas ao "casamento gay", mas também como parte dos debates sobre a nacionalidade francesa, no contexto das políticas anti-imigração. De fato, a filiação pertence tanto ao direito de família como ao direito de nacionalidade, intersecção crucial nos casamentos binacionais. Além disso, a diferença legal entre as famílias francesas e estrangeiras é cada vez mais definida em termos biológicos a partir de um "DNA francês", contribuindo assim para uma racialização da nação.

Onde está a Nação?

Aletria: Revista de Estudos de Literatura

A representação dos diversos modos de constituição da nacionalidade em vários textos literários latino-americanos ocorre, freqüentemente, tendo como pano de fundo os espaços de fronteira, identificados com o deserto, a pampa, o mato, o sertão ou a selva. Esses espaços se tornarão territórios discursivos paradoxais, pois a nação aparece onde a civilização não existe e se constrói sobre a barbárie que renega.

Nação e Defesa

Pandemônio Cibernético o Uso do Ciberespaço para Consecução de Objetivos Estratégicos da China noConflito Sino-Indiano (2020-2021). Nação e Defesa. , v.163, p.27 - 50, 2022, 2022

The article analyzes the strategic benefits that contemporary nations' use of cyberspace offers them in terms of projecting their national power. It examines its use during the conflict trigged between the People's Republic of China and India (2020-21) to show how this new domain might heighten the power imbalance between regional rivals. We aim to correlate the institutional transformation that China's military institutions underwent to the operational complexity and tactical sophistication of the employment of cyber

O Estado, a Nação e O Estado-Nação

Alamedas, 2018

O presente artigo está dividido em três partes, no primeiro momento expõe-se a teoria de formação de Estado de Engels, descrevendo como se deu a formação do Estado, vinculando principalmente a evolução da propriedade privada e, portanto, aos interesses do capital e das classes hegemônicas. Na sequência, através de análise bibliográfica explana-se sobre o processo de concepção da Nação, no sentido de identidade, reforçando não se tratar de um processo natural, mas arquitetado pelo Estado na tentativa de homogeneização e governabilidade da população, de forma romântica, levando populações inteiras a matar e morrer em defesa da nação. Por último ratifica-se como o Estado-nação se utiliza do poder simbólico, do monopólio legítimo da violência e de outros fatores para controle da nação.

Estado-Nação e Cidadania

Ao longo deste ensaio far-se-á um esforço para compreender o processo da criação do estado-nação, quais as suas consequências e, ainda, de que forma lidam com a multiculturalidade característica das sociedades actuais.

A Casa

Esta exposição elege a CASA como o tema unificador da escolha de obras de arte, maquetas e fotografias do que foram e são os nossos abrigos, templos, praças e construções. Através delas encontramos mais do que estruturas e formas. Vemos como ao longo do tempo e em diferentes lugares a humanidade inventa, adapta, transforma e destrói o que existe para encontrar novos equilíbrios, afirmar a diferença, respeitar os interditos da sua cultura e construir o que a cada momento pensa ser mais adequado ao que pressente como mudança.