Meio ambiente: competitividade industrial e divergências regionais (original) (raw)

Meio ambiente e competitividade na indústria brasileira

YOUNG, C. E. F., LUSTOSA, M. C. J. Meio ambiente e competitividade na indústria brasileira. Revista de Economia Contemporânea, v.5, p.231 - 259, 2001., 2001

O objetivo deste texto é discutir o desempenho ambiental da indústria brasileira e sua relação com a competitividade. O desempenho passado do setor, caracterizado por relativa negligência do tema, acabou tornando-o um dos responsáveis por alguns dos grandes problemas ambientais. Contudo, uma nova perspectiva surge nos anos noventa, que associa melhoria ambiental a ganhos de competitividade. Nesta perspectiva dinâmica sobre os determinantes da competitividade, observa-se que as empresas de inserção internacional são aquelas que mais se preocupam com a questão ambiental. O presente trabalho está dividido em quatro seções. A primeira mostra a evolução da indústria brasileira numa perspectiva ambiental, evidenciando seu perfil de potencial poluidor. A segunda seção faz uma breve descrição da literatura que trata a relação entre meio ambiente e competitividade numa perspectiva dinâmica. A terceira seção mostra o comportamento ambiental das empresas paulistas a partir da Pesquisa da Atividade Econômica Paulista (PAEP). A última seção apresenta as conclusões gerais.

Diferenciais Regionais de Competitividade Industrial do Brasil no Século 21

Economica, 2013

Este artigo analisa a competitividade setorial da industria brasileira considerando os aspectos regionais na distribuicao de sua produtividade. Estimam-se funcoes e fronteiras estocasticas de producao com dados das mesorregioes brasileiras, no periodo 2000-2006, para 22 setores. Os resultados indicam a permanencia do quadro concentrado da produtividade industrial, com aberturas para areas com especializacao em setores voltados a recursos naturais e uma presenca, ainda que tenue, de deseconomias de urbanizacao. Nao foram encontradas evidencias que suportem uma mudanca importante na concentracao regional, tanto da producao como da produtividade da industria brasileira, a partir da abertura da economia e de sua estabilizacao..

Comércio E Meio Ambiente: Políticas Ambientais E Competitividade No âmbito Da ALCA

Economia Aplicada, 2006

Este artigo avalia de forma integrada os efeitos da ALCA e das reduções de emissões de CO2, tratadas pelo Protocolo de Quioto, a fim de se fazer uma comparação dos benefícios (ou perdas), tanto econômicos quanto ambientais. O instrumento utilizado para as simulações-GTAP-E (energia)-é uma versão modificada do GTAP (Global Trade Analysis Project) desenvolvido pela Universidade de Purdue e foi projetado para analisar assuntos relacionados ao uso de energia e de políticas que provoquem mudanças climáticas. Os resultados obtidos apontam que a política ambiental de redução de emissões, apesar de contribuir para a diminuição de CO 2 na atmosfera, de forma geral, afeta negativamente o bem-estar econômico nos países que abatem emissões. Esse resultado sugere que um determinado país que adotasse um comportamento free rider na hipótese de consolidação da ALCA, não reduzindo suas emissões, seria beneficiado em relação aos demais países que adotassem outra postura.

O Poder Local no Ambiente Global: Competição e Competitividade

Sociedade Contabilidade E Gestao, 2010

A contínua busca de níveis de produtividade mais elevados tende a interferir na distribuição e ocupação de espaços geográficos e nas possibilidades e alternativas de articulação de ações coletivas, ao gerar constrangimentos e determinações que condicionam o poder local nas iniciativas de impulsionar o desenvolvimento e propiciar a gestão social de territórios. Este texto procura articular como, sob a dinâmica do modo de produção capitalista, a noção de produtividade se liga ao desenvolvimento econômico-social e interfere nas opções disponíveis às ações coletivas, uma vez que no ambiente da planetarização o ethos é de competição, cuja panóplia é a competitividade. Para tal, após a introdução, seguem-se quatro seções, que abordam: a dinâmica da produção sob o capitalismo; a noção de produtividade e o desenvolvimento econômico-social; o território, as ações coletivas e a formação de identidades na planetarização; Economia global, território e gestão do desenvolvimento local.

Agroindústria, competitividade e política regional

Revista De Administracao Publica, 1996

Sumário: 1. Introdução: 2. Complexo agroindustrial brasileiro: especificidades setoriais e regionais; 3. Conceitos de tecnologia industrial básica (11B); 4. A 11B, o desenvolvimento regional e a competitividade do complexo agroalimentar; 5. Conclusões: delineamento de uma nova abordagem para a política regional. Palavras-chave: complexo agroindustrial; competitividade dinâmica; políticas seletivas; políticas convergentes; políticas perenes; desenvolvimento regional. Situação da agroindústria no estado da Bahia. Cadeias produtivas da laranja e do leite. Tecnologia industrial básica. Políticas regionais voltadas para a integração competitiva. Agroindustry, competitiveness and regional politics This paper analises the orange and milk chain of the agroindustrial complex in Bahia in order to suggest public policies to suport competitive strategies by the firms. To achieve this goal, it is suggested, first of ali, the necessity to build a theoretical and empirical framework that can match a global and integrated view of the regional development with the neo-Schumpeterian approach to industrial competitiveness.

Uma relação conflituosa: indústria e ambiente na bacia do Ave

One of the most significant consequences of the Rio Ave Valley industrialization process, which had started in 1845 with the establishment of the first textile mill, consists in the degradation of their environmental conditions, mainly through the pollution of its waters. From the late nineteenth century, with the legal definition of the Hydraulic Services competences (Decree No. 8 of December 1, 1892) and then with the 1919 Waters Act, the administrative procedures to be followed in cases of environmental transgressions had been established. Despite that, only since the 1930s did the public authorities begin to register an appropriate response. In this text we intend to present and understand the problem of water pollution of the Rio Ave Valley, based on the consultation and analysis of the Hydride Public Domain processes existing in the Northern Hydrographic Region Archive, emphasizing a historical-geographical perspective. While the major contributors to the water pollution in the Rio Ave Valley had been the textile industries through their bleaching and dyeing operations, we show the complaints and transgressions related to the activities of metallurgical and mining industries, in particular cases related to the exploration and cleaning of metallic minerals such as tin and tungsten during World War II. In the forties and fifties the washing of metal filings in metallurgy workshops, to recover small amounts of copper through primitive processes, constitutes another example of environmental pollution, particularly in this stretch of the Este River that runs through the city of Braga. As we attempt to show, most environmental transgressions are found mainly in the Middle Ave courses of water and in those of the transition to the Low Ave, either along the main river, or along the Este river, in a historically lengthy and continued process that only deserved special attention by competent authorities after the second half of the twentieth century.

A Rotulagem Ambiental No Contexto De Comércio Internacional

Artigo elaborado em maio/2004 Nas últimas décadas, verificou-se no cenário mundial o desenvolvimento de novas formas de comercialização, estimuladas pela eliminação de barreiras geográficas e maiores facilidades de comunicação, resultando na intensificação do contato entre países, e na promoção de acordos comerciais, entre outros. Por meio desse processo da globalização, o comércio sofreu grandes alterações, e apesar da manutenção da supremacia dos países ricos, vem promovendo um melhor equilíbrio de forças entre estes e os países em desenvolvimento. Basta observar a o posicionamento que estes últimos vêm assumindo na evolução recente das negociações multilaterais. Essa abertura comercial estimulou muito a competitividade, e os países tentam proteger suas empresas como podem, causando um aumento sem precedentes principalmente de barreiras não-tarifárias. Neste contexto, alguns países têm estabelecido exigências ambientais que chegam a impedir mesmo a entrada de produtos importados e...

A COMPETITIVIDADE TERRITORIAL: ALGUNS ELEMENTOS PARA DISCUSSÃO

Revista do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFGD, 2020

Territorial competitiveness is the use of competitive and competitive intercapitalist principles in the planning and management of territories. Competitiveness is a concept that quickly became part of the planning and management logic of territories. Soon, it started to integrate the main effects of chains, specializations, improvements, economies of scale, positive externalities, innovations and others as priority elements for the competitive and economic dynamization of the territories. Our proposal is to demonstrate that the dispute between the territories depends on the performance of the State, at various scales, through public policies, mainly to meet corporate demands. A logic that essentially prioritizes greater capital circulation and, therefore, needs to have transportation, storage and logistics systems. In the same direction, the logistics carried out by the companies optimize the engineering systems in order to minimize new construction and production costs. Gradually, the search for fluidity becomes the essence of territorial competitiveness. In Brazil, planners and public managers incorporated, for greater fluidity and competitiveness, to reorganize spaces based on the “neoterritorialist” and “neolocalist” ideals.