Mediações cosmopoliticas da ancestralidade negra africana | Ateliê de pesquisa e crítica | Pinacoteca do Ceará (original) (raw)
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2020
A sociedade brasileira tem feito o negro trilhar um caminho de percepção negativa devido a processos históricos e culturais que, de forma geral, atravancam a aceitação e o reconhecimento dele; gerando ao mesmo tempo visibilidade para ser identificado como alvo e ser marginalizado, enquanto gera assim uma espécie de invisibilidade social, cultural e econômica. Esta dissertação visa mostrar as ações que construíram o imaginário social do negro na sociedade brasileira e também dialogar com as ações de arte em museus a fim de desfrutar delas para a amenização do racismo, uma vez que este é estrutural e, portanto, permeia diversas camadas e, por isso, não é algo simples de ser resolvido. Para isso, utilizou-se a exposição “Histórias Afro-Atlânticas” como instrumento de pesquisa. O referencial teórico para problematizar o negro no Brasil passou por Florestan Fernandes, Alberto Guerreiro Ramos, Silvio de Almeida e Adilson Moreira. Para entender e para uma maior compreensão sobre como a art...
Espelhos patrimoniais em Ouro preto: museus e passado afro-brasileiro
resumo Apresento no presente artigo algumas reflexões etnográficas a respeito das redes sociais da cidade de ouro Preto tendo o patrimônio cultural como víeis metodológico. A análise dialoga com dados provenientes de pesquisa de campo por meio de entrevistas, levantamento em arquivos e acervos realizados entre os anos de 2007 a 2009. Neste trabalho fizemos um recorte analítico enquadrando um dos dramas sociais da cidade, a escravidão, que compõe um dos fios das teceduras patrimoniais de ouro Preto. As categorias conceituais utilizadas na análise são patrimônio, me-mória, museus, e história. Por meio destas categorias percebe-se a crista-lização de outra categoria, a do sofrimento, presente no imaginário sobre a cidade, e reificado pelas práticas museológicas a favor da história síntese do estado-Nação brasileira, numa perspectiva hierárquica, excludente e redutora. Práticas que inviabilizam a complexidade da cosmovisão afro-ouro-pretano que podem levar a uma ideia ingênua da vitimização social ou obliterar novas possibilidades patrimoniais relacionadas à cidadania. Palavras-chave: Patrimônio Cultural, Memória, ouro Preto.
Africanidades presentes em patrimônios da cultura material e imaterial em Alcântara/MA
Revista Cadernos do Ceom
Este escrito tem como objetivo central discutir as africanidades presentes em patrimônios da cultura material e imaterial no município histórico de Alcântara, no Estado do Maranhão, atentando-se às contribuições dos remanescentes de escravos na sua construção e manutenção, de modo a potencializar elementos fundantes da cultura africana no patrimônio da cidade. Assim, este escrito problematiza a diversidade patrimonial e colabora, de forma significativa, para a formação identitária dos alcantarenses. Para esta escrita, procuraram-se as contribuições em documentos produzidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), bem como referências que tratem as africanidades presentes em patrimônios da cultura material e imaterial. Consequentemente, utilizaram-se pesquisas de campo, nas quais se registrou o ouvido, o vivido e o sentido, de modo a reunir subsídios que apontem a relação dos descendentes de escravos em Alcântara com o patrimônio material e imaterial da ci...
Diálogos transatlânticos: africanidade, negritude e construção da identidade
Abril – NEPA / UFF, 2011
O trabalho aborda os diálogos, tanto ao nível estético quanto ideológico, entre movimentos Pan-Africanistas como o da Renascença de Harlem, o movimento de Negritude Francês e a produção artística, particularmente a literária, dos estudantes da Casa do Império em geral e de Francisco José Tenreiro em particular.
Negras memórias: tradição religiosa de matriz africana no Brasil
Sacrilegens, 2019
Este artigo aborda a temática dasmemórias das práticas religiosas de matriz africana,principalmente o candomblé, assim com a participação das mulheres negras na preservação e construção dessas memórias. Vivemos em uma sociedade que desvaloriza e discrimina tanto as religiões afro como as mulheres negras. Por isso,torna-se de suma importância a valorizaçãoe a visibilização do protagonismo de mulheres negras em tais práticas, bem como de suas estratégias de resistência.