Desenvolvimentismo, plano-piloto e segregação (original) (raw)

Desenvolvimentismo e Novo Desenvolvimentismo

This text proposes to review, discuss and explain the conceptual differences between the developmentalism resulting from the structuralist interpretations of ECLAC in two distinct historical moments and the New Developmentalism Theory

Desenvolvimento e extrativismo

Revista Escritas, 2020

Para apresentar as armadilhas dos discursos inquestionáveis, e com a urgência dos impactos históricos e infelizmente emergentes com as tragédias de Mariana (2015) e Brumadinho (2018) em Minas Gerais, Renato de Araújo Ribeiro desnuda o neoextrativismo, a roupa nova da exploração ambiental predatória, vendida como inevitável ao progresso, sob o altíssimo custo de vidas. Na revisão, a lógica instrumental e utilitária é disposta ao lado dos velhos fazeres do Poder na América do Sul e sua perpetuação.

O Brasil À Deriva: Precisamos Falar De Desenvolvimentismo

Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação

O presente trabalho propõe a retomada do debate sobre o desenvolvimentismo como modelo econômico apto a mitigar as injustiças sociais. O objetivo central do trabalho foi responder à pergunta: “por que o Brasil precisa de um projeto nacional de desenvolvimento?”. Adotou-se como método de pesquisa a revisão bibliográfica e a abordagem hipotético-dedutiva. Os objetivos específicos do trabalho foram: entender a relação entre o dirigismo constitucional com a manutenção do subdesenvolvimento pelas elites hegemônicas porque isso prejudica tanto o País. Conclui-se que os objetivos da Constituição da República poderiam ser mais facilmente alcançados mediante mudança no modelo econômico e implementação de políticas públicas de geração de emprego e renda pelo Estado.

Desenvolvimentismo, etnicidade e questão agrária

Estudos Sociedade E Agricultura, 2013

O presente artigo 2 pretende apresentar algumas reflexões iniciais sobre a relação entre desenvolvimentismo, etnicidade e questão agrária na primeira década do século XXI. Vamos focalizar especificamente a categoria terra indígena, mostrando o processo histórico que possibilitou a sua construção como unidade socioespacial e as transformações do seu significado que começam a se esboçar, fatos que se relacionam a um contexto específico de reativação de políticas e discursos desenvolvimentistas como operador discursivo estratégico em conflitos territoriais e agrários 3.

O desenvolvimentismo no Brasil

Revista de Ciências do Estado, 2021

O presente texto visa tratar das atuais demandas do nacional desenvolvimentismo brasileiro, ou o que resta dele, conforme se observa nas análises mais recentes. Inicialmente tentou-se fazer uma digressão histórica para que a discussão fosse situada no tempo para então ser realizada uma espécie de diagnóstico com as ferramentas postas, embasado nos modelos interpretativos dispostos, o método histórico-dedutivo de Celso Furtado e João Antônio de Paula. A formação do capitalismo brasileiro e o seu desenvolvimento atrelado serão analisados e tratados para tentar se entender alguns detalhes o que muitas vezes passam despercebidos. O neoliberalismo também está relacionado à análise; autores como Sen são importantes para entendermos tal colocação. E a recorrência a autores consagrados como Celso Furtado tenta esboçar um caminho no horizonte.

INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO: Entre Saídas e Escapes

Inovação e Desenvolvimento: Entre Saídas e Escapes, 2022

A inovação foi responsável por saltos significativos de desenvolvimento ao longo do tempo, promovendo prosperidade econômica e bem-estar social. Esses avanços, entretanto, não foram suficientes para conter o crescente aumento da desigualdade no mundo e têm posto em questionamento o impacto das inovações modernas diante das passadas. Dada essas considerações, este artigo de abordagem ensaística tem como objetivo discutir a influência da trajetória do campo de inovação no desenvolvimento das sociedades e os rumos que podem ser tomados para uma inovação que promova desenvolvimento mais justo e igualitário. Para tanto, são discutidos os paradigmas tecnoeconômicos representados pelas cinco grandes ondas de inovação, o impacto esperado das inovações diante das demandas atuais, e as ações que podem ser desenvolvidas para inovações que tragam desenvolvimento socioeconômico mais igualitário. Espera-se que os insights gerados neste ensaio possam trazer um olhar crítico sobre o papel da inovação na redução da desigualdade no mundo e contribuam para o desenvolvimento de novas pesquisas acerca da temática, além de estimular a formação de discursos de desenvolvimento que tragam perspectivas mais justas e inclusivas e que denunciem os efeitos perversos da inovação.

O desenvolvimento após o desenvolvimentismo

Como se não bastasse, Tapia não se cansava de perguntar, discutir, opinar, criticar e, com a espontaneidade de menino que soube preservar até seus últimos dias, compartilhar sua experiência de entusiasmado analista de políticas tecnológicas e de desenvolvimento em geral. Infelizmente, a quase totalidade do texto que mais diretamente deita raízes em nossas discussões sequer pôde ser lida por ele, de forma que é debalde relembrar sua inocência nas minhas incursões às fronteiras que separam a Economia da Ciência Política e da Análise de Políticas Públicas. Os cursos que frequentei no doutorado do IE influenciaram-me mais do que esperava, e seria difícil pensar em um só que não tenha servido, ainda que indiretamente, de insumo a este estudo. Sem embargo, as aulas dos professores Ricardo Carneiro,Júlio Gomes de Almeida e Carlos Alonso contribuíram para firmar meu enfoque e dar centralidade à hipótese de que havia um problema decisivo de diagnóstico nas políticas de inovação tecnológica que o Brasil adotara, ao passo que as de José Maria e Paulo Fracalanza forneceram boa parte do chão teórico que me faltava. O mérito de todos eles é tanto maior porque, em momento algum, chegamos a discutir qualquer coisa que dissesse diretamente respeito à esta tese. Alguns colegas também tiveram papel especial como interlocutores. Lucas Vasconcelos e Edson Silva certamente sabem disso; Geraldo Maia, Juliana de Paula e André Mota, provavelmente, não. Agradeço a todos. Ainda no IE, agradeço aos sempre atenciosos Cida, Alberto, Fátima, Lorenza e Marinete. Recebi apoios decisivos de minha amiga de longa data, Simone Deos, e de outra mais recente, Wilnês Henrique, as quais alertaram para a dramaticidade da mudança que minha mulher, Ana Lídia, e eu teríamos de enfrentar deixando nossas vidas profissional e social em Brasília, ao mesmo tempo em que se prontificaram a escrever cartas de recomendação que afastassem dúvidas quanto à minha possível falta de vocação para encarar um doutorado. Devo dizer que a julgar pelo meu aparentemente desanimador desempenho na entrevista, durante a qual gaguejei algumas vezes, as cartas devem ter sido, de fato, bastante convincentes. Aproveito a ocasião para lhes agradecer. Além de Wilnês, sou especialmente grato, por motivos diferentes, mas na mesma intensidade, a meus ex-colegas de Casa Civil Sheila Ferreira, Constance Meiners, Adelmar Tôrres, Paulo Kliass, Luiz Alberto dos Santos, Jackson de Toni, Francisco Pompeu e Vinícius Sucena. Destaco como decisivo o acesso tão informal e desimpedido quanto xv ABSTRACT This thesis is part of the still incipient struggle towards a deeper relationship between "classical" development theory and latin-american structuralism, from one side, and contemporary theories on technological innovation, mainly in its schumpeterian approach, from the other. Taking this more general picture into account, it examines factors limiting efectiveness of technological innovation policies in Brazil, which are focused from structural determinants of capitalist cauculus standpoint. In particular, income level, accumulation of penrosian resources, and inter-sectoral productive structure seem to be of central importance to understand why growing concern on brazilian ST&I policy has generated few results in terms of technological efforts of firms. Despite these three causes are likely to explain the pervasive difficulty of backward countries to catch up with advanced ones, the research offers theoretical, historical and empiric reasons demonstrating that classical industrial policies, aiming at structural change, although having known problems, still are required to reach significative progresses in technological catching up. Taking for granted that present ST&I policy hasn´t yet exhausted all its effect, we undertook an evaluation of a reperesentative set of approved projects, typical of the current policy. We evaluated them regarding technological audaciousness and proximity to entrepreneurial activity, looking for the impact of sectoral differences on these characteristics. xvii LISTA DE TABELAS, QUADROS e FIGURAS TABELAS Tabela 1.1 Renda per capita de países selecionados como proporção da renda per capita dos EUA (EUA = 100), 1900 a 2008 xxii GRÁFICOS Gráfico 5.1 Evolução da participação brasileira nas exportações mundiais por grupos de produtos, de 1960 a 2008, em % Gráfico 5.2 EUA (

Gênese e agenda do novo desenvolvimentismo brasileiro

Revista de Economia Política, 2013

Origin and agenda of Brazilian new developmentalism. The debate regarding Brazil's development model returned again to the public arena in the first decade of 21 st century after two decades of orthodox economic policies which encouraged non-developed countries to adopt liberal economic policies as their preferred growth strategies. As Brazil achieved neither economic stability nor development, the discussion of new development strategies returned as a popular research topic. It is in this context that a new development theory -New Developmentalismemerges. The objective of this article is to review the origins of this debate and the main propositions defended by the group aiming to implement a new development model policy in the country. The main conclusions are that this group has had an important contribution in maintaining the development debate in the public agenda as well as proposing a new theoretical approach called "structuralist macroeconomic development".

Dilemas do pensamento desenvolvimentista no Brasil

Revista Tomo, 2015

This paper analyzes the contradictory assumptions that pervade the debate on the new developmentalism. We draw a parallel between its leading intellectuals and the national-developmentalist thinking. We observe how contemporary developmentalism reshapes, in new interpretive keys, issues that were part of the developmental lexicon since the mid-twentieth century: the problem of democracy, the relationship between social classes, the interaction of the state with the market, the fight against social inequalities. We end by pointing out how the new developmentalism reissues the question of "coalition between social classes", concealing the importance of political conflict, and how the concessions of the new developmentalism to the advantaged social groups eventually hamper the full realization of its proposals concerning the interests of the lower social strata.