Política e Espiritualidade: A Espera (original) (raw)
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Uma reflexao sobre como o significado da religião para a sociedade muda com o colapso da autoridade das grandes instituições religiosas.
Espiritualidade e política: considerações sob um ponto de vista filosófico
Revista Pistis Praxis, 2015
O texto, partindo da realidade brasileira, reflete sobre a necessidade de uma reforma política para inibir as práticas de corrupção que esgarçam sensivelmente o tecido social e fazem tanto mal aos mais pobres. Mostra que essa reforma não alcançará seu objetivo se parte considerável da sociedade que a postula não passar por uma séria conversão. Nisto encontra-se o campo da espiritualidade. Hannah Arendt, Fábio Konder Comparato e Michel Foucault são os referenciais teóricos para pensar a constituição ética do sujeito em tempos sombrios. A salvaguarda do espaço público, em que estão em jogo palavras e ações, nos faz perceber que, no jogo agonístico da política, “quem não tem governo de si não pode querer governar os outros”.
Caminhos, 2019
Trata este trabalho das transformações do espiritismo em sua relação com os sentidos da política. Destaca-se inicialmente a predominância do individualismo moralista nos fundamentos doutrinários do espiritismo. No Brasil, o espiritismo emerge como religião, e segue num quadro de forte despolitização, exceto na afirmação da liberdade religiosa, no Império (Questão Religiosa) e quando emergem debates públicos sobre aborto e pena de morte. Entretanto, em meio ao debate das eleições de 2018, emergiu na internet uma controvérsia envolvendo a figura de Divaldo Pereira Franco, em Goiânia, que tem alterado o modo como os espíritas lidam com as temáticas políticas.
Espiritualidade e Religiosidade
CUIDADOS PALIATIVOS: O QUE E PARA QUEM., 2021
Idealmente, os cuidados paliativos devem ser iniciados assim que temos o diagnóstico de uma doença que ameace a continuidade da vida, contemplando não somente o paciente mas toda a família. Ao contrário do que popularmente se pensa, o paliativismo não é apenas esperar pela morte, não é o que acontece quando não há mais nada o que fazer, pois sempre há o que fazer pelo paciente. O paliativismo é, portanto, um trabalho multidisciplinar que busca promover dignidade no final da sua trajetória. Nesse sentido, é imprescindível a difusão do paliativismo entre os estudantes e os profissionais da área da saúde, uma vez que no Brasil, infelizmente, mesmo após alguns avanços, como por exemplo a publicação no Diário Oficial da União das Políticas Públicas de Cuidados Paliativos em 2018, ainda há certo atraso em relação ao ensino e à prática desses cuidados quando comparado aos países Europeus e Norte Americanos. Assim, este e-book surge como uma iniciativa de colaborar com a propagação e o estabelecimento dos cuidados paliativos, elucidar sua história, seus fundamentos, indicações e outros temas relacionados ao cuidado multiprofissional, dignidade humana, luto, vida e morte.
Esperrància: O lugar da espera e da errância
Vol. 10 Núm. 1 (2021): Revista Disertaciones, 2021
Este ensayo presenta algunas posibilidades del pensamiento sobre la hospitalidad-acogimiento propuesto por el filósofo Jacques Derrida. Se considera la teoría de los Encuentros en el collage como un modo de aproximarse a las oscuras relaciones entre huesped y hospedador. Para ello, esas dos figuras se comparan analogamente como figuras de la espera y de la errancia, conforme a las presentadas en A collage como trajetória amorosa. Se busca mostrar que la pregunta por la hospitalidad tiene la propiedad de unir las diferencias, pero conservandolas en cuanto diferentes. De ese modo, la espera y la errancia se consideran entidades indisociables una de otra. Esse ensaio apresenta algumas possibilidades do pensamento sobre hospitalidade-acolhimento enunciado pelo filósofo Jacques Derrida. Considera a teoria dos Encontros na collage como um modo de avançar nas obscuras relações entre hospede e hospedeiro. Para tanto essas duas figuras são comparadas analogamente com as figuras da espera e da errância, conforme as apresentadas em A collage como trajetória amorosa. Procura-se mostrar que, a questaõ da hospitalidade tem a propriedade de unir as diferencas, porém conservando-as enquanto diferencas. Dessa maneira, a espera e a errância seriam consideradas entidades indissociáveis uma da outra.
INTERAÇÕES
É sabido que no Brasil historicamente encontramos entre candidatos a cargos eletivos a menção recorrente do nome de Deus no seu currículo de vida. A finalidade parece evidente: promover sua ilibada dignidade moral e religiosa entre possíveis eleitores. Existem muitos estudos sociológicos sobre a relação entre religião e prática política no Brasil. O presente texto segue esta linha de investigação, mas com uma nova abordagem desde a perspectiva da teologia prática. Uma pressuposição evidente em nosso texto é que, nas últimas eleições gerais que tivemos no Brasil em 2018, se pode verificar amplamente o uso e abuso explícito do nome de Deus por muitos candidatos, boa parte deles eleitos. Tais candidatos assumiram que eles tinham uma mensagem exclusiva e religiosamente fundamentada ao povo que crê em Deus. Tentamos explorar aqui este uso e abuso desde o exemplo específico do presidente eleito, capitão reformado do Exército Brasileiro Jair M. Bolsonaro.
Espectro político, mentes cativas e idolatria
Teologia Brasileira, 2014
Aquele nosso inimigo era leão quando se enfurecia abertamente; agora é dragão quando ocultamente arma ciladas. (…) Como a nossos pais era necessária a paciência no combate contra o leão, assim precisamos da vigilância contra o dragão. No entanto, a perseguição, seja do leão, seja do dragão nunca cessa para a Igreja; e é mais temível quando engana do que quando se enfurece.
2013
O autor procura destacar, sobretudo, o elemento de gratuidade encontrado na espiritualidade e o fato de que esta representa nao somente um bem que compete construir, mas simultaneamente uma heranca que compete preservar e atualizar. Procura demonstra-lo apresentando a vida do pastor J. J. Zink (1844-1918).
Stylus (Rio de Janeiro), 2018
Neste texto, o objetivo é explorar em que difere a posição da política e da psicanálise em relação ao desejo. A questão é justificada a partir de duas observações de Lacan. A primeira postula que a felicidade se tornou um fator que a política levou em consideração, enquanto a segunda coloca uma proposição que Lacan condensa da seguinte forma: "o inconsciente é política". Isso nos leva a desenvolver essa proposição, situar a posição da psicanálise em relação à política e definir o que quer dizer uma ética do desejo. Esse percurso vai lançar luz sobre o que é possível esperar da psicanálise para o século XXI.