Da sala de aula à sala de casa, um outro tempo, ou a ponta de um mistério: o estado da arte sobre o ensino-aprendizagem de História na pandemia (original) (raw)

Tempos Remotos: ensino de história e a pandemia de covid-19

2021

A coletânea surge do objetivo de refletir experiências ligadas ao Ensino de História durante a pandemia de Covid-19. Para tanto, ela se inicia com uma análise teórica sobre o ensino remoto em geral nos tempos atuais, passando para os desafios lançados às instituições públicas de ensino com a sua implantação abrupta e chegando, ao fim, em relatos de distintas experiências de ensino da História realizadas durante este período pandêmico.

Aprender História em tempos de pandemia: Aprendizado escolar e cultura histórica

Anais Perspectivas Web 2020, 2020

Grupo de Reflexão Docente n. 3-Aprendizagem Histórica em tempos de pandemia: limites e possibilidades Resumo: Narrar é um ato de interpretar o mundo. Assim considerada, a narrativa envolve uma série de elementos que revelam a forma como se compreende a si mesmo e se faz interlocução com os outros (ALMEIDA; VALENTE, 2012). Pensando no ensino de História, as narrativas desenvolvidas são fundamentais, pois elas materializam, como explica Rüsen (2010), as formas com que os aprendizes ressignificam as experiências do passado humanovividas e/ou aprendidase se orientam no tempo. Parte dessas premissas a proposta de trabalho aqui apresentada. Ela busca responder a uma angústia que se concretiza com a pandemia e o isolamento social que afasta alunos e professores da escola, rompendo com os contatos interpessoais e os laços estabelecidos por relações de afeto, pelo embate de narrativas e construção de diálogos estabelecidos na sala de aula. Interpretando vídeos de alunos do Ensino Básico do Rio de Janeiro, buscou-se compreender o significado do aprendizado escolar de história para a vida prática destes indivíduos em um momento de excepcionalidade como o da pandemia do Covid-19. Concomitantemente, a pesquisa investigou como esses aprendizes se relacionam com a cultura histórica, compreendendo ou não outras instâncias sociais como portadoras de narrativas históricas e, portanto, capazes de fornecer diferentes leituras de mundo.

Ensino de História e temas sensíveis em tempos de pandemia

Fronteiras: Revista Catarinense de História, 2021

O artigo apresenta reflexões e conclusões de uma pesquisa realizada com estudantes do Ensino Fundamental e Médio da Escola de Educação Básica Profª Maria do Carmo de Souza em Palhoça/SC. Ao mesmo tempo procura abordar a proble´mática do ensino remoto e/ ou não presencial , teoriza sobre as possibilidades dos chamados temas sensíveis serem abordados em aulas de História via remoto bem como potencializa as aulas de História de maneira presencial.

Educação histórica, pandemia e ensino de história

Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação

No contexto da pandemia de Covid-19, os desafios para o ensino de História encontraram, na tecnologia, novo respaldo, mas também contradições. Com nova perspectiva do ensino da disciplina, ancorada no campo teórico da Educação Histórica, o trabalho a partir da epistemologia da História passou a exigir dos professores historiadores uma prática em que a relação com as fontes históricas é fundamental. Desse modo, a ideia de fonte histórica foi ainda mais ampliada, já que a web contém uma infinidade de materiais que podem ser concebidos como documentos históricos. Além disso, a utilização da internet como meio de interação entre os diferentes sujeitos no processo de escolarização pressupôs uma relação em que a tecnologia precisou ser ressignificada devido à possibilidade de apoio, mas também pela sua influência como disseminadora de informações superficiais e céticas com relação ao conhecimento científico.

Arte De Ensinar e a Pandemia COVID-19

Revista Amazônida, 2021

The aim of this study is to present the plurality of views of teachers, which is emerging from the various actions undertaken to minimize the difficulties that arise in emergency remote education (ER), required by the closure of schools due to the covid-19 pandemic. Its relevance lies in the actions and reactions of those involved, and constitute possibilities to generate public policies that motivate and promote quality education. The following question led to this work: what lessons could be learned by those involved in their teaching practice after the reopening of schools? An exploratory research was carried out, with the choice of the methodological approach of qualitative research. Data collection was performed through an online questionnaire, directed to teachers who worked in the classroom and started working in the ERE. The lessons unveiled: improving our training or posttraining with the introduction of disciplines related to digital and technological media; understand that distance education is a possibility to be applied in our teaching practice; include in the Pedagogical Policy Project viable alternatives for teaching, learning and evaluation; in parent-teacher or class council meetings, seek to gather all possible observations, both positive and negative The highlighted lessons include: we need to recalculate routes, minimize the doubts that arise in practice, in order to adapt to the new technological strategies of the art of teaching.

Tempos remotos: ensino de História e a pandemia de Covid-19 [capa, sumário e apresentação, sob a organização de Ivan Lima Gomes, Rafael Saddi e Yussef Campos, 2021]

Tempos remotos: ensino de História e a pandemia de Covid-19, 2021

Já se passaram mais de dois anos desde os primeiros casos registrados de Covid-19. Incertezas, crise, perdas e ansiedades são algumas das palavras que compõem o léxico afetivo que nos permite interpretar a pandemia de Covid-19 como um episódio histórico do século XXI. Isso nos leva a refletir sobre a urgência de compreendermos a pandemia em perspectiva histórica: é por meio desta que iremos compreender seus impactos econômicos e sociais e seus desdobramentos políticos. É urgente que ampliemos os horizontes e adicionemos ao nosso vocabulário pandêmico palavras como esperança e reconstrução. No campo da Educação, são bem conhecidos os desdobramentos da ineficiência pública no combate à pandemia de Covid-19 sobre a Educação. Professores e professoras se dedicaram com afinco para contornar a adoção atabalhoada de recursos digitais na Educação e seguem apreensivos sobre os impactos da pandemia sobre uma geração de estudantes. Mas muito foi feito e merece ser celebrado. O problema do “distanciamento histórico” é objeto de longa discussão no campo da História. Desta vez, porém, a disciplina História viu-se afetada pela imposição de um distanciamento social que afastou professores e alunos. Discussões sobre a História Pública, a História Digital e a aprendizagem em rede, bem como os relatos de experiência em realidades diversas, como escolas estaduais e municipais e universidades, são alguns exemplos dos caminhos encontrados pela comunidade de historiadores e historiadoras para refletir sobre os rumos do ensino de História hoje. Esta coletânea apresenta algumas destas produções. Ao mesmo tempo, este livro é, ele próprio, uma produção cara a estes tempos pandêmicos, onde decidiu-se enfrentar os desafios de uma reflexão histórica sobre o Tempo Presente.

Saber acadêmico e saber escolar–a história, entre a historiografia ea sala de aula

anpuh.org

Resumo: Este estudo é limitado por 1918, fim da I Guerra, e 1934, ano da constituição que pôs fim à República federalista no Brasil. O objetivo é verificar a relação entre o saber acadêmico e o saber escolar. Parte dos manuais didáticos, História do Brasil de J. Ribeiro e Epítome de História do Brasil de J. Serrano, porque, além do conteúdo, traziam um método de ensinar. Esse formato os aproxima do conceito de Cultura Escolar de D. Julia e de "práticas escolares" de A. Chervel. As estratégias dos autores tornavam o conhecimento acadêmico acessível ao nível escolar. Abstract: This study it is limited for 1918, end of the I War, and 1934, the constitution's year that ended the Republic federalist in Brazil. The objective is to verify the relation between knowing academic and knowing pertaining to school. Part of didactic manuals, History of Brazil of J. Ribeiro and Epítome de History of Brazil of J. Serrano, because, beyond the content, they brought a method to teach. This format approaches them to the concept of Pertaining to school Culture of D. Julia and "practical pertaining to school" of the Chervel. The authors's strategies became the accessible academic knowledge the pertaining to school level. O presente estudo, a História como disciplina escolar, tem por limites temporais 1918, fim da Primeira Guerra Mundial, e 1934, data da promulgação da constituição que pôs fim ao modelo federalista da República brasileira, período de forte conteúdo nacionalista. O objetivo é verificar de que forma, ao longo desse período, ocorre o relacionamento entre o saber acadêmico e o saber escolar determinando a formatação da História como disciplina escolar.

GÊNERO E ENSINO DE HISTÓRIA: DEMANDAS DE UM TEMPO PRESENTE

Organização de protestos públicos para garantir a igualdade de gênero". Essa foi a alternativa C da amplamente debatida questão 1 da prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2015. A referida questão, em relação a qual pudemos observar as mais diversas reações, dizia respeito a máxima "Ninguém nasce mulher: torna-se mulher", de autoria de Simone de Beauvoir, citada textualmente no enunciado. As intensas reações à presença dessa questão no exame puderam ser percebidas no dia mesmo de sua realização, quando observamos o que se comentava em diferentes redes sociais. Posicionamentos de entusiasmo e alegria, pela visibilidade nacional possibilitada ao movimento feminista, dividiram espaço com críticas e reprovações ao caráter supostamente "indevido" da questão. Dentre as manifestações de agrado, podemos citar a veiculação de inúmeras fotos da questão, ilustradas com corações e exclamações. Os incontáveis compartilhamentos vinham comumente acompanhados por legendas entusiasmadas como: "eu vivi para ver um dia o Exame Nacional do Ensino Médio, Enem, perguntar sobre Simone de Beauvoir e o feminismo <3" e "Sabe por que é certo militar? Porque teve questão sobre feminismo e cultura patriarcal no Enem". 40 De maneira diametralmente contrária, o desagravo também se fez presente. Nesse sentido, reproduzimos abaixo a postagem de um promotor que ganhou grande repercussão devido ao teor inusitado de sua assertiva: