Alunos Da Turma “E”: Reflexões e Inflexões Sobre Estigmatização No Âmbito Escolar (original) (raw)
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Sitientibus
Este artigo discute dados de uma pesquisa desenvolvida numa escola da rede municipal de Amargosa - Bahia que possui o maior número de estudantes com deficiência matriculados. A primeira fase desta pesquisa constou do conhecimento da realidade, buscando identificar o perfil dos estudantes com deficiência matriculados na instituição investigada. Os dados sinalizaram um levantamento feito pela escola que relacionou vinte estudantes com deficiência e outros quarenta e quatro considerados como portadores de “problemas” no processo de aprendizagem. Estes dados demarcam possibilidades de construção de estigmas e rotulações a partir do discurso escolar que podem influenciar a constituição da identidade destes alunos. Ressalte-se que a identidade dos sujeitos é construída num processo de interação social fortemente influenciada pela percepção do outro. Assim, o objetivo deste artigo é refletir sobre rotulações e estigmas em relação à pessoa com deficiência, construídos a partir de conceitos ...
ESTIGMA NA EPILEPSIA: ASPECTOS CONCEITUAIS, HISTÓRICOS E SUAS IMPLICAÇÕES NA ESCOLA
Revista Thema, 2014
Resumo: O presente artigo tem como objetivo principal desfazer mitos e corrigir os equívocos que persistem ao longo da história a respeito da Epilepsia, bem como dissertar acerca do estigma que afeta os pacientes e suas famílias. As consequências do estigma se agravam quando o ambiente escolar é considerado. O presente trabalho sugere ações, em sintonia com políticas de atendimento a pessoas com necessidades específicas, como a necessidade de qualificação dos profissionais da educação para prestar a assistência adequada aos alunos com Epilepsia, tanto com relação aos aspectos educacionais quanto aos procedimentos de primeiros socorros. O número de trabalhos referentes às implicações da Epilepsia na escola é escasso e as informações e propósito deste artigo visou, além do objetivo já evidenciado, apontar caminhos sobre como abordar a Epilepsia no ambiente escolar.
Classificação e estigmatização: uma abordagem etnográfica na escola
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Estigma na escola: relatos sobre os bons e maus alunos
Revista Habitus, 2019
Nas interações cotidianas, pode-se construir uma imagem social do indivíduo que nem sempre corresponde à realidade, mas representa os estigmas e estereótipos atribuídos ao outro. Neste estudo, consideram-se algumas pesquisas realizadas em escolas nos Estados Unidos e no Brasil que abordam a condição de estigmatizado dos alunos e as expectativas dos professores sobre estes como importantes no seu processo de ensino e aprendizagem. Foram realizadas quatro entrevistas semiestruturadas em 2015 com dois estudantes do Ensino Médio e duas professoras do Ensino Fundamental e Médio em escolas públicas e particulares de Nova Iguaçu. Analisa-se por quais maneiras a condição de estigmatizado dos estudantes pode ocorrer e como estes lidam com esta condição. Também como esta condição e as expectativas dos professores podem influenciar a participação dos estudantes no processo de ensino e aprendizagem. Identifica-se que estas expectativas sobre os estudantes e a forma como lidam com estas podem ser influentes na sua inserção neste processo formativo.
“Incríveis Infratores” – Adolescentes Estigmatizados Em Encontro Com a GESTALT-TERAPIA1
Resumo: Este artigo trata de uma discussão teórica, que pretende demonstrar como a Gestalt- Terapia pode atuar junto a adolescentes em conflito com a lei, auxiliando-os na ressignificação do estigma e na contatação de sua essência, de modo a atingir a ação ética. A cada dia questões de violência e segurança se tornam mais preocupantes. Frente a essa problemática, as pessoas tendem a procurar um único culpado, no qual possam depositar toda a responsabilidade. Logo, o adolescente que comete crimes recebe o estigma de infrator, e sua identidade fica limitada a esse rótulo – a dimensão humana é destruída, e, em seu lugar, ocorre a construção da destrutividade. Com o intuito de mostrar uma concepção diferente da de culpabilização, aborda-se nesse artigo a visão da criminologia crítica, na qual a responsabilidade pelos atos infracionais é de toda a estrutura social. Considera-se o fenômeno da estigmatização, e o adolescente enquanto ser-no-mundo. Discorre-se também sobre o encontro de ado...
Na Terceira Margem: teorias, metodologias e sensibilidades do ensino de História, 2022
O artigo um olhar atento à voz de jovens sobre os programas educacionais pautados em avaliações em larga escala, especialmente o SAERJ, implantado no Estado do Rio de Janeiro. Partimos da clareza de que os estudantes são parte interessada no processo educativo e que, nesse sentido, possuem muito a dizer sobre diretrizes e normas instituídas verticalmente, sem a participação efetiva da comunidade escolar. A discussão aqui direciona-se para uma reflexão sobre vozes de alunos que, ao serem obrigados a realizar provas padronizadas para o aferimento da “qualidade” das redes de ensino, atribuem significados e sentidos a essas práticas. Na avaliação, percebemos que os jovens têm efetivamente o que dizer sobre escola, sobre práticas educativas e sobre as políticas públicas, situando-se longe do estereótipo de alienação que comumente lhes é conferido.