Forças Armadas, Militares da Reserva, Anticomunismo e a Comissão Nacional da Verdade, Memórias em Disputa (original) (raw)
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A Coleção Informante do Regime Militar é composta por um conjunto de documentos originalmente sem identificação, deixado na portaria do Arquivo Nacional por alguém que preferiu o anonimato. A atmosfera de sigilo e, de certa forma, clandestinidade que envolve a entrada deste acervo na instituição reflete-se na documentação que o integra. Não há, assim, elementos que nos possibilitem recuperar a história da acumulação deste acervo, formado por documentos relativos ao treinamento de agentes por parte dos órgãos oficiais que, em diferentes momentos da história do Brasil, foram responsáveis pelo serviço de informação no país, e ainda, às atividades profissionais desempenhadas pelos referidos agentes, de caráter muitas vezes secreto, abrangendo o período de 1946 a 1975. Grande parte desta coleção diz respeito às missões desempenhadas por agentes de informação, onde além de informes encontram-se documentos produzidos por pessoas e entidades consideradas subversivas, provavelmente também utilizados como fontes de informação. Merece atenção o significativo número de documentos relativos ao Partido Comunista do Brasil (PCB), que no início da década de 1960 passou a adotar a denominação Partido Comunista Brasileiro, mantendo, contudo, a mesma sigla. É incontestável a importância desta coleção para a melhor compreensão do funcionamento interno dos órgãos de informação e da forma de agir dos seus agentes e informantes. Sua natureza privada contribui para ampliar as abordagens de investigação, através de uma perspectiva particular, não oficial, dos acontecimentos daquela época.
Brasil em contradição: os remediados de Memórias de um sargento de milícias
Blog da Biblioteca Virtual do Pensamento Socia, 2023
Texto publicado no Blog BVPS por ocasião da Hospedagem Vale Quanto Pesa. O ensaio se hospeda no capítulo “Imagens do remediado” de Vale quanto pesa (1982), de Silviano Santiago, que, por sua vez, versa sobre as Memórias de um sargento de milícias de Manuel Antônio de Almeida.
Comissão Nacional da Verdade e Relações Civis - Militares no Brasil
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Memória de confronto, marcas de resistência
29ª EDIÇÃO DO PROGRAMA DE EXPOSIÇÕES DO CCSP, 2019
Texto crítico sobre a exposição Corpo FEchado de Paul Setúbal publicado no catálogo do Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo -1ª Mostra 29ª EDIÇÃO DO PROGRAMA DE EXPOSIÇÕES DO CCSP
Traços de memórias da ditadura militar
Sur le journalisme, About journalism, Sobre jornalismo, 2023
Traços de memórias da ditadura em quadrinhos: uma análise da reportagem 'Notas de um tempo silenciado' Pour citer cet article, to quote this article, para citar este artigo Vinícius Pedreira Barbosa da Silva, Leylianne Alves Vieira, « Traços de memórias da ditadura em quadrinhos: uma análise da reportagem 'Notas de um tempo silenciado' »,
Guerra do Contestado: mímesis e políticas da memória
2006
Aos meus amigos, próximos, distantes, visíveis, invisíveis, familiares, desconhecidos, filosóficos, espirituais, de fé, de lutas, de caminhada e de esperança. Em especial, às minhas filhas Isis e Sophia e ao meu filho Ángel, a quem espero oferecer o aprendizado da amizade. AGRADECIMENTOS Sou imensamente grata a todas as pessoas que, do seu modo, tornaram possível a realização desse trabalho. Agradeço ao CNPq e CAPES, pela inestimável ajuda financeira neste último ano e meio, sem a qual não poderia ter concluído a pesquisa. Agradeço a confiança e o respeito de Alai Diniz durante os oito anos de convívio, desde o mestrado. Agradeço a Romário Borelli e Antonio Cunha, que me receberam tão gentilmente e confiaram a mim os textos das suas peças teatrais. Agradeço aos bibliotecários da UFSC, do CEART e FAED da UDESC e da Universidade do Contestado de Campos Novos. Quero também deixar registrado o profundo agradecimento aos professores do Curso de Pós-graduação em Literatura,
OS MILITARES REVOLTOSOS DA DÉCADA DE 20 E SUA INTEGRAÇÃO À MEMÓRIA INSTITUCIONAL NO EXÉRCITO
Quando o avião Laté 28, da companhia aérea francesa Latecoere, caiu na praia Juan Ramirez, ironicamente conhecida como praia da Liberdade, em Montevidéu, seus ocupantes, o piloto Negrin; o sr. Pranville, diretor da Latecoere para a América do Sul; o telegrafista e chefe do tráfego da Aéreo Postal, senhor Prunetta; Nelson Costa -nome falso do tenente João Alberto -e Carlos Oliveira -nome falso do tenente Antônio de Siqueira Campos -foram lançados às águas geladas da Bacia do Prata. 1 O acidente ocorreu na madrugada, de 10 de maio de 1930, tendo como único sobrevivente o, então, tenente João Alberto, pois Siqueira nadara junto a ele durante algum tempo, mas de repente desaparece no mar. 2 João Alberto, por sua vez, após nadar 1 quilômetro até a costa, cerca de duas horas e meia, já sem fôlego, alcança uma pedra nas proximidades da praia. 3 Ao gritar por socorro é retirado por um guarda, de um posto policial de fronteira localizado nesta mesma praia. As buscas pelos demais passageiros se iniciam, mas, além de João Alberto, não há sobreviventes. Siqueira Campos havia realmente desaparecido nas águas do estuário do Prata. 4
Usos políticos do passado em depoimentos militares na Comissão Nacional da Verdade
Anais do IV Encontro de Pesquisas Históricas - A historiografia para além do campo historiográfico: novos horizontes e perspectivas, 2018
O questionamento jurídico do silêncio por parte de memórias historicamente obstaculizadas é acompanhado de reações cuja experimentação mnêmica exibe um outro viés político. É uma disputa em torno da lembrança e das narrativas acerca de um passado em comum. Um exemplo desse conflito é a Comissão Nacional da Verdade, que atuou na investigação de violações aos direitos humanos ocorridas no Brasil entre 1946 e 1988. Convocados para depor sobre os casos de desaparecimento, mortes e torturas ocorridos durante esse período, os militares resgataram as linguagens que formalizaram o golpe civil-militar de 1964, ressignificando-as de acordo com as implicações do tempo presente. A fim de explorar este movimento, foram analisados os usos políticos do passado em sete depoimentos de militares disponíveis no canal do YouTube da Comissão.