(Re) Pensando as Relações Brasil e Paises Africanos De Língua Oficial Portuguesa (Palop) e Desafios Das Políticas Públicas Brasileiras (original) (raw)

Ciência e democracia nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP): um cruzamento de baixa intensidade

VIII CONLAB , 2004

Existe um consenso geral, mesmo assim polemico, de que com inicio do colonialismo europeu no seculo XV, se comeca nao so a experiencia de organizacao colonial do mundo como - simultaneamente - a tentativa de constituicao colonial dos saberes, das linguagens, das memorias e do imaginario. Da-se inicio ao grande processo que culminara nos seculos XVIII e XIX na qual, pela primeira vez, se organiza a totalidade do espaco e tempo - todas as culturas, povos e territorios do planeta, presentes e passados - referencialmente numa grande narrativa universal. Nesta a Europa e - ou foi sempre - simultaneamente o centro geografico e o culminar do movimento temporal. Nesse sentido, as ciencias modernas (naturais ou exatas, humanas e sociais) tiveram como substracto as novas condicoes que se criaram quando o modelo liberal de organizacao da propriedade, do trabalho e do tempo deixa de aparecer como uma modalidade civilizatoria em luta com outra(s) que conservam o seu vigor, e adquire a hegemonia ...

Cooperação técnica Sul-Sul brasileira nos Países Africanos de língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste no governo de Lula e Dilma (2003-2014): Projetos e perspetivas

Revista Científica da Universidade do Mindelo - RUMUS_vol_4_2_2017 - Artigo Científico , 2017

Este trabalho possui como escopo a análise da cooperação técnica no âmbito educacional entre Brasil e o arquipélago de Cabo Verde durante o governo Lula (2003/2010). Estes projetos possuem como objetivo o suporte científico e técnico a criação de novas perspectivas na gestão educacional do país. Assim, em um primeiro momento, discute-se o conceito de cooperação internacional para o desenvolvimento, um breve histórico e analisam-se algumas modalidades. Também faz-se uma análise das teorias econômicas para o desenvolvimento e discute-se a eficácia da ajuda externa tradicional. Então, debate-se sobre a cooperação entre os países em desenvolvimento ou cooperação Sul-Sul, considerada como uma forma de cooperação mais jovem que a cooperação tradicional, que surge como complementar ou alternativa para os países em desenvolvimento. Em um segundo momento, estuda-se a cooperação internacional brasileira e seus princípios basilares. Analisou-se o histórico da cooperação brasileira até o governo Lula, os dados sobre o numero de projetos, gastos públicos, algumas modalidades de cooperação e sua distribuição pelas regiões do Globo. Fazse uma análise mais profunda sobre a cooperação técnica internacional com o continente africano, especificamente com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). Por último, analisou-se a cooperação internacional cabo-verdiana recebida e suas origens. Apresentam-se os projetos importantes na área educacional e seus dados estatísticos.

Estudantes Africanos dos PALOP em Redenção, Ceará, Brasil: Representações, Identidades e Poder

Mediações, 2020

O presente artigo propõe uma reflexão sobre as representações que envolvem estudantes africanos em Redenção, Ceará, Brasil que são parte da experiência social promovida pelas novas políticas públicas de integração e inclusão com a criação da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) em 2010. O percurso investigativo desta reflexão foi realizado a partir da observação e participação das autoras no campo empírico em sua busca por conexões entre imagens, discursos e situações. As diferenças sentidas e vividas pelos estudantes estrangeiros vindos dos países africanos de língua portuguesa nas suas interações cotidianas passam a ser percebidas teoricamente como uma construção identitária marcada por elementos raciais e étnicos dentro de circunstâncias particulares e situacionais (BARTH, 2003). A partir dos conflitos e da ausência de comunicação entre estrangeiros e brasileiros, o artigo identifica a experiência herdada de regimes dominantes de representação sobre os povos negros (HALL, 1990) no Ceará e avança em questões que conectam os processos identitários, o racismo e o exercício de poder no mundo contemporâneo. Palavras-chave: Identidades. Relações étnico-raciais. Cooperação internacional. Regimes de representação. Poder. Abstract This paper discusses the representations inscribed in the experience of african students in Redenção-city localized in the countryside of Ceará, Brazil-as part of a social reality promoted by the public policies of integration and inclusion which emerged with the International University for the Luso-Afro-Brazilian (Unilab) in 2010. The investigation was possible through observation and participation that allowed connections between images, discourses and local situations. The differences that are felt and lived by the foreign students are understood as part of the identity construction organized through ethnical 1 Doutora em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2013). Professora do curso

Análise do arcabouço institucional jurídico dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) por meio do modelo TLICS para fins de comparação de suas conformações institucionais

2016

Trabalho de conclusão de curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, 2016.O presente trabalho foi desenvolvido com a finalidade de analisar e comparar a legislação de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), especialmente no que se refere à área de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). A referida análise dar-se-á através da utilização do modelo TLICS (Telecommunications Law Indicators for Comparative Studies), que, por meio de suas variáveis institucionais federativas, tende a indicar um cenário institucional federativo mais complexo que o descrito pela categoria constitucional de país unitário ou federado, mediante semelhanças no comportamento dos países unitários pesquisados com países de estrutura institucional federada. A pesquisa realizada demonstrou que os PALOP são centralizados em quase todas as variáveis analisadas, e que as conformações institucionais deles são semelhantes. Evidenciou-se ainda que a conformação institucional pre...

I CONGRESSO INTERNACIONAL E III CONGRESSO NACIONAL AFRICANIDADES E BRASILIDADES: LITERATURAS E LINGUÍSTICA UFES-UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO GT3 Africanidades e Brasilidades em Direitos humanos e políticas públicas REPRESSÃO POLICIAL E RACISMO: DESDE QUE O SAMBA É SAMBA, DE PAULO LINS

Resumo: A partir das circunstâncias de repressão policial narrados no romance Desde que o samba é samba, de Paulo Lins, identificaremos como essa prática estava associada a um pensamento pautado na ideia de hierarquia social e cultural, vigente à época no Brasil. Como oposição à tentativa de disciplina imposta pela elite, destacaremos, a partir de dados da obra ficcional, o papel das casas de Candomblé como espaços de resistência de vital importância para o nascimento do Samba (e da Umbanda), construindo elos de convivência e solidariedade entre os negros. Palavras-chave: Racismo; violência policial, samba, candomblé, Desde que o samba é samba.

Aua Baldé O Sistema Africano de Direitos Humanos e a experiência dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa

Universidade Católica Editora, 2017

Esta obra debruça-se sobre o sistema africano de direitos humanos, através da análise das suas instituições, mecanismos e instrumentos jurídicos. A obra escrutina o papel e a relevância da União Africana, da Comissão e do Tribunal africanos na promoção e proteção de direitos humanos no continente africano. Oferece-se também uma discussão detalhada dos direitos consagrados na Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, assim como uma análise da jurisprudência da Comissão e Tribunal africanos neste âmbito. Por fim, procurou-se examinar a experiência dos PALOP com o sistema africano de direitos humanos.

Nota de pesquisa: O Pan-africanismo organizado em rede e o papel da Diáspora Africana em proposição político-filosófica

Boletim Campineiro de Geografia

Resumo: O presente trabalho relaciona e ressalta, na perspectiva do método afrocêntrico, parte do histórico de organizações nacionalistas negras do passado com o movimento negro pan-africanista da atualidade. Partindo da experiência do líder jamaicano Marcus Mosiah Garvey, na figura da UNIA (Universal Negro Improvement Association, 1914) analisamos algumas das permanências e descontinuidades pautadas na liderança, que estão presentes e se articulando nos dias de hoje, para tanto utilizamos como exemplo a AI (Afrocentricity International, 1970), pensada por Molefi Kete Asante. Visamos explorar as potencialidades e limitações do atual contexto multidimensional da globalização proporcionada, sobretudo, pelo Meio Técnico-Científico-Informacional, o qual faz com que seja necessária a organização de sujeitos e instituições em redes simultaneamente sociais e espaciais, constituídas por um conjunto de localidades e pessoas interconectadas.