Álvaro Cunhal, história e comunismo (original) (raw)
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Revista da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, 2020
The problems of State and Revolution are, since the foundational writings of Karl Marx and Friedrich Engels, the central questions of Marxism. In Portugal and to the PCP, although those subjects had already been debated during the forties, the XX Congress of the CPSU held in 1956 introduced, in a general way, the discussion about the possibility of a peaceful transition from a bourgeois society to a socialist society. The new reading of the structural theses of Marxist philosophy (that would have the opposition of the Chinese and Albanese vision) proposed an anti-sectarian positioning and advocated a departure from the traditional orthodoxy and dogmatism of Marxism-Leninism. It is in this context that Álvaro Cunhal, in the early sixties, publishes a set of writings where he seeks to reconcile the critique of right-wing opportunism and the condemnation of dogmatism. The aim of this paper is to confront the interpretative proposals of Álvaro Cunhal in the sixties with the conflicting ideological models of Maoist orthodoxy and the right-wing alternatives suggested by the Soviets.
Antonio Conselheiro, comunista
Lampião, 2021
O artigo discute a qualificação de “comunista” atribuída a Antonio Conselheiro e ao Belo Monte que liderou: tal caracterização jogou papel importante na criação da caricatura que justificaria a “guerra de Canudos” e o massacre dela decorrente. Mostra como o termo ganhou força no país por obra dos debates em torno da escravidão e da sua abolição, na segunda metade do século XIX.
O “comunismo” de Viriato da Cruz e os seus reflexos no nacionalismo angolano
Quando, em Novembro de 1955, Viriato da Cruz co-assinava a acta da fundação do Partido Comunista de Angola, ditava a matriz ideológica que iria marcar não só o seu trajecto no nacionalismo angolano, mas também o dos seus movimentos independentistas. O estudo do sinuoso caminho percorrido por Viriato da Cruz, desde o movimento Vamos descobrir Angola até ao seu exílio voluntário na República Popular da China, em 1966, pode contribuir para uma reanálise e uma outra compreensão dos movimentos de libertação angolanos.
Memórias do comunismo no contexto da COVID-19
Interfaces, 2020
Este trabalho objetiva investigar memórias do comunismo no contexto da pandemia Covid-19 no cenário brasileiro. Especificamente, estudamos os enunciados que materializam memórias do comunismo, mais precisamente analisamos postagens da rede social Twitter 3 , que associam o evento Covid-19 ao comunismo. Como resultado, concluímos que a memória entoacional que, em perspectiva dialógica, discursiviza a Covid-19 como criação do comunismo reflete e refrata pontos de vista descontínuos historicamente, bem como revela as visões de sujeitos que têm suas consciências formadas e modeladas por camadas ideológicas nas e pelas quais ser comunista representa ser ativista de um regime que luta contra a ordem institucional do poder político que está no mando.
MANOEL CONCEIÇÃO SANTOS: de camponês a líder político
Revista Eletronica Historia Em Reflexao, 2010
Mestrando em História-UFG Bolsista do Fundo de Apoio à Pesquisa do Estado do Maranhão-FAPEMA RESUMO: Este texto retrata parte da história de um camponês maranhense chamado Manoel Conceição Santos, um dos maiores articuladores da luta camponesa em resistência ao regime militar no país. Começou organizando o sindicato de trabalhadores rurais no vale do Pindaré-Mirim, no Maranhão, posteriormente contribuiu na organização de entidades importantes no cenário nacional como a Central Única dos Trabalhadores-CUT, o Partido dos Trabalhadores-PT e o Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural-CENTRU. Por suas ações foi perseguido, preso e torturado na ditadura militar. No exílio em Genebra, se engaja, juntamente com outros exilados, na luta contra governos repressivos. Após três anos fora do Brasil, retorna e dá continuidade, até os dias atuais, a luta em favor de uma sociedade justa. Trabalha com associações e cooperativas, desenvolvendo atividades que visam o aperfeiçoamento dessas organizações e o bem-estar dos trabalhadores.
A estética nacionalista de Carlos Maul.pdf
Anais do XXIV Encontro Regional de História da ANPUH, 2018
O poeta e jornalista Carlos Maul (1887-1973) manteve uma longa presença na imprensa carioca, escrevendo desde a primeira década do século XX até os anos 1960. Este trabalho visa analisar suas ideias sobre arte e cultura, reconhecendo o viés nacionalista de sua concepção estética e observando com ênfase suas relações conflituosas com as propostas modernistas a partir da década de 1930.
Revista Mouro, 2015
DOPS) atacaram a casa onde ele estava, em São Paulo, no bairro da Lapa, ao término de uma reunião do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Ao seu lado tombou Ângelo Arroyo, igualmente fuzilado. Pouco antes, no DOI-CODI, na Rua Tutóia, já havia morrido João Batista Franco Drummond, que estava sendo torturado. Foram capturados e aprisionados Haroldo Lima, Aldo Arantes, Joaquim Celso de Lima, Elza Monnerat e Wladimir Pomar. Escaparam da prisão José Gomes Novaes e Jover Telles.