Estudos taxonômicos no gênero Diptychandra (Leguminosae-Caesalpinioideae) (original) (raw)
e mestra Aline, por me guiarem e me ensinarem a buscar a força dentro de mim. Aos meus guias. E, claro, à minha mãe rainha, Mireya Escobar, por todo o seu amor e proteção, sempre me cuidando e me ensinando, e ao meu irmão, Nicolas Escobar, por, toda a vida, ter me oferecido o seu melhor. Ao meu pai, in memorian, por todo seu carinho e preparação para a vida. RESUMO Diptychandra Tul. pertence à família Leguminosae, subfamília Caesalpinioideae, e contém duas espécies com distribuição neotropical (D. aurantiaca Tul. e D. granadillo C. Romero & Arbeláez). A circunscrição atual de D. aurantiaca considera-a composta por duas subespécies, D. aurantiaca subsp. aurantiaca e D. aurantiaca subsp. epunctata (Tul.) H.C. Lima, A.M. Carvalho & C.G. Costa ex G.P. Lewis, sendo a primeira distribuída no sudeste e centro-oeste do Brasil e, também, na Bolívia e Paraguai, e a segunda limitada ao nordeste brasileiro. As relações infraespecíficas de Diptychandra aurantiaca, baseadas na circunscrição morfológica, apresentam limites mal definidos, revelando uma falta de clareza em relação à delimitação e conceito de espécie. Este trabalho teve como objetivo o estudo morfológico de caracteres vegetativos e reprodutivos, com a finalidade de avaliar os limites infraespecíficos propostos na última revisão do gênero, há mais de vinte anos, ocasião em que D. granadillo não havia sido descrita. Considerando os caracteres já utilizados como diagnósticos para as subespécies, pretendeu-se também avaliar e selecionar os mais importantes para a possível distinção das mesmas. Os dados foram tratados por métodos de PCA e anatomia. Os resultados da PCA evidenciam dois agrupamentos bem definidos, um constituído por D. aurantiaca subsp. aurantiaca e outro por D. aurantiaca subsp. epunctata. Os caracteres quantitativos mais relevantes foram, principalmente, vegetativos (comprimento da raque, quantidade de pares de folíolos e comprimento e largura dos folíolos laterais e distais) e, dentre os qualitativos, destacaram-se a superfície do tronco e indumento dos folíolos e ovário. Os estudos da anatomia foliar também se mostraram relevantes na delimitação específica, revelando diferenças estruturais nos folíolos dos dois táxons. Os resultados apoiam a mudança da categoria taxonômica das duas subespécies para espécie e a atualização dos dados de distribuição geográfica.