VOZES ENTRE O RACIONALISMO CLASSICO E A TEORIA QUEER (original) (raw)
Related papers
RACIONALIDADE E PROGRESSO NAS TEORIAS JURÍDICAS
1. Introdução: direito, tempo e suas implicações nas nossas visões de passado e futuro / 2. Contextualizando o problema: da subordinação da moral à política à subordinação da política à moral ou como o mundo burguês se imaginava. 3. O conceito de direito subjetivo como uma forma de controlar o futuro: o espaço da experiência / 4. Horizonte de expectativas no direito subjetivo: problemas pragmáticos e a moralidade como testemunho da racionalidade.
RACISMO E TEORIA DAS RAÇAS EM KANT E HEGEL Invalidação ou apropriação crítica?
Sapere Aude Revista de Filosofia PUC Minas, 2024
O presente artigo tem como objetivo evidenciar traços racistas nas propostas filosóficas de Kant e Hegel, sem, no entanto, a intenção de desqualificar os autores em questão. Para realizar nossa proposta, na primeira seção, discutiremos a diferença entre o estado civil e o estado selvagem presente nas Lições de Antropologia (2012) de Kant, assim como alguns dos comentários racistas em sua obra Observações sobre o belo e o sublime (2012), onde ele faz uma antropologia empírica. Na segunda seção, discutiremos o artigo de Bernasconi, Who Invented the Concept of Race? Kant’s Role in the Enlightenment Construction of Race (2001), que mostra como o conceito de raça se articula com o projeto kantiano de um idealismo transcendental. Na terceira seção, abordamos a forma como Hegel coloca a África e o negro na sua Filosofia da história. Na quarta e última seção,abordaremos a ilusão transcendental do Negro, conforme Ronald Judy (1991) explicita em seu artigo Kant and the Negro.
ARQUEOLOGIA E TEORIA QUEER: POR UMA ARQUEOLOGIA TRANSVIADA
Revista de Arqueologia Pública, 2019
Este artigo coloca em pauta a legitimação do reconhecimento da população LGBTQI+ a respeito de uma categoria de gênero: o sujeito Queer. Através da organização de duas oficinas realizadas na Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), equipadas com nosso tripé metodológico -isto é, informação, construção e sensibilização -, fomos capazes de dialogar com aproximadamente 80 estudantes sobre Arqueologia e a Teoria Queer. Intitulado como Arqueologia e Teoria Queer: por uma Arqueologia Transviada, a oficina possibilitou elucidar os questionamentos levantados por Gontijo & Schaan (2017) através da ratificação do indivíduo transviado que fica subalterno mediante a vigente binariedade de gênero, delimitada pelos valores da cultura ocidental.
TEORIA TRADICIONAL VS TEORIA CRÍTICA DO CURRICULO
Os estudos curriculares nos remetem ao estudo das teorias de currículos. As teorias de currículo são três: tradicional, crítica e pós-crítica. As teorias tradicional e crítica são as que nos propusemos tratar delas neste artigo. A teoria tradicional é aquela que é considerada como sendo a mais antiga e a mais aderida para os vários sistemas de ensino e que se acomodam com uma supervalorização dos professores que são tidos como os detentores do conhecimento e vão repassando aos seus alunos. Enquanto que a teoria crítica é das recentes e procura colocar no centro das atenções do ensino e aprendizagem a figura do aluno. Sublinha esta teoria que o professor apenas incentiva o que o aluno vai descobrindo nas suas investigações. É de capital importância que as instituições encarregadas para a gestão escolar e do ensino façam escolhas acertadas e que impulsionem o desenvolvimento da sociedade. O trabalho que se desenvolve neste artigo remete-nos para duas realidades de currículos baseados nas teorias tradicional e crítica.
FEMINISMOS, TEORIA QUEER E O PÓS-PORNÔ
Resumo: O presente conversatório pretende discutir como as teorias feministas foram fundamentais para o desenvolvimento da teoria queer, que vem trazendo em seu bojo questões pertinentes para se visibilizar práticas e culturas sexuais consideradas abjetas. Nos estudos feministas tais culturas foram difundidas por teóricas/os como Judith Butler e Beatriz Preciado, que fazem a ponte entre as teorias feministas e os estudos queer. Temos também como objetivo apresentar especificamente o pós-pornô, um tema pouco difundido no Brasil que tem por premissa criar outros imaginários e cenários pornográficos, apresentando releituras e reapropriações da pornografia como instrumento de libertação sexual, quebra de preconceitos e posicionamento político. Para além dessas questões, o pós-pornô faz uma crítica à pornografia hegemônica voltada para legitimar e reforçar as práticas da heterossexualidade normativa. Nesse sentido, utilizaremos textos que trazem contribuições de coletivos ativistas e teóricas/os queer/feministas que difundem o pós-pornô e a importância da sua produção através de performances, fotografias, ilustrações, conferências, poesias e manifestos, que transgridem a pornografia dominante, deslocando, como se referiu Sentamans (2014), os corpos, práticas e as gozadas. Palavras-chave: Feminismos. Teoria Queer. Pós-pornô. INTRODUÇÃO As teorias feministas, para atestar sua legitimidade, dedicaram-se primeiramente a investigar a origem da subordinação das mulheres e os motivos da sua invisibilidade na vida social e pública. Se por muitos anos a visão feminista sobre a realidade da vida das mulheres foi fortemente marcada por investigações visando identificar e/ou caracterizar os sistemas de dominação ao qual às mulheres são submetidas nos campos da educação e da política, no campo da sexualidade não foi e nem é diferente. No tocante especialmente aos estudos nesta área, tal imagem vitimizante se faz ainda presente, nas freqüentes menções ao perigo, subordinação e dominação. Raros são os estudos enfocando o prazer ou a livre fruição da sexualidade feminina.
O DEBATE SOBRE O RACISMO REVERSO: A NEGAÇÃO DO CONCEITO PELO VIÉS HISTÓRICO-SOCIAL
v. 5 n. 02 (2022): Edição: Mai/Ago, 2022
Em nosso país estamos passando por tempos difíceis, não me refiro aqui apenas a pandemia do Sars-CoV-2 ou ao abismo educacional desvelado com por ela, mas também ao fortalecimento de movimentos ultraconservadoresque “criam necessidades" de se revisitar entendimentos e compreensões consolidadas do paradigma científico, ou seja, esses movimentos tensionam a negação do conhecimento científico na sua função promotora do desenvolvimento humano e social. O fenômeno do racismo é um bom exemplo da tentativa de desconstrução de constructos teóricos, operando ainda de forma a não apenas negar a sua existência, mas também de flexibilizá-la, possibilitando uma inversão do fato social concreto na idealização de uma suposta perspectiva teórica-histórica de preconceito e discriminação aos indivíduos não negros, assim temos a criação do racismo reverso. O ensaio aqui proposto busca problematizar esse “conceito” de racismo reverso dentro da perspectiva histórico-social, evidenciando o equívoco apresentado em sua concepção. Para tanto nos utilizamos apoiamos na abordagem da pesquisa documental integrante do regramento jurídico ao longo da história do Brasil como elemento constitutivo de análise. Conceber a existência da ideia do “racismo reverso” significa negar veementemente o contexto histórico-cultural da sociedade brasileira, possibilitando um enfraquecimento dos debates e da agenda antirracista nacional.
FEMINISMOS TEORIA QUEER E PSICOLOGIA SOCIAL CRITICA
RESUMO As abordagens feministas e queer são reconhecidas como aportes teóricos e metodológicos fundamentais para uma ressignificação da psicologia social, especialmente da chamada psicologia social crítica. Apesar do reconhecimento dos limites teóricos compartilhados tanto pelo ideário feminista como pelos pontos de vista críticos, algumas narrativas recentes sobre as relações entre os feminismos, a teoria queer e a psicologia social crítica, sobretudo no que se refere ao debate das sexualidades, tendem a considerar a história dessas relações sem as devidas contextualizações e, primordialmente, sob a ótica das ideias pós-modernas. A partir de uma seleção de narrativas que se propõem a (re)contar a história dessas relações, procuro mostrar como algumas narrativas possibilitam uma articulação entre os pensamentos feministas e queer, enquanto outras apresentam uma versão que tenta contrapor uma teoria em relação à outra, apostando na substituição dos feminismos vistos (como homogêneos, e sem contradições) pela teoria queer, tratada como vanguardista. Palavras-chave: feminismos; psicologia social crítica; teoria queer; construcionismo social. RESUMEN Las abordajes feministas y queer son reconocidas como aportes teóricos y metodológicos fundamentales para uma resignificación de la psicología social, especialmente de la llamada psicología social crítica. Apesar del reconocimiento de los límites teóricos compartidos tanto por el ideario feminista como por los puntos de vista críticos, algunas narrativas recientes sobre las relaciones entre los feminismos, la teoría queer y la psicología social crítica, sobre tudo em el que se refere al debate de las sexualidades, tendem a considerar la historia de esas relaciones sin las debidas contextualizaciones y, primordialmente, bajo la ótica de las ideas post-modernas. A partir de uma selección de narraivas que se proponem a (re)contar la historia de esas relaciones, busco mostrar como algunas narrativas posibilitan uma articulación entre los pensamientos feministas y queer, mientras otras presentan una versión que intenta contraponer una teoría em relación a la outra, apostando en la sustitución dels feminismos vistos (cómo homogéneos, y sin contradicciones) por la teoría queer, tratada como vanguardista. ABSTRACT Feminist and queer approaches are recognized as fundamental theoretical and methodological contributions to a redefinition of social psychology, especially of so-called critical social psychology. Despite the recognition of the theoretical limits shared by both feminist ideology as the critical views, some recent narratives about the relationship between feminism, queer theory and critical social psychology, especially with regard to the discussion of sexuality tend to consider the history of these relationships without proper contextualization and primarily from the perspective of postmodern ideas. From a selection of narratives that propose to (re)tell the story of these relationships, I try to show how some narratives allow to think of a relationship between the feminist and queer thought and other ends up presenting a version that attempts to counteract a theory relative to one another, betting on the replacement of feminism (seen as homogeneous, and without contradictions) by queer theory, treated as avant-garde.
RACIONALIDADE, HISTORICIDADE E ÉTICA
Para principiannos um estudo acerca da questao do conhecimento, certamente e adequado fazennos uma remissao a filosofia chissica, mais especificamente a Arist6teles. Este fil6sofo do sec. IV a.c. representa um ponto deruptura dentro da tradiyao que havia sido iniciada pelos gregos jonicos, tradiyao esta que atribuia a fisica a procura das causas naturais e a filosofia a construyao de uma teoria natural do todo I. E esta separayao que da sensivel arrancada ao lento processo de desenfeitiyamento do mundo que caracteriza a erradicayao do animismo primitivo 2 .