Nclusão e Diferença: Tensionamentos e Debates Na Formação Acadêmica (original) (raw)

Igualdade & Diferença: Tensões Que Articulam Os Discursos Pedagógicos

Periferia, 2014

RESUMO Nesse artigo apresentamos algumas reflexões suscitadas no âmbito das pesquisas que temos realizado no contexto do grupo de pesquisa Currículo: conhecimento & cultura. Essas reflexões são orientadas por uma concepção de diferença que tem orientado as formas pelas quais pensamos o currículo como espaço-tempo de fronteira, como fluxo de significados em permanente processo de negociação e tradução. Operamos em uma perspectiva pós-estruturalista e pós-colonial para defender um conceito de diferença que, a nosso ver, carrega um potencial produtivo na perspectiva de rompimento com os dualismos que ainda são muito presentes no campo educacional com repercussões na escola.

Diferenças culturais na cducação: discursos, desentendimentos e tensões

O universo (que outros chamam a Biblioteca) constitui-se de um número indefinido, e quiçá infinito, de galerias hexagonais, com vastos poços de ventilação no centro, cercados por varandas baixíssimas (...) Afirmo que a Biblioteca é interminável. Os idealistas argúem que as salas hexagonais são uma forma necessária de espaço absoluto ou, pelo menos, de nossa intuição de espaço. Alegam que é inconcebível uma sala triangular ou pentagonal. (Os místicos pretendem que o êxtase lhes revele uma câmara circular com um grande livro circular de lombada contínua, que segue toda a volta das paredes; mas seu testemunho é suspeito; suas palavras, obscuras. Esse livro cíclico é Deus.) Para mim é suficiente, por ora, repetir o ditame clássico: A Biblioteca é uma esfera cujo centro cabal é qualquer hexágono, cuja circunferência é inacessível (...) é ilimitada e periódica. Se um eterno viajador a atravessasse em qualquer direção, comprovaria ao fim dos séculos que os mesmos volumes se repetem na mesma desordem (que, reiterada, seria uma ordem: a Ordem). Minha solidão alegra-se com essa elegante esperança. Jorge Luis Borges "A Biblioteca de Babel" RESUMO KOWALEWSKI, Daniele Pechuti. Diferenças culturais na educação: discursos, desentendimentos e tensões. 2010. 273f. Dissertação (Mestrado)

Currículo e diferenciação pedagógica - uma prática de exclusão?

Revista Exitus, 2020

Este artigo propõe a reflexão sobre o conceito de diferenciação pedagógica como uma estratégia curricular para a aprendizagem escolar de estudantes que exigem respostas educativas que atendam suas peculiaridades, destacamos aqui pessoas com deficiência intelectual e com autismo, que compõem nossa experiência profissional como professoras da educação básica em escolas públicas. O nosso intuito é trazer à tona a tensão que se estabelece entre a garantia de igualdade de direitos em contraponto aos procedimentos e recursos de ensino diferenciados. Algumas questões se apresentam nesse contexto: em que medida fazer ‘tudo igual ao mesmo tempo’ promove a aprendizagem de estudantes com diferenças significativas em seu desenvolvimento? E ao planejar ações diferenciadas estaremos reforçando a exclusão? Concebemos que diferenciação pedagógica pressupõe a promoção de equidade. E, para melhor pensar práticas curriculares, trazemos os princípios de Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA) como ...

Desconstruindo Discursos de Diferença na Escola

Este artigo busca compreender algumas representações artísticas de homens negros nas artes ocidentais (do século XV ao XIX). A análise aqui se volta para a área da educação, pretendendo-se compreender como o discurso da diferença é construído, também, através da arte. Os exemplos de obras artísticas neste escrito são de: Dürer (1471-1528), Rubens (1577-1640), Debret (1768-1848) e Rugendas (1802-1858). Todos esses são artistas importantes dentro da história da arte ocidental. Pretende-se, através das referidas obras analisadas, um entendimento das imagens do homem negro representado em estilo de retrato. Esses trabalhos de arte são Cabeça de um Negro, de Albrecht Dürer; Cabeça de um Homem negro, de Peter Paul Rubens; Diferentes Nações Negras, Jean-Baptiste Debret; e Moçambique, de Johann Moritz Rugendas.

Diferença e Diversidade no discurso da Inclusão Escolar

Revista e-Curriculum

Este artigo apresenta um estudo sobre o discurso da inclusão em documentos orientadores dos processos de inclusão escolar. Tem por objetivo analisar como a valorização das diferenças e da diversidade compõe enunciados que atravessam os documentos e afetam os currículos escolares. O referencial teórico sustenta-se nos estudos foucaultianos. A metodologia possui abordagem qualitativa e se utiliza da análise documental. Os resultados assinalam que o discurso da inclusão enaltece a valorização das diferenças e da diversidade; indicam uma perspectiva pelo direito à educação, mas também coadunam com os interesses do neoliberalismo contemporâneo ao fazer da inclusão uma estratégia para incluir os sujeitos nos jogos do mercado. Nesse sentido, faz-se necessário que os sistemas de ensino incorporem a seus currículos escolares uma perspectiva de diferença que não seja apagada pela diversidade.

Insurgências docentes no currículo e a produção do pensamento da diferença

Educar Em Revista, 2022

Insurgências docentes no currículo e a produção do pensamento da diferença 1 Teacher insurgencies in the curriculum and the production of the thought of difference Sirley Lizott Tedeschi* Ruth Pavan** RESUMO O artigo tem como objetivo mostrar que as reflexões/ações produzidas por professores/as no fazer pedagógico contribuem para a produção de um pensamento no currículo escolar além do claustro da representação. A análise é fruto de uma pesquisa realizada mediante entrevista semiestruturada com professores/as de uma escola pública estadual. A análise dos enunciados dos/as professores/as aproxima-se da perspectiva pós-estruturalista e mostra como as reflexões/ ações produzidas por eles/as fazem surgir/insurgir um pensamento da diferença no currículo, na medida em que nos colocam de cara com os limites dos essencialismos e universalismos do pensamento representacional.

Diversidade e Inclusão: Desafios Emergentes Na Formação Docente

2016

Este texto apresenta reflexoes teoricas a respeito da diversidade e das praticas pedagogicas de equidade na formacao inicial e permanente de docentes. O estudo mostra a necessidade de superacao do carater homogeneizador e condutor dos curriculos escolares que, historicamente, silenciou e reforcou as diferencas existentes no âmbito das salas de aula, para uma pratica sustentada numa pedagogia “para e na diversidade”. O artigo apresenta ainda, reflexoes sobre a necessidade de implantacao de uma politica de formacao de professores que se comprometa com o reconhecimento e aceitacao da diversidade afinada com a justica social e com os direitos humanos. Entendemos que este e um desafio posto para o delineamento de uma pratica pedagogica sustentada sob esta perspectiva. Palavras-chave: Diversidade. Inclusao. Formacao de professores. Politicas publicas.