José Bonifácio, a interpretação coimbrã e a Independência (original) (raw)

José Bonifácio, la interpretación coimbrã y la Independencia

Revista de Estudios Brasileños

El presente trabajo tiene como objetivo explorar el pensamiento político de José Bonifácio de Andrada e Silva, a partir de su producción intelectual, en un marco temporal que comprende los momentos previos a la Independencia de Brasil (últimos meses de 1821 y primeras semanas de 1822). Sin menospreciar aspectos estructurales que habrían influido directamente en los acontecimientos históricos, se entiende que Bonifácio fue la pieza central de la secesión brasileña. Por lo tanto, comprender su pensamiento político, plasmado en sus escritos de la época, ayudaría a comprender la separación de Brasil de Portugal. La hipótesis preliminar presentada es la siguiente: José Bonifácio tradujo la interpretación de parte de la élite luso-brasileña (en particular, la élite paulista coimbrã), que se enfrentaba a la inevitabilidad de la Independencia, considerando los derroteros políticos de la Revolución Liberal en Oporto (1820).

Pensamento Político e Política Externa na Independência: o Pensamento de José Bonifácio e Frei Caneca em Perspectiva Comparada

Dossiê 200 Anos de Pensamento Internacional Brasileiro: Personagens e Agendas, 2023

Partindo do diálogo entre o Pensamento Político Brasileiro e a História da Política Externa Brasileira, este artigo objetiva analisar o pensamento político de José Bonifácio de Andrada e Silva e Joaquim do Amor Divino Caneca, popularmente conhecido como Frei Caneca, quando do processo de Independência do Brasil. Da leitura das suas principais obras e ação política, buscaremos compreender as dimensões de política interna e externa na imaginação de ambos os autores/atores.

Escravidão e Liberalismo em José Bonifácio: possibilidades de uma abordagem de história intelectual

Desde o século XIX, a obra de José Bonifácio de Andrada e Silva (1763 – 1838) vem merecendo a atenção de vários estudos e em diversos âmbitos da pesquisa acadêmica. Visto como figura chave de nossa independência nacional, o papel histórico de Bonifácio foi constantemente reinventado e, também, passou a ocupar seu lugar no próprio imaginário popular sobre a História do Brasil. Diante de tais assertivas, a presente comunicação tem como propósito apresentar algumas possibilidades de estudo de temas como liberalismo e escravidão no pensamento de José Bonifácio, tendo a utilização da História Intelectual como perspectiva analítica. Neste sentido, esperamos apresentar: como os debates em torno desses dois assuntos políticos, travados no momento da independência brasileira, foram apropriados e resignificados nos escritos políticos de nosso personagem. Assim, partimos do pressuposto de que seus posicionamentos neste certame levaram em conta a articulação dos sistemas teóricos em voga em seu campo intelectual em relação às demandas de seu contexto.

Nem Caneca, nem Bonifácio: a Independência do Império Brasileiro como uma Revolução Conservadora, 1820-1824

Historia Constitucional, 2022

Em contraste com outros movimentos emacipatórios do continente, a independência do Brasil pode ser descrita como uma Revolução conservadora, por ter configurado um processo lento, que introduziu a Nação no constitucionalismo moderno, mas sem deixar de preservar instituições centrais do período colonial, notadamente, a escravidão e a monarquia. No entanto, este resultado não estava dado, de forma que, até os momentos finais, coexistiram projetos distintos de independência para a Nação nascente. Este artigo procura revistar dois desses projetos, idealmente representados por José Bonifácio e Frei Caneca, diferenciados sobretudo por suas posições em torno do tema da centralização do poder político e econômico.

Haroldo de Campos e a interpretação luciferina

Cadernos de Tradução, 2014

Resumo:O caminho que Haroldo de Campos empreende em sua leitura de Dante Alighieri (Traduzir e Trovare Pedra e luz na poesia de Dante) abre para uma leitura audaz da obra do fundador da língua e tradição cultural italiana. Traduzindo partes do Paradiso,ele invoca a metáfora da luz, que remete à visão de um grande intelectual medieval da época de Dante: Robert Grosseteste. Traduzir, para Haroldo, equivale a ler de forma hipercrítica, provocando uma desestabilização radical no texto. Tresler, tresluzir, transcriar, transparecer: são conceitos produto do agrupamento entre leitura/criação, luz e o prefixo trans ou três. Tresler, por ex., pode ter o significado de ler às avessas, mas também: "perder o juízo"ou "dizer tolices". Há, portanto, um movimento vorticoso em diagonal ou "às avessas" típico de Haroldo de Campos, que salienta uma tensão entreo intelecto em Dante e o caminho místico, que a luz paradisíaca deixa transparecer. O que leva Haroldo a uma recuperação de Lúcifer (Satanás), de acordo com a etimologia "o que traz luz", que segundo uma tradição popular, é dono da sabedoria superior, negada ao homem comum. Uma singular analogia com o Golem, da tradição hebraica. Palavras-chave: Haroldo de Campos. Dante Alighieri. Teoria da tradução. Divina Comédia.Transcriação.

Herberto Helder e o tradutor libertino

Itinerarios Revista De Literatura, 2009

RESUMO  : A tradução é uma tarefa inquietante, como já pensava Walter Benjamin no célebre ensaio "A tarefa do tradutor". Marcado, por um lado, pela alteração da língua de partida e, por outro, pela interferência provocada na língua de chegada, o ato de traduzir será, portanto, portador de uma força de renovação. O poeta português Herberto Helder dedicou vários livros à tradução, sendo que num deles faz constar um poema originalmente em português, mas que apresenta, entretanto, uma forte dicção estrangeira por ter sido escrito por um poeta italiano. A dita tradução de tal poema é considerada, segundo Herberto Helder, um ato de libertinagem, já que o que está em jogo é o confronto entre línguas, fazendo com que o poeta se identifi que a um determinado idioma que será modifi cado a partir do contato com o estrangeiro. E é pela via desse contato íntimo e "libertino" que a poesia terá muito a aprender com a tradução. A promiscuidade entre a língua natal e a estrangeira aponta para uma contaminação, já que idioma poético se constitui como alteração e celebração da língua materna.

Comment peut on être Brésilien? José Bonifácio e os paradoxos de um império atlântico – Isabel Corrêa da Silva

Topoi. Revista de História, 2022

Fruto do investimento reformista da Coroa portuguesa e com décadas de dedicação ao engrandecimento e modernização da monarquia luso-brasileira, é quase aos 60 anos de vida que José Bonifácio se vê confrontado com os eventos políticos que levam à Independência do Brasil e à emergência de uma matriz ideológica de cunho nacionalista. Durante a maior parte da sua vida, a ideia de Brasil como uma organização política externa à monarquia portuguesa terá sido absolutamente inconcebível, de tal forma que sem esforço o imaginamos a adaptar ao contexto luso-brasileiro o espanto dos seus companheiros de Luzes parisienses de décadas antes. “Comment peut on être Brésilien?” podia bem ter sido uma das muitas frases que Bonifácio apontara nos seus cadernos perante as conjecturas de uma brasilidade autônoma. Defendo neste texto que a ideia de império atlântico foi o que pautou sempre o pensamento e a intenções reformistas de José Bonifácio e que é com essa chave que devemos ler a sua ação e entender os seus aparentes paradoxos.

A IMPORTÂNCIA DE JOSEFO PARA A INTERPRETAÇÃO BÍBLICA

Resumo: Muitas pessoas já ouviram falar de Josefo, mas poucas pessoas conhecem as suas obras e a contribuição que estas trazem para a interpretação da Bíblia. Este artigo tem como objetivo fazer uma exposição da figura desse historiador judeu, apresentando uma sinopse de sua vida assim como de suas obras literárias. Serão analisadas brevemente algumas passagens nas quais ele cita personagens bíblicos famosos tais como João Batista, Jesus, Tiago, e a contribuição que esses escritos trazem para uma maior compreensão das Escrituras. Abstract: Many people have heard about Josephus, but few know their works and the contribution that they bring to the interpretation of the Bible. This article has as its goal to make a figure exposure this Jewish historian, presenting a synopsis of his life as well as his literary works. Will be briefly analyzed some passages in that he quote famous biblical characters such as John the Baptist, Jesus, James, and the contribution that this writings bring to a major comprehension of Scriptures.