Caracterização Da Didática Musical (original) (raw)
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Sílabas Mnemônicas na Educação Musical
O presente artigo evidencia a utilização de sílabas mnemônicas, também chamadas de silabação rítmica, em várias culturas e contextos de educação musical ou, mais especificamente, no ensino do ritmo. Exemplos ilustram como grandes educadores reconheceram a eficácia didática em representar padrões rítmicos com combinações de sílabas pronunciáveis. São individualizadas e analisadas duas diferentes tendências; na primeira, de origem europeia, as sílabas representam subdivisões da pulsação, enquanto que na segunda, originárias da África e da Asia, cada sílaba corresponde a um determinado timbre. O texto também levanta algumas reflexões sobre o uso conjunto, utilizado por vários educadores contemporâneos, da silabação rítmica e da percussão corporal.
Nessas próximas páginas, discutiremos alguns aspectos sobre a ideia de textualidade na produção musical. Ao longo de minha trajetória percorrida nos últimos anos, o conceito de maior intensidade com o qual trabalhei no campo da criação artística foi e tem sido o da Colagem de Citações – tal conceito é, estética e tecnicamente, um ponto de convergência em meu trabalho pessoal como compositor, analista, ensaísta, esteta e até mesmo como apreciador de música. De certo modo, esse conceito aponta não só para duas maneiras de manusear o material durante o fazer musical, mas também em como escutar um objeto ou obra musical.
Música Mista: Particularidades Performativas
ERAS | European Review of Artistic Studies
No discurso artístico, os fenómenos musicais têm tendencialmente vindo a ganhar uma forma abstrata, quer em termos técnicos, quer em termos da sua terminologia, refletindo a transição do mundo analógico e concreto para o universo digital e abstrato. O presente artigo explora processos de criação e performance no universo da música mista. As manipulações do campo sonoro oferecem ao instrumentista a extensão das possibilidades expressivas e composicionais, bem como uma fluidez entre estes dois domínios. Através da análise da interatividade, do uso de eletrónica em tempo real e em tempo diferido, bem como de questões relacionadas com a perceção e notação, conclui-se que tais processos configuram uma assemblage em que a tecnologia musical tem um papel mediador.
Ensino de Instrumento Musical e didáticas inovadoras
CAMINHOS DA EDUCAÇÃO diálogos culturas e diversidades
A didática da música ainda se constitui como uma área de pesquisa relativamente recente na educação musical (BOURG, 2021). No entanto, a diversidade atual das práticas musicais, a ampliação recente dos contextos escolares e extraescolares para o ensino de instrumentos musicais (NASCIMENTO, 2022), bem como a indução forçada por uma epidemia ao ensino musical remoto (LEMAY, 2021) estimularam reflexões dos professores sobre o desenvolvimento e a aprendizagem musical neste novo contexto. Este número da Revista Caminhos da Educação propõe a difusão de pesquisas permeadas por novos caminhos didáticos trilhados por professores de instrumentos musicais em suas práticas pedagógicas.
O Concerto Didático analisado à luz da Retórica
Anais Do Simpom, 2015
Este artigo propõe uma aproximação com os fundamentos da Retórica para subsidiar a análise do Concerto Didático da Série Orquestra nas Escolas promovido pela Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (OSES) nas escolas públicas de educação básica. Considerando que o público encontrado nas escolas não tem o hábito de frequentar salas de concerto ou assistir a eventos semelhantes ao Concerto Didático, objeto da pesquisa em curso, admitimos que entre a plateia e a música veiculada por tal evento existe uma distância que dificulta o acesso ao corpo de conhecimento inerente às atividades orquestrais. Enquanto os integrantes da orquestra movem-se com familiaridade no âmbito de tais conhecimentos, pois diz respeito ao campo profissional em que atuam, para a plateia, os hábitos, convenções e conhecimentos dos aspectos relacionados a orquestra soam como novidade. Acreditamos que a Retórica nos ofereça meios apropriados para analisar a possibilidade de diminuir ou transpor a distância entre esses dois grupos (orquestra e plateia). Tomaremos, como referência, as cinco características da argumentação definidas por Olivier Reboul (1998) como unidades de análise. São elas: o auditório, a língua natural, as premissas verossímeis, o orador e a conclusão. Palavras-chave: Retórica; Concerto Didático; Apreciação Musical.
A Música no Currículo Oficial: um Estudo Histórico Pela Perspectiva do Livro Didático
Musica Hodie, 2012
Este artigo objetiva analisar o Compendio de musica para o uso dos alumnos do Imperial collegio "D. Pedro II", de Francisco Manuel da Silva, adotado para a disciplina Música Vocal, de 1838 a 1879, a fim de apreender a seleção de conteúdos, de métodos e técnicas que compuseram o currículo do Colégio Pedro II, no tocante ao ensino da música no sistema oficial de ensino, além de expressar as forças aque se articularam para legitimar as idéias que incidiram sobre a sua organização. Foram compulsadas, ainda, fontes como os programas de ensino, legislação, imprensa, partituras, programas de recitais, para articular o tema. Sacristán (2000) e Choppin (2004) dão suporte teórico para esta análise, afirmando que os livros didáticos constituem instrumentos que esclarecem, não apenas os meios que operacionalizam os métodos para a aquisição do conhecimento, mas também articulam as finalidades educacionais. A análise revela a técnica da memorização para a aquisição do conhecimento e a importância dos processos teóricos antes das atividades práticas. Palavras-chave: História da educação musical; Educação musical e currículo oficial; Livro didático; Música vocal; Colégio Pedro II.
Educação Musical Em Diálogo Com a Perspectiva Histórico-Cultural
Cadernos CEDES
C omo conteúdo obrigatório na educação básica, a música tem sido pauta de grandes reflexões no cenário brasileiro. Discute-se o que essa atividade significa para o ser humano e sobre como organizá-la como prática educativa. Entretanto, para entender a atividade musical como tal, há de se transformar todo um modo de concebê-la, já que a música é socialmente considerada, inclusive no espaço escolar, apenas como lazer, entretenimento, terapia, ou, no terreno educativo, como ferramenta organizadora de rotinas, de controle de comportamento e, ainda, como instrumento de memorização ou de auxílio para outras disciplinas (MARTINEZ, 2017).
A Educação Musical a Partir De Máterias De Jornal
Salão Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão da Uergs (SIEPEX), 2021
A presente pesquisa objetivou investigar o impacto causado pela Fundação Municipal de Artes de Montenegro (FUNDARTE) no desenvolvimento da educação musical e cultural no Vale do Caí/RS. Em uma abordagem qualitativa, utilizou-se a pesquisa documental como método, sendo coletadas reportagens em um jornal local, datadas de 2017 a 2020. O referencial teórico teve como base estudos de Kraemer (2000), considerando-se a Educação Musical em suas relações em diversos tempos, espaços e disciplinas. Como resultados, constatou-se que a FUNDARTE tem um papel importante na difusão e desenvolvimento da Arte e da cultura, oportunizando o ensino e a pesquisa em Artes na região, bem como nas localidades do entorno. Como desdobramentos, almeja-se que esta pesquisa possa fomentar outras investigações, não só no que diz respeito à FUNDARTE, mas, também, a outras instituições da mesma natureza, que contribuem para a cultura e fortaleçam, ainda mais, a área da Educação Musical.
Aprendizado Musical: Dom, Talento Ou Hereditariedade?
2017
O presente artigo e um recorte de uma pesquisa em andamento e visa investigar, a partir de resultados de pesquisas publicadas, o talento musical. Encontrar concepcoes sobre dom, talento e hereditariedade e relacionar suas interferencias, bem como, as do ambiente familiar com as maneiras como as criancas aprendem musica e se dao, no cerebro, os processos de cognicao musical.