Capoeira, Patrimônio Cultural Imaterial: Críticas e Reflexões (original) (raw)
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Capoeirando - um tributo à cultura popular
É com grande alegria que a revista Capoeirando-um tributo à Cultura Popular-acorda novamente, depois de quase 30 anos após as quatro impressões inaugurais em 1995/96. Agora em formato eletrônico, que possibilita múltiplas mídias e ampla divulgação, a proposta da revista se mantém: um espaço para estudantes e professores da UNICAMP (mas não só!) divulgarem matérias sobre Capoeira e todas a chamadas 'culturas populares', com suas complexas matrizes afro-brasileiras e indígenas (incluíndo-se as culturas de convivência nos diversos campi) e que muito ainda podem contribuir para/na Universidade. Esse primeiro número eletrônico inicia com resumo de uma conversa sobre as origens e batalhas da revista em sua versão impressa, no anos 1990, o papel fundamental das alunas envolvidas nesse processo e também como isso reverbera até hoje. Seguimos com uma entrevista em vídeo com outra então aluna, hoje professora de dança e mestra de Capoeira, sobre sua trajetória que também perpassa pela história anterior: Lara Machado. A seguir, um pouco da saúde indígena a partir de relato pessoa, da etnia Baré: a farmácia da natureza. Outra entrevista é com o 'Baque Mulher', coletivo que empodera pela dança e percussão, e que nos brinda também com lindas fotos! Temos também uma apresentação do Choro, gênero musical ainda a ser mais praticado na universidade, e uma matéria sobre Baba Toloji, um guardião da africanidade em Campinas. Terminamos com a Saideira, chamando para a próxima edição e dando dicas de material recente na área. https://issuu.com/revistacapoeirando
O Registro Da Capoeira Como Patrimõnio Imaterial: Novos Desafios Simbólicos e Políticos
Educacao Fisica Em Revista, 2009
A idéia de patrimônio não é necessariamente a mesma para todos, nem para os órgãos voltados para a sua proteção, e nem para a população em geral. Portanto, não é consensual e nem isenta de conflitos. Por outro lado, o jogo da capoeira também é alvo de inúmeras interpretações, tanto da parte dos próprios capoeiristas, quanto de diversos outros setores da sociedade, como órgãos públicos, a mídia, a universidade. O registro da capoeira como bem imaterial, realizado pelo IPHAN-Instituto Histórico e Artístico Nacional-, em julho de 2008, trouxe à tona esses conflitos, relacionados às diferentes maneiras de se pensar a capoeira e as políticas de patrimônio. A noção de patrimônio parece estar intimamente relacionada à de propriedade, seja ela de um indivíduo ou grupo social, e também à de herança, o que implica na sua transmissão e continuidade ao longo do tempo, bem como na própria perpetuação do grupo detentor dos bens em questão. De acordo com o antropólogo José Reginaldo Gonçalves, o patrimônio pode ser pensado como uma categoria universal, presente em diferentes povos e momentos históricos, ainda que guardadas as suas especificidades locais. Para o autor, "todo e qualquer grupo humano exerce algum tipo de atividade de 'colecionamento' de objetos materiais cujo efeito é demarcar um domínio subjetivo em oposição a um determinado 'outro'. O resultado dessa atividade é precisamente a constituição de um 'patrimônio'" (Gonçalves, 2007: 109). Portanto, a noção de patrimônio pode adquirir diferentes significados, em função dos indivíduos que a veiculam e do contexto em que estes se inserem. Assim, grupos de capoeira e agentes de órgãos públicos como o Ministério da Cultura ou o IPHAN podem defender percepções díspares, e até mesmo contraditórias, da idéia de patrimônio e seus desdobramentos. Refletir sobre o patrimônio contém algumas implicações. Se patrimônio diz respeito a propriedade, isto nos remete imediatamente à seguinte questão: propriedade de quem? Por sua vez, isto pode rapidamente conduzir à idéia que, se pertence a uns, não pertence a outros. Mas como definir esse pertencimento? E quais são os atores que procuram fazê-lo? Na medida em que remete à herança, algo que se herda e se transmite, podemos nos perguntar: herda-se de quem? Transmite-se a quem? Quem está apto ou
2017
Primeiramente a Deus e a todas as entidades espirituais envolvidas nessa trajetória, por me nutrirem de fé nos momentos difíceis e concederem o "asè" necessário para que eu pudesse concluir esta etapa. Aos meus pais, Serafina Toledo Medeiros e Everton Castro Medeiros, que sempre me apoiaram com seu amor e incentivo; ao meu filho, Joaquim Medeiros Amaral, e meu irmão caçula, Everton Castro Medeiros Junior, pelo carinho e compreensão nos momentos de desânimo; e em especial ao meu irmão "do meio", João Gabriel T. Medeiros, que sempre me incentivou e auxiliou durante o período da graduação e no desenvolvimento deste trabalho, sendo o principal responsável pelo meu retorno aos estudos e por minha escolha e entrada no Curso de Museologia.
2019
O presente artigo discorre sobre a gestão compartilhada do patrimônio cultural imaterial tendo como foco uma década do registro da capoeira. Com base nos caminhos percorridos pela expressão cultural, no seu processo de ativação patrimonial, e considerando que a gestão do patrimônio cultural imaterial demanda o compartilhamento de responsabilidades entre Estado e detentores culturais, o artigo apresenta velhos e novos desafios e avalia em que medida a gestão compartilhada pôde ser alcançada.
El presente relato de experiencia presenta los puntos principales de una discusión concerniente a la Capoeira como cultura que interrelaciona saber, expresiones y manifestaciones de matriz afro-brasileña, con el objetivo de responder a la pregunta de cómo la Capoeira puede contribuir al fortalecimiento y la valoración de la (s) identidad (s) afro-brasileña (s) y del patrimonio inmaterial. Se trata de una cuestión que está siendo investigada y cuya reflexión basa un importante capítulo de investigación de Maestría en Educación en marcha, en torno a la temática sobre ‘las interrelaciones de la Capoeira en la educación escolar’. Esta investigación se apoya en estudios acerca de la interculturalidad, de la identidad y de cuestiones étnico-raciales relacionadas con el conocimiento y escolar y de la Capoeira, en la sociedad globalizada. En los debates sobre la mundialización de la cultura en la globalización y en los procesos de colonización en América Latina, el estudio de la dinámica de los saberes de la Capoeira en encuentro (diálogo intercultural de interrelación) se inserta en las discusiones sobre 'medios, identidades y debates postcoloniales: saberes, perspectivas, posibilidades'.
A Influência Da Diversidade Cultural Da Capoeira No Brasil
Revista FSA, 2015
Editor Científico: Tonny Kerley de Alencar Rodrigues Artigo recebido em 15/09/2015. Última versão recebida em 08/10/2015. Aprovado em 09/10/2015. Avaliado pelo sistema Triple Review: a) Desk Review pela Editora-Chefe; e b) Double Blind Review (avaliação cega por dois avaliadores da área). Revisão: Gramatical, Normativa e de Formatação.
Capoeira abalou: corpo de mulheres, legitimidade e tradição
Publicado no livro Cultura, política e sociedade. Estudos sobre a capoeira na contemporaneidade. Org. Celso de brito e Daniel Granado, Edufpi, 2020. (Link: https://www.ufpi.br/arquivos\_download/arquivos/livro\_digital1\_120200609161144.pdf) "O momento em que comecei a adentrar a discussão de gênero e visualizar como se davam os constrangimentos das mulheres na roda, [...] o entendimento da questão de gênero mudou o status da capoeira." C.