(In)diferenças em questão: conversando sobre diversidade (original) (raw)
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Ampliando o debate sobre diversidade
Signos do Consumo, 2019
O livro Primeiras experiências com o racismo: crianças negras, práticas parentais e midiatização coloca no centro do debate a necessidade da constante reflexão acerca da diversidade e do combate ao racismo. Utilizando metodologicamente as técnicas da grounded theory construtivista, os autores propõem um diálogo entre teorias da midiatização e os relatos de agentes parentais diante das primeiras experiências de seus filhos com o preconceito, traçando uma reflexão sobre as consequências intergeracionais e seus efeitos na sociedade.
A Diferença do Discurso da Diversidade
Contemporânea, 2017
Resumo: A diversidade se forma como um discurso contemporâneo e global que ordena a produção da diferença. A partir dessa afirmação, buscamos compreen-der o campo discursivo no qual a diversidade se torna hegemônica em relação a outros discursos de ordenação da diferença, a saber: o multiculturalismo e a exceção cultural. Analisando esses três discursos, serão demonstradas suas bases institucionais e suas características centrais, possibilitando-nos propor uma explicação para o predomínio do discurso da diversidade. Palavras-chave: multiculturalismo; exceção cultural; diversidade cultural; globalização. The difference of the discourse of diversity Abstract: Diversity is a contemporary and global discourse that orders the production of difference. From this statement, we try to comprehend the discursive field in which diversity became hegemonic in relation to other discourses of difference, e.g. multiculturalism and cultural exception. In this paper I will analyse the three discourses, so to demonstrate their institutional bases and main characteristics. As a conclusion, I will propose an explanation for the predominance of the discourse of diversity.
Reflexões sobre diversidade e diversificação
RURIS (Campinas, Online)
O tema da diversidade remete à questão de como indivíduos e grupos sociais heterogêneos se organizam e constroem mecanismos de distribuição dos recursos que produzem. O artigo aborda a diversidade em uma dimensão analítica e conceitual a partir da contribuição da teoria das capacitações de Amartya Sen e da perspectiva da abordagem dos meios de vida sustentáveis de Frank Ellis. Num segundo momento, discute-se o processo de formação da diversidade rural a partir do processo histórico de diversificação da agricultura no Brasil. Por fim, discute-se a diversidade das formas familiares de trabalho e produção que se organizam e reproduzem sob a égide da combinação tripartite entre família, propriedade de terra e recursos econômicos, identificada com a agricultura familiar.
Diversidade cultural, pluralidade, diferença: qual é a questão?
Mediações - Revista de Ciências Sociais, 2011
O presente artigo busca discutir a presença, na educação brasileira, da questão das diversidades culturais tornadas necessidades curriculares. Para melhor entender essa questão, analisamos sua emergência através de alguns documentos federais – Tema transversal Pluralidade Cultural, nos PCN, As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e o Programa Ética e Cidadania: construindo valores na escola e na sociedade, visando reconhecer as conexões estabelecidas nos citados documentos com as lutas contemporâneas vinculadas ao reconhecimento identitário. Trata-se de traçar um paralelo, mesmo que inicial, entre tais lutas e questões da democracia contemporânea, a partir das noções de desentendimento em Jacques Rancière e de poderes e direitos em Michel Foucault.
Ser ou não ser favorável às práticas de diversidade? eis a questão
2010
The relevance of diversity practices has been growing in Brazilian organizations. Nevertheless, the theoretical field in Brazil has not followed this practical development. The current literature expresses the prevalence in the identification and discussion of these practices, based on the belief that diversity always brings about positive results for the organization. However, this utilitarian approach neglects intrinsic subjectivity inherent to different social actors: someone who belongs to an identity group which is not considered dominant in the organizational setting (minority) and those who are traditionally considered the dominant group (majority). This essay aims to discuss the attitudes of these two groups towards diversity practices, proposing a theoretical model made up of four theoretical dimensions: acceptance attitudes based on social justice, acceptance attitudes based on obtaining gains, rejection attitudes based on beliefs in reverse discrimination, and rejection attitudes due to concerns about stigma. The understanding of these attitudes can contribute to the development of new approaches in diversity studies, in addition to brining a vision that an effective diversity practice in organizations means understanding the vision of the different stakeholders involved in them.