Tese de mestrado - A História e “o Diálogo que Somos”: A Historiografia de Reinhart Koselleck e a Hermenêutica de Hans-Georg Gadamer (original) (raw)

O debate entre Hans-Georg Gadamer e Reinhart Koselleck a respeito do conhecimento histórico: entre tradição e objetividade

The debate between Hans-Georg Gadamer and Reinhart Koselleck about historical knowledge: tradition and objectivity The article explores the theoretical propositions for historical knowledge built by two authors: the philosopher Hans-Georg Gadamer and historian Reinhart Koselleck. Starting from a critical review of modern thought and sharing the influence of Martin Heidegger’s philosophy, the two authors came to divergent views on the foundations of historical knowledge, both with great interest to the current directions in the discipline.

Gadamer e Dussel: Da Hermenêutica Do Diálogo Impessoal Ao Diálogo Que Liberta O Rosto Da Máscara Colonial

Revista Ideação, 2020

O presente artigo trata do diálogo. A tese é que a hermenêutica de Gadamer não serve para a filosofia da libertação pensar o diálogo na América Latina, devido ao contraste metafísico de ambas. O autor alemão dedicou-se ao tema e propôs uma hermenêutica do diálogo para a filosofia ocidental. Dialogar é uma relação de conhecimento com o tu impessoal de textos do passado (tradição), o qual é um vestígio metafísico de que o fundamento do diálogo, da hermenêutica de Gadamer, não é o mesmo da filosofia latino-americana. Portanto, o objetivo desta pesquisa é revisar a concepção de diálogo, desde o aporte crítico da filosofia de Enrique Dussel. A metodologia se divide em duas partes. A primeira é uma crítica do diálogo na hermenêutica de Gadamer. A segunda trata da perspectiva de diálogo inferida das reflexões de Dussel sobre o conceito de consciência ética. A conclusão é que enquanto a hermenêutica alemã propõe um diálogo, com base no tu impessoal da tradição, a filosofia da libertação sug...

Currículo de História, Políticas da Diferença e Hegemonia: diálogos possíveis

Educação & Realidade, 2011

RESUMO-Currículo de História, Políticas da Diferença e Hegemonia: diálogos possíveis. Este texto tem por objetivo explorar a potencialidade analítica da hibridização entre movimentos teóricos para o avanço das pesquisas no campo do ensino de história. Operamos com as contribuições tanto da teoria social de discurso de Laclau e Chantal Mouffe como da teorização da história inseridas no paradigma da narratividade (Rusen, Ricoeur). Interessa-nos pensar esse campo como um espaço discursivo onde são travadas as lutas hegemônicas em nossa contemporaneidade em torno de dois fluxos de sentidos: o das identidades e o das temporalidades. Essa articulação teórica nos permitiu problematizar, nos fragmentos discursivos produzidos por alunos de história do terceiro ano do ensino médio, alguns argumentos presentes nas políticas de currículo dessa área, que disputam discursos fixadores de sentidos de identidade nacional. Palavras-chaves: Currículo de História. Hegemonia. Temporalidade. Identidade. Identidade Narrativa. ABSTRACT-History Curriculum, Difference Politics and Hegemony: possible dialogues. The objective of this text is to explore the analytical potentiality of hybridization of theoretical movements to accomplish advances in the History teaching field. We work with contributions from the Discourse Social Theory such as proposed by Laclau and Chantal Mouffe and with historical theory related to the narrative paradigm (Rüsen,Ricoeur). We are interested in this field considering it a discursive space where, in contemporary times, hegemonic fights are taken on two floods of meanings: one that is related to identities and the other related to temporalities. This theoretical articulation has allowed us to question, based on the analysis of discursive fragments produced by students of high school final level, some arguments which can be found in curriculum politics in this field, which dispute fixing discourses about national identity.

Hermenêutica e materialismo histórico na encruzilhada da história: Leituras especulares de Gadamer e Benjamin

This paper intends to approach Hans-Georg Gadamer's hermeneutical view of history to Walter Benjamin's dialectical concept of it, choosing, as a contrasting point of view, historicism, which overlaps fact by comprehension on behalf of a so-called scientific neutrality. To the impossibility of ignoring the "being-there" of the historian, peculiar to gadamerian hermeneutics, Benjamin adds both the presuppositions of historical materialism and the concept of time present in Jewish-Christian theology and Jewish mystics, turning History into science and remembrance, conservation and redemption.

A Hermenêutica De Hans-Georg Gadamer

Revista Legis Augustus, 2012

A Constituição de 1988 representa uma mudança de paradigma no Direito brasileiro. A partir dessa mudança de modelo, é necessário investigar a realização do direito, a partir da hermenêutica filosófica. O Direito alinhado a hermenêutica filosófica assume, pois, um viés transformador. Daí a necessidade de compreender o Direito a partir do serno-mundo. O pensamento jurídico não pode ser concebido a partir de um predomínio causado pelos limites da razão e edificado com os poderes da racionalidade abstrata. É, neste sentido que, em face da flagrante inefetividade da hermenêutica clássica, originariamente metodológica, torna-se necessária à construção de uma resistência teórica que aponte para a construção das condições de possibilidade da compreensão do direito, como modo de ser-no-mundo.