Efeitos da homofobia na saúde mental de jovens que se experienciam como homens homossexuais (original) (raw)
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Implicações da homofobia sobre a saúde do adolescente
2018
RESUMO Objetivo : identificar as implicacoes da vivencia da homofobia sobre a saude dos adolescentes. Metodo : revisao integrativa com os artigos originais em portugues/ingles/espanhol, de 2012 a agosto 2017, nas Bases de dados MEDLINE, Scopus, LILACS e BDENF. Os dados foram apresentados em figura. Resultados : incluiram-se 11 artigos com maioria de publicacoes em 2015. Apos a comparacao e analise, os classificaram em 3 subgrupos de tematicas com foco integrado >; > e >. Conclusao : a vivencia da homofobia durante a adolescencia possui implicacoes a saude do adolescente como ansiedade, depressao, ideacao e tentativa de suicidio; entretanto, e necessaria a assistencia livre de preconceitos, permitindo a populacao o usufruto do direito a saude, alem de parcerias intersetoriais para acoes de enfrentamento a homofobia e promocao da saude em ambientes escolares. Descritores : Homofobia; Adolescente; Saude do adolescente; Saude Sexual; Sexualidade; Violencia. ABSTRACT Objective: ...
Impactos do preconceito homofóbico na saúde mental das pessoas LGBTQI+: breves apontamentos
Mosaico - Revista Multidisciplinar de Humanidades, 2022
O presente estudo teve por objetivo apresentar uma revisão integrativa da literatura, a fim de compreender quais são as repercussões do preconceito homofóbico na saúde mental das pessoas LGBTQI+. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica de estudos publicados entre 2017 e 2022, nas bases BVS-PSI, PEPSIC, SciELO e Google Acadêmico. No estudo foram utilizados os descritores: "saúde mental", "doença mental", "homofobia", "LGBT". A estratégia aplicada nas buscas foi utilizar o operador booleano AND. A pesquisa gerou 69 artigos, dos quais 10 artigos foram incluídos na análise dos dados. Os resultados evidenciam que o preconceito homofóbico torna as vítimas vulneráveis ao estresse e acarreta prejuízos no seu bem-estar físico e mental. Ter o apoio social e da família é tido como fator de proteção contra o sofrimento psíquico vivenciado. Ressalta-se a necessidade de outros estudos que apresentem intervenções que contribuam para melhorias da saúde mental das pessoas LGBTQI+ e ações voltadas para a prevenção do sofrimento mental causado pela homofobia.
Saúde Mental de Homens Gays na Pandemia
Revista Psicologia e Saúde
Vulnerabilidades prévias e sofrimentos crônicos relativos a preconceito, homofobia e discriminação marcam o cotidiano de gays. Tais vulnerabilidades e sofrimentos ganham novos contornos perante as restrições sanitárias impostas pela pandemia da covid-19. Objetivando compreender os fatores de vulnerabilização e adoecimento mental entre gays, realizou-se em 2020 uma pesquisa, do tipo exploratória, junto a 43 homens gays, com utilização de questionário eletrônico, da ferramenta Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) e realização de entrevistas com roteiro semiestruturado, junto a 8 participantes. Encontrou-se o percentual elevado de 60,5% no indicativo de Transtornos Mentais Comuns (TMC) entre os respondentes. Os dados indicam que os TMC se associam a marcadores sociais como raça, renda, escolaridade, bem como moradia, desigualdades no acesso e circulação na cidade e, particularmente, ser gay afeminado. As restrições sanitárias impuseram a intensificação de relações familiares conservad...
Research, Society and Development, 2020
Os impactos do preconceito social e familiar na saúde mental das lésbicas, gays, bissexuais e transsexuais The impacts of social and family prejudice on the mental health of lesbians, gays, bisexuals and transsexuals Los impactos del prejuicio social y familiar en la salud mental de lesbianas, gays, bisexuales y transexuales
Os jovens homossexuais masculinos e sua saúde: uma revisão sistemática
Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 2014
Com o objetivo de analisar a literatura acadêmica de abordagem sociocultural acerca da relação entre os temas homossexualidade masculina, homem jovem e saúde, realizou-se uma revisão baseada na análise de conteúdo temática de 37 artigos selecionados, nas bases de dados Medline e Lilacs, entre 2004 e 2013. A escassez de literatura na perspectiva sociocultural apontou para obstáculos e desafios, relacionados à promoção de saúde, que vão desde a qualidade da informação, passando por valores simbólicos inconscientes, até a efetivação de propostas de gestores de saúde. Concluiu-se que a hegemonia heterossexual encontra-se presente nas estruturas inconscientes da construção da homossexualidade, contribuindo para a perpetuação do habitus heteronormativo. Estudos que valorizam o encontro do saber técnico com o conhecimento que cada um produz, referido a seus valores pessoais e culturais, podem servir de subsídio para o maior aprofundamento dessa discussão.
Minha dor vem de você: uma análise das consequências da LGBTfobia na saúde mental de pessoas LGBTs
Cadernos de Gênero e Diversidade, 2021
Diante do alto índice de violência LGBTfóbica no Brasil, o presente artigo discorre acerca das consequências da LGBTfobia na saúde mental de pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBTs). Objetivou-se compreender as consequências da LGBTfobia na saúde mental das pessoas LGBTs, assim como descrever as principais formas de discriminação sofridas. Para alcançar esses objetivos, realizou-se uma pesquisa qualitativa com entrevistas semiestruturadas, utilizando o sistema “bola de neve” para acessar as(os) entrevistadas(os). As entrevistas foram realizadas com 19 pessoas LGBTs com idade igual ou superior a 18 anos, sendo elas: 3 homens cisgêneros gays, 3 mulheres cisgêneros lésbicas, 3 homens cisgêneros bissexuais, 3 mulheres cisgêneros bissexuais, 2 homens transexuais, 3 mulheres transexuais e 2 mulheres travestis. Os dados foram analisados através da análise de conteúdo. Verificou-se que a discriminação vivenciada pelas pessoas LGBTs ocorre no ambiente familiar, tra...
Homofobia Internalizada Como Um Processo Psicossocial
Revista Brasileira de Sexualidade Humana, 2022
A homofobia se configura como um fator que influencia as relações sociais dos sujeitos de forma negativa e que exclui pessoas LGBTQIA+, repercutindo homofobia internalizada, de modo que corrobora maior incidência de transtornos psicológicos, automutilação e suicídio. Este estudo se trata de uma revisão narrativa de literatura e objetiva compreender a natureza e a dinâmica da homofobia internalizada e suas implicações. A análise dos dados foi realizada tomando como base a Psicologia Histórico-Cultural de Lev Semenovich Vigotski, a qual evidencia que homofobia internalizada tem sua gênese nas relações sociais, tornando-se subjetiva por meio de um complexo processo de internalização que pode trazer implicações negativas para o psiquismo de pessoas homossexuais. Assim, percebeu-se que a Psicologia Histórico-Cultural pode se constituir em uma ferramenta crítica e contextualizada para a compreensão da homofobia internalizada, alijando-se de teorias psicológicas que apontam para a resolução do sofrimento psíquico apenas no campo subjetivo. Por fim, aponta-se ser urgente que intervenções psicossociais sejam elaboradas tomando como eixo de partida a complexa relação que se estabelece entre homofobia internalizada e elementos psicossociais.
Um sintoma de patologia do social: a homofobia
RESUMO Este texto busca pensar a homofobia enquanto uma patologia social. Não entendida enquanto um impedimento à autorrealização, tal como propõe Honneth, mas levantando a hipótese de que é patológico quando a questão da exclusão se torna possível nos laços sociais. Ou seja, uma sociedade que parte de um ideal de normalidade que tem como critério a exclusão da diferença se torna patológica, impossibilitando que as formas de vida em geral se inventem. Será mostrado como não há uma distinção de natureza entre normal e patológico, o que torna inócua a argumentação homofóbica, demonstrando muito mais uma naturalização de uma gramática de exclusão. É esta gramática que será questionada, tendo em vista que ela é reproduzida em todas as esferas sociais – como a questão da inclusão na escola. Ao contrário de um argumento coerente, a homofobia é um sintoma de uma sociedade que se submeteu docilmente a uma ideologia de normalidade. ABSTRACT This text seeks to point homophobia as a social pathology. Not understood as an impediment to self-realization, as proposed by Honneth, but raising the hypothesis that it is pathological when the question of exclusion becomes possible in social relations. That is, a society that takes an ideal of normality that has as its criterion the exclusion of difference becomes pathological, making it impossible for the forms of life in general to be invented. It will be shown how there is no distinction of nature between normal and pathological, which makes the homophobic argument innocuous, demonstrating much more a naturalization of a grammar of exclusion. It is this grammar that will be questioned, since it is reproduced in all social spheres – such as the issue of inclusion in school. Contrary to a coherent argument, homophobia is a symptom of a society that has been docilely subjected to an ideology of normality.
Concepções homofóbicas de estudantes do ensino médio
Psicologia USP, 2017
Resumo Este trabalho apresenta os resultados de um estudo realizado com 2.159 alunos e alunas do ensino médio de três cidades do interior paulista. Os dados, obtidos pelo uso de uma escala Likert, foram analisados por uma técnica estatística multivariada. Análise fatorial foi realizada, e seis fatores (extraídos pelo método das componentes principais e o método de rotação oblíqua) favoreceram a interpretação das possíveis correlações entre as concepções homofóbicas apresentadas nos itens. O estudo mostrou que a tolerância moderada em relação à homossexualidade dos jovens da amostra é uma realidade que necessita de atenção das políticas públicas em educação, visando estratégias para a desconstrução de estereótipos de gênero e erradicação da homofobia, lesbofobia e transfobia entre adolescentes.