Estéticas midiáticas e narrativas do consumo (original) (raw)
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Ethé publicitários e consumo: confluências discursivas na circulação midiática
Ao buscarmos entender o consumo pela mediação publicitária, situamos o conceito de ethos publicitário, como lugar de confluências discursivas entre lógicas da emissão e da recepção, no contexto da mediatização e das suas manifestações a partir da circulação midiática e de seus vestígios. Entendemos que tais elementos são constituintes da zona de negociação para formação das práticas sociais de consumo, tanto pelas representações de tais práticas nas mensagens ou expressões da marca, quanto pelas apropriações de sentidos sobre as mesmas , manifestadas no ethos do consumidor em circulação.
Estéticas Do Consumo a Partir Do Ecossistema Publicitário
Revista Observatório, 2018
A pesquisa “estéticas do consumo” integra os estudos do GESC3 pautados no BIP – Banco de Imagens Publicitárias da USP e tem como objetivo entender as recorrências estéticas das manifestações de produtos/marcas, como anúncios publicitários, vitrines, etc., pautados no entendimento dos meeting points (DI NALLO, 1999) e na evidência de que estamos vivendo a “spreadable media” (Jenkins, Ford & Green, 2013). Para entender quais são as tendências estéticas e porque se corporificam de determinadas maneiras, buscamos referências sobre os rituais de consumo (MCCRACKEN, 2003), e as relações entre estética e sociedade (LIPOVETSKY & SERROY, 2013). A metodologia foi composta por chamada criativa online, análise semiótica de peças publicitárias e estudo etnográfico. A conciliação da reflexão teórica e pesquisa empírica, nos permitiu desvendar seis eixos conceituais que expressam esteticamente o consumo.
Narrativa publicitária, consumo e entretenimento
2008
A partir da globalizacao da comunicacao da moda de luxo, o trabalho analisa a interpretacao realizada por um grupo de informantes sobre anuncios das grifes Dior, Ralph Lauren e Marc Jacobs. A interpretacao dos informantes - um grupo de mulheres de classe alta do Rio de Janeiro - permite identificar, nas representacoes veiculadas nos anuncios e nas praticas de consumo ali inscritas, uma experiencia que, alem de outras dimensoes, pode ser percebida como de entretenimento, lazer ou ocupacao prazeirosa do tempo.
O discurso jornalístico e os sentidos (re)velados na articulação entre consumo e simplicidade
O artigo integra o livro "Práticas e consumos midiáticos: representação, sociedade e tecnologia" e está entre as páginas 41 e 63. O trabalho pretende problematizar a relação entre consumo e simplicidade no discurso da revista Vida Simples, publicada mensalmente pela Abril. A partir da identificação dos sentidos da revista, buscamos compreender o modo pelo qual o discurso jornalístico se apropria dessas temáticas e a articulação entre consumo e simplicidade existente na sociedade hoje. Para tanto, utilizamos debates sobre o indivíduo na sociedade contemporânea, bem como reflexões acerca da crise ambiental, da relação entre ação individual e ação coletiva, da articulação (não dicotomia) entre público e privado. Assim é possível entender as relações pré-construídas e os discursos “outros” embutidos na busca pelo estilo de vida simples.
Consumo, publicidade e trocas simbólicas
INTERIN, 2018
Everardo Rocha é autor de importantes obras sobre o consumo, a publicidade e a comunicação de massa. Suas reflexões oferecem subsídios para o entendimento das principais transformações culturais da sociedade moderno-contemporânea. Magia e Capitalismo: um estudo antropológico da publicidade, publicado em 1985, é reconhecido como um estudo pioneiro nas ciências sociais brasileiras por abordar o consumo e a publicidade como sistemas simbólicos. Nesta entrevista, Rocha discute os desafios da reflexão acadêmica em torno das narrativas publicitárias e aborda o papel de Magia e Capitalismo para a consolidação do campo da antropologia do consumo no Brasil.
A reconfiguração das práticas de consumo midiático na era da cultura da convergência
Estudos das mídias: tecnologias, reconfigurações e convergências, 2011
A cultura da convergência abarca a questão tecnológica do fluxo de conteúdos ocorrendo através de múltiplos suportes midiáticos e as questões de mudança de comportamento do público, que se apropria das redes digitais em busca de diferentes experiências consumo dos produtos midiáticos. Os sujeitos buscam um produto que não se finde na sua própria existência, mas sim proponha conteúdos que vão além de um único dispositivo de distribuição e necessitem do engajamento do público para que aconteçam efetivamente. Este artigo busca apresentar um breve olhar sobre a reconfiguração das práticas de consumo midiático na era da cultura da convergência. Palavras-chave: cultura da convergência; consumo, mídia
Cultura do consumo: A vendagem de biografias jornalísticas no ano de 2017
Anais do XXI Seminário de Inverno de Estudos em Comunicação, 2018
As biografias se tornaram uma categoria literária vendável e, ano passado, apresentou um crescimento no número de produção. Essa enxurrada de obras nas prateleiras refletiu sua presença na lista dos livros mais vendidos em 2017. Por essa razão, o presente artigo busca responder o porquê de algumas biografias terem tido um alto número de vendas, além de refletir se a aquisição dos consumidores é baseada no conteúdo que elas possuem. Para isso, partimos da vertente teórica de Adorno e Horkheimer (1995), Thompson (1999), Kelnner (2001) e Canclini (1999), com o intuito de analisar os elementos paratextuais das três biografias jornalísticas mais vendidas em 2017: Leonardo da Vinci; Hebe e Humano demais: A biografia do Padre Fábio de Melo.
A Publicidade e a Crítica a Sua Produção De Sentido No Consumo
Revista Brasileira de Marketing, 2010
Este texto integra parte da nossa reflexo terica acerca da pesquisa A produo de sentido na recepo da publicidade e nas prticas de consumo de alimentos na cidade de So Paulo, sediada na ECA/USP, que busca definir o papel comunicacional da publicidade, discutindo tambm suas implicaes na construo de sentidos das prticas de consumo, por meio do que aqui iremos considerar como vida material e sua dinmica no cotidiano. Por fim, colocamos algumas consideraes sobre como estudar os sentidos da publicidade nos seus contextos de recepo e sobre a sua presena para a construo dos vnculos que determinam os consumos a partir do olhar da sustentabilidade. DOI: 10.5585/remark.v8i2.2137
Sobre a midiatização do consumo ficcional transmidiático e seus efeitos
Partindo-se de uma abordagem conceitual, utilizaremos a midiatização como conceito-chave para o entendimento das estruturas que constroem o sentido social e cultural a partir do consumo ficcional das narrativas transmidiáticas em nossa atualidade, que se dá por meio de novos dispositivos interacionais sócio-técnicos-discursivos. Analisaremos também os efeitos decorrentes desse processo no que diz respeito à fruição dessas manifestações, caracterizadas tanto pela criação de universos narrativos expandidos como também pelo alto grau de complexidade narrativa, o que altera, por sua vez, a lógica pela qual a indústria da mídia opera e pela qual os consumidores processam os conteúdos recebidos.