O 25 de Abril, alguns e muitos anos depois (original) (raw)

A revolução portuguesa, o 25 de abril de 1974

Já se disse que as revoluções tardias são as mais radicais. No 25 de Abril de 1974 ruiu a ditadura mais antiga do continente europeu. A rebelião militar organizada pelo MFA, uma conspiração dirigida pela oficialidade média das Forças Armadas que evoluiu, em poucos meses, de uma articulação corporativa para a insurreição, foi fulminante. A insurreição militar agigantou-se como uma revolução democrática, quando as massas populares saíram às ruas, que enterrou o salazarismo e foi vitoriosa. Mas a revolução social que nasceu do ventre da revolução política foi derrotada. Talvez surpreenda a caracterização de revolução social, mas toda revolução é uma luta em processo, uma disputa, uma aposta em que reina a incerteza. Na história não se pode explicar o que aconteceu considerando somente o desfecho. Isso é anacrônico. É uma ilusão de ótica do relógio da história. O fim de um processo não o explica. Na verdade, o contrário é mais verdadeiro. O futuro não decifra o passado. Revoluções não podem ser analisadas somente pelo desenlace final. Ou pelos seus resultados. Estes explicam, facilmente, mais sobre a contra-revolução, do que sobre a revolução.

O 25 de abril na Galiza dos anos setenta: impactos e consequências

Diacrítica. Revista do CEHUM (UMinho), 2014

A partir dos resultados de um projeto de investigação desenvolvido pelo Grupo Galabra (com sede na Universidade de Santiago de Compostela [USC]) focando analisar os processos de elaboração e socialização de ideias na Galiza dos anos setenta do século XX, complementados para este trabalho com uma sondagem na imprensa galega da altura, serão apresentados os impactos causados pelo 25 de abril nos campos cultural e político da Galiza a partir da análise das ações, os discursos e as relações dos grupos que ocupam uma posição de maior centralidade no Sistema Cultural Galego (SCG) imediatamente antes de abril de 1974. Do percurso realizado destaca que é nesta altura quando são construídas as lógicas de relacionamento e as alianças galego-portuguesas ainda hoje vigorantes, nomeadamente no campo da esquerda política.

POR PORTAS E TRAVESSAS: 25 de Abril

POR PORTAS E TRAVESSAS, caderno 2, 2021

Segundo caderno para aprender a interpretar a toponímia da cidade de Sines. Neste número passeia-se pelos locais de manifestação e pela Avenida 25 de Abril.