Aspectos clínicos e epidemiológicos do câncer de pênis (original) (raw)

Aspectos clínico-epidemiológicos associados ao câncer de pênis

Ciência & Saúde Coletiva, 2010

O objetivo desta revisão bibliográfica foi descrever a epidemiologia, o comportamento biológico dos tumores e os fatores de risco para o câncer de pênis, como a infecção pelo HPV. A fimose e os processos de irritação crônica relacionados à má higiene estão comumente associados com esse tumor, enquanto a circuncisão neonatal protege contra a aparição da doença. Existe forte evidência da associação dos HPV 16 e 18 com o carcinoma peniano em mais de 50% dos casos. Pacientes com lesões penianas suspeitas devem se submeter ao exame físico, geralmente sendo este suficiente para determinar o diagnóstico e o estadiamento, assim como auxiliar na escolha terapêutica.

Incidência do câncer de pênis no Brasil

Brazilian Journal of Science

O Câncer de Pênis (CP) é um tumor genital, tem alta incidência em países subdesenvolvidos, cerca de 26.000 casos novos a cada ano. No Brasil, o CP representa 2% dos tipos de canceres que afeta o sexo masculino, com maior incidência na região norte e nordeste, que pode chegar até 10%. O surgimento do CP é multifatorial e pode estar relacionado à higiene inadequada, fimose em adultos, tabagismo, muitos parceiros sexuais e HPV. Em geral o CP é indolor, mas pode apresentar dor, sangramento e mal cheiro. Os sintomas característicos são lesões vegetantes e úlceras ou lesões intrauretrais e muitas vezes os pacientes desconhecem sua presença. O presente artigo traz uma revisão integrativa de literatura baseada em informações relevantes para demonstrar a incidência do CP no Brasil e suas principais características, como: fatores de risco, sintomas, prevenção e tratamento. Diante dos dados apresentados pelos artigos é observado que as regiões norte e nordeste realmente são os locais do país ...

Avaliação epidemiológica do câncer de pênis no Brasil: mortalidade e fatores de risco regionais

Conjecturas

O câncer de pênis é uma neoplasia não muito comum, na qual está presente numa abrangência de 1/100.000 em homens. No Brasil, ela está distribuída em todas as regiões do país, porém com maior incidência nas regiões Norte e Nordeste, apresentando uma maior incidência em pacientes de idades entre 60 a 70 anos. Os principais fatores etiológicos que contribuem para o surgimento da neoplasia é a fimose, infecção por HPV devido a prática sexual sem preservação e má higiene. Os dados utilizados em relação a mortalidade do câncer peniano, foram coletados através do Atlas de Mortalidade por Câncer – Instituto Nacional de Câncer (INCA), entre os períodos de 2015 a 2020. Os resultados mostram que não existe diferença significativa entre os fatores etiológicos, porém as regiões norte e nordeste tem maior taxa de mortalidade, sendo o Maranhão o estado com maiores números de óbitos. Com esse estudo foi possível concluir que há um aumento moderado do número de casos e da taxa de mortalidade, na qua...

Câncer de pênis: epidemiologia e estratégias de prevenção

2013

O câncer de penis (CP) e uma neoplasia rara, cujo tratamento, muitas vezes mutilante, causa efeitos devastadores nos pacientes. Esse estudo objetivou avaliar atraves da literatura o perfil epidemiologico do CP na populacao brasileira e as principais estrategias de prevencao. Para tanto, realizou-se levantamento de artigos disponibilizados em bancos de dados BIREME, LILACS e SCIELO publicados ate 2012. Foram utilizados os descritores: câncer de penis, epidemiologia e prevencao, sendo encontrados 32 artigos que atendiam aos criterios de inclusao. O CP, considerado raro em paises desenvolvidos, apresenta relevante incidencia no Brasil, especialmente no Norte-Nordeste, acometendo principalmente homens na terceira idade. Ocorre normalmente associado a fimose, tabagismo, DSTs, habitos inadequados de higiene e resistencia masculina em procurar assistencia medica. Sua sintomatologia mais frequente consiste em ulcera de dificil cicatrizacao ou tumor no penis associado a ocorrencia de esmegma...

Câncer do pênis: estudo da sua patologia geográfica no Estado da Bahia, Brasil

Revista de Saúde Pública, 1984

et al. Câncer do pênis: estudo da sua patologia geográfica no Estado da Bahia, Brasil. Rev. Saúde públ, S. Paulo, 18: 429 -35, 1984. RESUMO: Foram estudados 811 pacientes com o diagnóstico histológico de câncer do pênis, procedentes do Estado da Bahia, Brasil, entre 1952 e 1983. Cinqüenta por cento dos pacientes tinham entre 46 e 61 anos de idade. Cerca de 80% de todos os pacientes eram procedentes das regiões interioranas do Estado. A mesorregião do Leste Baiano foi a que apresentou freqüência mais elevada, principalmente as microrregiões do Recôncavo Baiano, Jequié, Feira de Santana e Serrinha. O lapso de tempo entre o aparecimentos da primeira lesão e o diagnóstico foi maior do que três meses em mais de 80% dos casos. Fimose foi a principal condição associada, estando presente em 63% dos casos. A prática sistemática da circuncisão na infância é meio eficaz de prevenção da doença, e deve ser estimulada. UNITERMOS: Câncer do pênis, ocorrência. INTRODUÇÃO * Do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz (FIOCRUZ/UFBa.) -R. Valdemar Falcão, 121 -Brotas -40000 -Salvador, BA-Brasil.

Carcinoma epidermoide do pênis: estudo clínico-patológico de 34 casos

Anais Brasileiros de Dermatologia, 2011

FUNDAMENTOS: No Brasil, a incidência do câncer do pênis é de 8,3 casos/100.000 habitantes, contrastando com 0,7 na Europa e nos Estados Unidos. Em 95% dos casos, trata-se do carcinoma epidermoide. Em geral, é diagnosticado tardiamente. OBJETIVOS: Descrever as características clínico-patológicas do carcinoma epidermoide do pênis, registradas no Hospital entre 1978 e 2004. MÉTODOS: Estudo observacional transversal. Incluíram-se os casos de carcinoma epidermoide do pênis, confirmados histologicamente. Avaliaram-se, pessoalmente, os pacientes que atenderam à convocação para o estudo, enquanto os demais tiveram seus dados pesquisados nos prontuários médicos. RESULTADOS: Registraram-se 34 pacientes com carcinoma epidermoide do pênis: 8 in situ e 26 invasivos, com idade média de 54,7 12,5 anos, respectivamente. A± 22,4 e 64,7 ±, a glande foi acometida em 91,1% dos casos e o prepúcio, em 41,1%. Os carcinomas epidermoides in situ exibiam pápulas ou eritema e erosão, geralmente menores do que...

Melanoma maligno do pênis: Relato de um caso e revisão da literatura

Revista Brasileira de Cancerologia

Os tumores de pênis são de ocorrência rara, sendo responsáveis por menos de 1% das neoplasias que acometem o homem. Ainda mais infreqüente é a presença de um melanoma maligno peniano primário. Trata-se de uma neoplasia de prognóstico ruim e que deve ser manejada de forma radical. Relatamos um caso de melanoma maligno primário da glande peniana e fazemos breve revisão da literatura.

Carcinoma epidermóide do pênis: considerações epidemiológicas, histopatológicas, influência viral e tratamento cirúrgico

O carcinoma epidermóide do pênis, embora raro em países desenvolvidos, está associado à alta morbidade decorrente da própria doença e/ou de seu tratamento. O perfil social, econômico e cultural dos pacientes com carcinoma peniano dificulta o diagnóstico precoce, o tratamento e o seguimento dos enfermos. Os diferentes sistemas de estadiamento e a falta de padronização de condutas clínicas contribuem para vieses na avaliação individual dos casos e resultam em dificuldades na abordagem terapêutica. Não existem estudos prospectivos, randomizados e com amostragem suficiente que permitam estabelecer a conduta mais adequada nos diversos estádios da enfermidade. Algumas dúvidas referentes ao manejo das regiões inguinais permanecem ainda sem resposta. Neste contexto, merecem maior atenção os pacientes com ausência de linfonodos inguinais suspeitos, porém com tumores profundos e de alto grau histológico, o que caracteriza risco intermediário de doença oculta. Vários pacientes são submetidos à linfadenectomia desnecessariamente, enquanto uma parcela dos casos com doença inguinal oculta é colocada em vigilância, retardando-se o tratamento. Avanços nas técnicas de imunohistoquímica e biologia molecular têm permitido identificar o papel de vírus epiteliotrópicos, como o papilomavírus humano (HPV), na etiologia e prognóstico do carcinoma peniano. Estudos multicêntricos deveriam ser realizados na tentativa de identificar as principais variáveis de prognóstico do carcinoma epidermóide peniano, possibilitando assim uma melhor abordagem clínica destes tumores. Palavras-chave: Neoplasias penianas; Carcinoma de células escamosas; Etiologia; Linfadenectomia; Epidemiologia; Morbidade; Condutas terapêuticas.