Frequência de sintomas de ansiedade e depressão, qualidade de vida e percepção da doença em portadores de alopecia areata (original) (raw)
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Experiências afetivo-familiares de mulheres com alopecia areata
Estudos de Psicologia (Campinas), 2008
Este estudo consistiu na análise da dinâmica emocional das experiências afetivas de mulheres com alopecia areata, tendo como eixo as relações de afeto mantidas com os pais e em suas relações conjugais. Foram entrevistadas cinco pacientes, atendidas no Instituto Lauro de Souza Lima, com idade entre 22 e 53 anos. O estudo baseou-se no método clínico de investigação e os dados foram obtidos mediante entrevistas semi-estruturadas. Nos depoimentos foram apontadas experiências dolorosas da relação conjugal e do adoecimento, que foram associadas a vivências traumáticas na infância. As associações realizadas pelas mulheres entre suas experiências passadas, relações conjugais, adoecimento e o impacto da doença na vida atual confirmaram os achados da literatura, e os dados encontrados puderam ser interpretados à luz das contribuições psicanalíticas. Os resultados obtidos podem contribuir para o esclarecimento de aspectos dinâmicos relacionados à alopecia areata e a outras psicodermatoses, bem...
Psychologia, 2022
O presente trabalho pretendeu examinar a existência de associações entre variáveis sociodemográficas e clínicas, vergonha relacionada com a doença crónica, processos de regulação emocional (fusão cognitiva, evitamento experiencial, autocompaixão e autojulgamento) e sintomas de depressão, ansiedade e stresse em pessoas com psoríase. Participaram 148 indivíduos (112 mulheres e 36 homens) recrutados através da Associação Portuguesa da Psoríase. Os participantes completaram online medidas de sintomas emocionais negativos (depressão, ansiedade e stresse), vergonha relacionada com a doença crónica, fusão cognitiva relacionada com a doença crónica, evitamento experiencial, autocompaixão e autojulgamento. Realizaram-se análises de regressão hierárquica em três passos com os sintomas de depressão, ansiedade e stresse como variáveis dependentes. O evitamento experiencial, o autojulgamento e os anos de escolaridade mostraram-se associados com os sintomas de depressão, ansiedade e stresse. A vergonha relacionada com a doença crónica revelou-se associada com os sintomas depressivos. Os processos de regulação emocional e a vergonha devem ser considerados no trabalho clínico com pessoas com psoríase. Os programas baseados no Mindfulness, a Terapia da Aceitação e Compromisso e a Terapia
Resumo Introdução: o diagnóstico de câncer pode ser acompanhado de transtornos psiquiátricos como a ansiedade e a depressão. Objetivo: avaliar a ocorrência de depressão e ansiedade em paciente oncológicos, além de analisar as associações entre as variáveis clínicas e sociodemográficas e as comorbidades psiquiátricas. Método: trata-se de um estudo transversal, analítico-descritivo, no qual foram selecionados de maneira aleatória prontuários de pacientes oncológicos em tratamento no hospital referência da região centro-oeste de Minas Gerais. os dados sociodemográficos e clínicos (gênero, idade, tipo de câncer, tipo de tratamento e tempo de tratamento) foram coletados, e a amostra foi triada para depressão e ansiedade, por meio do Hospital anxiety and depression scale (Hads), já validada para o Brasil. os dados obtidos foram interpretados por frequência absoluta e relativa. Posteriormente, foram analisadas as associações por meio do teste Qui-Quadrado. Resultados: a amostra é formada por 233 pacientes, sendo 65% mulheres; 55% dos entrevistados no setor de quimioterapia; e 37% com até três anos de tratamento. entre os entrevistados, foram encontrados 31,33% (ic 95%: 25,37-37,28) dos pacientes com ansiedade provável ou possível, e 26,18% (ic 95% 20,53-31,82) com depressão provável ou possível. após correlação dos dados encontrados por meio do Qui-Quadrado, não se identificou diferença nos subgrupos, porém houve uma tendência maior a mulheres apresentarem depressão. Conclusão: a ansiedade e depressão são distúrbios prevalentes em pacientes oncológicos. neste estudo, mais de um quarto dos pacientes demonstram componentes de transtorno psicológico (26,18% ansiedade e 31,33% depressão), tendo um predomínio de depressão em mulheres. Palavras-chave: neoplasias/complicações; neoplasias/psicologia; depressão; ansiedade. 1 estudante de Medicina da universidade Federal de são João del-rei (uFsJ). campus cco. divinópolis (MG), Brasil. 2 doutor em Psiquiatria e Professor-adjunto da uFsJ. divinópolis (MG), Brasil. Financiamento: a pesquisa foi financiada pelo centro nacional de desenvolvimento científico e tecnológico (cnPq) por meio do Programa institucional de Bolsa de iniciação científica (PiBic).
Estudos de Psicologia (Campinas), 2002
Este estudo visou levantar fatores comportamentais, mais especificamente ansiedade e depressão, em uma amostra de pacientes classificados como apresentando Fatores Psicológicos que Afetam as Condições Médicas. Foram sujeitos do presente estudo: 30 pacientes que procuraram um Hospital Geral localizado na periferia da Zona Sul da cidade de São Paulo, de ambos os sexos e que se enquadravam na classificação acima. O instrumento utilizado foi a Escala Fatorial de Ajustamento Emocional/Neuroticismo (EFN), desenvolvida por Hutz e Nunes (2001). Como principais resultados encontraram-se: 36,67% dos sujeitos acima da média e 16,67% muito acima da média, na sub-escala de ansiedade, e 43,33% acima da média e 36,67% muito acima da média, na sub-escala de depressão.
Brazilian Journal of Development, 2022
A revisão bibliográfica do presente estudo demonstrou que a dermatite atópica é doença inflamatória cutânea associada à atopia, predisposição a produzir resposta IgE a alérgenos ambientais, compondo uma das manifestações das doenças atópicas, junto com a asma e a rinite alérgica. A dermatite atópica é caracterizada por episódios recorrentes de eczema associado a prurido, acometendo superfície cutânea geneticamente alterada, induzindo, por fenômenos imunológicos, a presença de inflamação. Trata-se de doença multifatorial, com enfoque nas alterações sistêmicas e alérgicas ou nas manifestações cutâneas, de acordo com diferentes visões da doença. A conceituação da dermatite atópica é importante, pois a conduta terapêutica pode variar segundo essas duas formas diferentes de analisá-la.
Objetivo: Avaliar se o género do paciente condiciona o diagnóstico de depressão e ansiedade e a escolha da terapêutica antidepressiva no contexto dos cuidados de saúde primários (CSP) em Portugal. Tipo de estudo: Observacional, analítico e transversal. Local: Escolas de Outono da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) 2014. População: Definiu-se uma amostra de conveniência constituída por médicos de família e internos de medicina geral e familiar (MGF) que participaram no evento, sem restrição de anos de prática clínica. Métodos: Aplicou-se um questionário anónimo de autopreenchimento com base na leitura de uma história clínica com duas versões que diferiam apenas no género do paciente. Cada participante teve acesso a apenas uma versão. Resultados: Obtiveram-se 79 respostas para cada versão (158 inquiridos). Nesta amostra, 82,3% dos inquiridos são mulheres e 90,5% são internos.A média total de idades é 29,7 anos.A probabilidade de atribuir o diagnóstico de depressão foi ligeiramente superior na versão referente ao paciente do género feminino (p=0,046). Relativamente ao diagnóstico de ansiedade encontrou-se uma diferença estatisticamente significativa (p<0,001), sendo mais provável este diagnóstico quan- do o paciente é do sexo masculino. Não houve diferenças quanto à probabilidade de recuperar sem terapêutica, beneficiar de terapêutica antidepressiva ou psicoterapia e na gravidade atribuída ao quadro depressivo. Conclusões: Perante um quadro clínico de depressão, o género do paciente não parece influenciar o diagnóstico de depressão. Face aos mesmos sintomas, o género masculino correlaciona-se com uma maior probabilidade de diagnóstico de ansiedade. Contudo, a abordagem com recurso a histórias clínicas padronizadas pode não representar as escolhas dos participantes na prática clínica.A amostra selecionada tem maioritariamente internos, inviabilizando a extrapolação para a população de especialistas. Este trabalho serve como ponto de partida para uma reflexão crítica relativamente à possibilidade da perceção clínica ser afetada por estereótipos associados ao género.
Ansiedade e Depressão em Vítimas de LCA: Fatores Associados
Revista Neurociências
Introdução. A ansiedade e a depressão constituem os estados emocionais mais frequentemente alterados após Lesão Cerebral Adquirida (LCA). Estas alterações emocionais podem influenciar o progresso de reabilitação e a qualidade de vida destes indivíduos. Objetivo. Identificar fatores sociodemográficos, clínicos e de qualidade de vida associados à sintomatologia ansiosa e depressiva numa população vítima de LCA em contexto de reabilitação neuropsicológica. Método. Trata-se de um estudo correlacional numa amostra de 34 participantes. Foram utilizados um questionário sociodemográfico, o Montreal Cognitive Assessment, o The World Health Organization Quality of Life – Bref, a The Work and Social Adjustment Scale, o Clinical Outcome in Routine Evaluation, e a Hospital Anxiety and Depression Scale. Procedeu-se à análise descritiva dos dados e da relação entre variáveis. Resultados. 55.9% da amostra apresentou sintomatologia ansiosa, 52.9% sintomatologia depressiva e 41.2% comorbilidade de si...