HIV/AIDS: evolução e depressão em pessoas soropositivas: uma revisão narrativa (original) (raw)
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Aspectos psicossociais da vivência da soropositividade ao HIV nos dias atuais
Psico, 2006
Esta pesquisa objetivou compreender os aspectos psicossociais da vivência da soropositividade e suas conseqüências na vida diária. Participaram da amostra 13 sujeitos soropositivos para o HIV de ambos os sexos, com média de idade de 37 anos. Foi utilizada a técnica de entrevista em profundidade. O material foi categorizado pela análise de conteúdo temática de Bardin (1977). Os dados possibilitaram representações que ultrapassaram o aspecto biológico e atingiram o aspecto psicossocial (o preconceito, a segregação e o estigma). Essas representações influenciam e orientam as condutas destes atores sociais seja em relação à adesão, ao isolamento, a manutenção das relações interpessoais e ao funcionamento sexual. A Aids foi representada enquanto uma doença que pode trazer inúmeras conseqüências psicossociais, profissionais, familiares e orgânicas. Conclui-se na necessidade de formulação de estratégias na implementação de políticas públicas de educação e promoção em saúde com o intuito de minimizar o impacto psicossocial da Aids.
Os reflexos do HIV na vida do jovem soropositivo
Research, Society and Development
Objetivo: Compreender os reflexos do HIV/aids na vida de jovens soropositivos. Metodologia: Pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória realizada com 11 jovens atendidos em um ambulatório especializado em saúde do adolescente. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados a entrevista semiestruturada a partir de perguntas com finalidade de traçar o perfil dos jovens, bem como abordar experiências vividas após o diagnóstico da doença. Os dados foram analisados e agrupados em três categorias temáticas, sendo discutidos à luz de estudiosos ligados à temática. Resultados: Compreendeu-se sobre os sentimentos que o diagnóstico de HIV/aids traz a vida de jovens, especialmente, pela associação da doença à morte e ao preconceito. Conclusão: Este estudo permitiu elucidar a questão de que, para trabalhar com jovens soropositivos na área da saúde, é necessário que o enfermeiro fortaleça o vínculo com os usuários, promovendo um acolhimento eficaz, se utilizando de sensibilidade e empatia ...
Vulnerabilidade a drogas e HIV: concepções de usuários soropositivos (Atena Editora)
Vulnerabilidade a drogas e HIV: concepções de usuários soropositivos (Atena Editora), 2024
Trata-se de uma pesquisa que aborda a relação entre o uso de drogas e a contaminação pelo HIV. Objetiva conhecer as concepções de usuários de drogas soropositivos de um serviço de saúde sobre os fatores que lhes vulnerabilizaram a utilização de drogas e a contaminação por HIV. A pesquisa foi realizada na Unidade de Infectologia do Hospital Nossa Senhora da Conceição, pertencente ao Grupo Hospitalar Conceição em Porto Alegre - RS. Possui caráter exploratório-descritivo de abordagem qualitativa. Os sujeitos deste estudo foram dezenove pacientes que possuíam histórico de uso de drogas e diagnóstico de HIV, ambos os sexos. A coleta de dados foi realizada por meio de uma entrevista semi-estruturada. Utilizando-se para a análise de dados, análise de conteúdo por categorização temática. De todos os indivíduos entrevistados a maioria era do sexo masculino, de cor auto-declarada branca e atualmente solteiros com a faixa etária predominantemente entre os 21 e 40 anos. A análise permitiu a identificação de três categorias: O uso de drogas: a família é a responsável?; (Des)conhecimento do HIV e a trajetória da contaminação e; Drogas e HIV na óptica dos sujeitos: relações facilitadoras?. A partir deste estudo foi possível identificar que os fatores que mais vulnerabilizaram os sujeitos da pesquisa a iniciar o uso de drogas e contaminarem-se por HIV foram: a falta de base familiar, as situações do contexto social de vida e que a apreensão de informações e conhecimento de causa existem, mas os efeitos da droga interferem modulando as formas de agir dos sujeitos.
Histórias de vida: mãe e filho soropositivo para o HIV
Texto & Contexto - Enfermagem, 2009
RESUMO: O objetivo foi identificar nas histórias de vida das mães, as estratégias desenvolvidas para conviver com o HIV e com a criança soropositivo para o HIV. Utilizou abordagem qualitativa e teve como método de coleta a História de Vida. Os sujeitos foram três mães HIV positivo no contexto de um Hospital-dia em Florianópolis-SC. A partir da análise temática de Bardin emergiram três categorias: memórias da infância; adolescência e maturidade. Os resultados enfocam estratégias desenvolvidas pelas mães para conviver com HIV, dentre estas, apoio familiar, religioso, prevenção, assim como, as estratégias das mesmas no convívio com a criança também com HIV, das quais temos, tratamento medicamentoso; revelação do diagnóstico à criança; cuidados diários, entre outros. Concluímos que tais estratégias desenvolvidas/adaptadas pelas mães no convívio com o HIV em si e na criança foram influenciadas pela sua cultura e experiências ao longo da sua história de vida.
Pensamentos automáticos e crenças centrais associados ao HIV/AIDS em indivíduos soropositivos
Temas em Psicologia, 2015
A AIDS é considerada um grave problema de saúde pública e se caracteriza por ser uma epidemia global com rápida evolução da sua sintomatologia. Os aconselhamentos realizados nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) visam à refl exão sobre o HIV e a AIDS e do estigma de se viver com o vírus, bem como, verifi car a funcionalidade dos pensamentos e crenças sobre o HIV/AIDS. A teoria cognitiva afi rma que não são os fatos em si que causam sofrimento nas pessoas, mas sim a forma como estes são interpretados, que geram cognições distorcidas sobre os mesmos. Assim, os comportamentos dos indivíduos tendem a confi rmar pensamentos e sentimentos associados a esta forma de interpretar as situações, as crenças. Este estudo tem por fi m analisar os pensamentos automáticos e crenças centrais mais frequentemente relacionados ao HIV/AIDS em indivíduos soropositivos a partir de uma revisão crítica da literatura de caráter opinativo.
Repercussões psicossociais da depressão no contexto da Aids
Psicologia: Ciência e Profissão, 2006
A Aids é, freqüentemente, associada a transtornos psiquiátricos, sendo a depressão o mais comum deles. Esta pesquisa teve como objetivos: 1) apreender as representações sociais da Aids e da depressão por soropositivos para o HIV; 2) avaliar a prevalência da sintomatologia da depressão. Participaram deste estudo 91 sujeitos soropositivos, de ambos os sexos, com média de idade de 38 anos. Foram utilizados, como instrumentos, o Teste de Associação Livre de Palavras e o inventário de Beck para medir depressão. Os dados obtidos possibilitaram representações da depressão e da Aids como uma doença que atinge o ser humano em sua globalidade, repercutindo em vários aspectos de sua vida, tais como na qualidade de vida, na produtividade e na capacitação social. A prevalência da sintomatologia depressiva encontrada neste estudo (64%) remete à necessidade do preparo dos profissionais para diagnosticarem e tratarem esse fenômeno dentro do contexto da Aids.
Idosos Soropositivos: A Construção de Significados para o Envelhecimento com HIV/Aids
Psicologia: Ciência e Profissão, 2021
Resumo O processo de envelhecimento traz o enlace da representação simbólica da velhice e suas implicações inconscientes. Os idosos soropositivos lidam com a Aids, doença cujas representações ressoam no narcisismo do sujeito. Frente a isso, este estudo objetivou compreender como se constrói a experiência de envelhecer com o diagnóstico de HIV/Aids. O estudo é qualitativo e descritivo, com referencial teórico psicanalítico. Participaram sete idosos, três mulheres e quatro homens, diagnosticados com HIV/Aids no período de 2016 e 2017 e que realizavam acompanhamento da doença em um hospital público no interior do Rio Grande do Sul. Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram questionário sociodemográfico e entrevista semiestruturada. A partir da análise de conteúdo de Bardin (2010) foram construídas três categorias: a) “Eu tenho cara de velho? Eu ajo como velho?!”; b) “- Tu tá com Aids! . . . - Eu perdi o chão”; e c) “Isso aqui não vai sair das quatros paredes, eu não vou abrir...
Estudo socioantropológico de abordagem qualitativa que aborda os relacionamentos amorosos de pessoas que vivem com HIV/aids (PVHA) no atual contexto de cronicidade da infecção e de restrição discursiva sobre a epidemia. A partir de narrativas breves em forma de comentários às postagens sobre experiências amorosas de PVHA publicadas em um blog pessoal, este artigo objetiva compreender os significados atribuídos às estratégias para revelação da condição sorológica e as formas de enfrentamento das reações dos parceiros amorosos diante dessa atitude. Da análise temática do material empírico emergiram duas categorias: “mas não tive coragem de contar” - o desvelar da condição sorológica; e “e do nada sumiu” - as (re)ações do outro da relação. As narrativas evidenciaram as experiências na convivência com o segredo em torno de suas condições sorológicas e os sentimentos envolvidos em sua revelação, diante da possibilidade de um relacionamento amoroso. Nesse sentido, o segredo se expressou pela inexistência da “coragem de contar” ao(à) parceiro(a). Além disso, destaca-se o significado atribuído às reações do outro perante o conhecimento da condição sorológica, apontado, principalmente, como uma “porta” que se abre e permite (ou não) a experiência amorosa.
CAPÍTULO - Memória, enquadramento e resistência: a vida soropositiva no The Aids Memorial
emória, enquadramento e resistência: a vida soropositiva no The Aids Memorial, 2022
BUTTURI JUNIOR, A. Memória, enquadramento e resistência: a vida soropositiva no The Aids Memorial. In: Vanessa Regina Duarte Xavier e Bruno Fransceschin. (Org.). Matizes multiculturais em estudos da linguagem: Identidade, memória e sociedade. Campinas: Pontes, 2022, v. 1, p. 13-32.
Vivências dos adolescentes soropositivos para HIV/Aids: estudo qualitativo
Revista Paulista de Pediatria, 2016
Infecção pelo HIV/psicologia; Acontecimentos que mudam a vida; Pesquisa qualitativa; Adolescente Resumo Objetivo: Explorar os significados atribuídos pelos jovens a ''viver a adolescência com o HIV'' em um grupo de pacientes que adquiriu a infecção ao nascimento e os elementos implicados na adesão ao tratamento antirretroviral. Métodos: Pesquisa de natureza qualitativa, com 20 sujeitos (13 a 20 anos), acompanhados em serviços especializados no tratamento da Aids pediátrica em São Paulo, Brasil. Foram feitas entrevistas semidirigidas cujo roteiro foi composto por questões sobre suas histórias pessoais, dificuldades e experiências que enfrentam diante da infecção pelo HIV/Aids. Resultados: Ser ''normal'' e ''diferente'' foram questões centrais no discurso dos participantes. Entretanto, a condição de uma vida normal é garantida mediante a responsabilidade com a saúde, a ressalva de que seja mantido o segredo do diagnóstico e as preocupações com a transmissão do vírus e divulgação do HIV ao parceiro sexual. As respostas sobre o tratamento apontam que a adesão é um processo dinâmico e envolve momentos de maior ou menor interesse em relação aos cuidados com a saúde. Os adolescentes têm planos e projetos e, apesar de o HIV ser considerado um agente estressor, prevaleceram perspectivas positivas diante do futuro. Conclusões: Viver a adolescência com o HIV envolve dimensões delicadas, que necessitam ser reconhecidas e legitimadas pelos profissionais que acompanham a trajetória desses jovens. Trata-se de possibilitar um espaço no qual o adolescente possa refletir e encontrar apoio para as questões relacionadas à construção de sua sexualidade e cuidados com seu próprio corpo.