Epistemologia e teorias da educação (original) (raw)
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Filosofia e Educação
O texto tem como objetivo desenvolver reflexão atualizada em relação à pedagogia das competências como tendência pós-moderna à luz da pedagogia histórico-crítica. É apresentado em três partes além da introdução e conclusão. Na primeira, pretende-se caracterizar a pedagogia histórico-crítica; segunda, algumas críticas à pedagogia das competências; terceira, revelar a relação entre a pedagogia das competências e a educação do estado de São Paulo; na conclusão, a necessidade urgente de resgatar a concepção de educação pautada na totalidade, superação da visão individualista, defesa dos interesses planetários e universais, as questões éticas, ambientais, justiça social e valorização da vida.
Epistemologia Analítica e Educação
Filosofia E Educacao, 2012
A filosofia da educação americana, de caráter pragmatista, sob a tutela de John Dewey, exerceu uma influência tal na educação que ofuscou a contribuição analítica que, por isto, situou-se na periferia da filosofia da educação. Devido à tradição inglesa, forte desde os anos 1960, esta tradição analítica veio ganhando mais espaço dentro da discussão, mas, infelizmente, isto ainda passa quase despercebido no Brasil. Contudo, mesmo dentro desta tradição analítica da filosofia da educação inglesa, as discussões epistemológicas parecem desconhecer o desenvolvimento da segunda metade do século XX. Já está em tempo de recuperar o atraso e olharmos mais de perto que diretrizes a epistemologia analítica contemporânea pode fornecer para que melhor pensemos a educação e algumas de suas subáreas, como, por exemplo, o curriculum.
Epistemologia e Prática Pedagógica
Revista Brasileira De Ciencias Do Esporte, 2009
Tenho colocado para os alunos que diante da interrogação "Educação física é ciência?" cabe, antes de ensaiar qualquer resposta, questionar ao interlocutor o que ele entende por ciência.
Epistemologia na pesquisa em educação matemática
Educação Matemática Pesquisa : Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática
Este artigo tem por meta focar a “Epistemologia da Pesquisa em Educação Matemática: Metodologia e Tecnologias”, que foi o tema do XXIV EBRAPEM – Encontro Brasileiro de Estudantes de Pós-Graduação em Educação Matemática, tomando-o em sua afirmação principal e realizando um exercício filosófico dos significados que venham a se evidenciar. Colocar o termo epistemologia sob foco de investigação é importante, uma vez que ele é tomado como dado, no cotidiano do trabalho de realizar pesquisa, sem uma reflexão a respeito do que diz. A pergunta subjacente ao tratado no texto é se faz sentido afirmar que há uma epistemologia de pesquisa. No artigo, destacam-se os significados de epistemologia e se expõe o trazido por esses significados em sintonia com o seu complemento da pesquisa; enfatizam-se as compreensões que advêm dessa análise; evidencia-se o que o esclarecimento realizado está a demandar que se indague; e se desenvolve um exercício de imaginação, tendo em vista visualizar o que a epi...
Resumo: O objetivo é oferecer uma breve introdução à abordagem fenomenológica da formação do ser humano como processo educativo com contribuições e perspectivas que não são as mesmas da investigação empírica. Como estas, as contribuições da fenomenologia da educação são também vitais para a visão compreensiva e a possibilidade de pensar mais radicalmente as atitudes essenciais da pedagogia. O exemplo dado das idades da vida é apenas ilustrativo dessa abordagem. Palavras Chave: fenomenologia, formação, idades da vida. Abstract: This essay provides a short introduction to the phenomenological approach to the emergence and development of human beings in dependence and correlation with educational processes in human formation (Bildung). The phenomenological and empirical methods are completely different from one another. Despite of the different nature of phenomenological contributions to educational processes, the method is productive and necessary. The phenomenological purpose is to o...
Breve nota Este texto é, assim como o foi minha apresentação no Ciclo Temático Representação do Conhecimento ou Conhecimento da Representação? uma tentativa de delinear horizontes e propor questões. Não se deve esperar que nele sejam fechados todos os caminhos abertos; se não incluo neste volume as próprias notas que fiz para aquela ocasião, é porque são concisas demais e lhes falta uma indicação precisa da bibliografia mencionada. Este texto ficará, naturalmente, pleno de vazios; é em sua leitura no conjunto de todos os textos deste ciclo que ele servirá a seu propósito. As palavras De todas as coisas que podem ser ditas características dos seres humanos, parece-me que as palavras se destacam. Tanto na comunicação interpessoal, quanto na comunicação intrapessoal, o papel dos signos, mas em particular das palavras, não é segundo para nenhuma outra invenção dos homens (Vygotsky, 1984). E de que forma palavras participam de nosso modo humano de ser? Não só em permitir a comunicação, o que é certo: é com palavras que se constrói o próprio recorte que identificamos como o mundo, o real. Eu digo que minha língua é minha pátria. É na língua que eu vivo, é dela que falo, é a ela que respondo. A cada momento a língua limita o que eu posso dizer, tanto quanto é o universo dentro do qual posso criar. (Carroll, 1987; Pinxten, não datado) A língua oferece categorias a cada instante inescapáveis. Mas nem tão inescapáveis, pois ela se transforma. Dizer que existe o que não pode ser dito leva a alguns problemas: basta tentar falar de algo para o que não se tem nome. Mas e preciso ir além dessa formulação 1 Digitalizado por
Ciências da Educação: que estatuto epistemológico?
2011
O objectivo deste texto e contribuir para um esclarecimento do conceito de Ciencias da Educacao, tomando como ponto de partida os proprios conceitos de Educacao e de Ciencia (Ciencias Humanas), e terminando com o acentuar de algumas exigencias a que elas tem de se submeter e dos obstaculos epistemologicos que elas devem superar, de modo a garantirem a sua identidade e a conseguirem afirmar-se na comunidade cientifica e na sociedade em geral, como ciencias rigorosas, necessarias, uteis e com futuro.
Curso De Pedagogia: Epistemologia e Currículo
Publicatio UEPG: Ciencias Humanas, Ciencias Sociais Aplicadas, Linguistica, Letras e Artes, 2011
O presente artigo apresenta uma reflexão acerca da necessidade de se avançar na definição do campo epistemológico da pedagogia. Esta análise de natureza bibliográfica e documental tem como objetivo demonstrar que a falta de clareza ainda presente ao diferenciar concepção de pedagogia e estrutura de curso tem se configurado como um grande obstáculo para o avanço dessas discussões. Destaca-se que ao se avançar na definição do campo epistemológico da pedagogia define-se com mais clareza sua estrutura curricular. Reafirma-se a hipótese de que a identidade do curso de pedagogia está estreitamente ligada à sua definição enquanto campo de conhecimento e de investigação. Palavras-chave. Pedagogia. Epistemologia. Currículo.
Debates em Educação
Há farta teorização em educação, também porque todos se metem. É compreensível, pois todos, de alguma forma, são educadores, positivos e negativos. No conceito de “comunidade de aprendizagem” consta que todos que estão na escola, também à sua volta, em especial os pais, são educadores (PACHECO, 2014; 2019). O filho mais velho “educa” o filho mais novo e vice-versa, também. Depende do que entendemos por educação, um fenômeno complexíssimo, que não pretendemos resolver aqui, apenas abordar seletivamente. Mantendo que é fenômeno ambíguo, por conta de sua politicidade, podemos ver educação em duas vertentes principais: como processo pelo qual cuidamos do desenvolvimento do outro, com compromisso com o outro, ou, na linguagem de Maturana, com o “outro autêntico” (DEMO, 2020); como processo pelo qual buscamos manipular o outro, impondo relações marcadas por clivagens sociais. É ingênuo ver educação apenas positivamente, como é achar que ensinar é signo da santidade do professor profeta; é...