Decolonialidade se faz em/com Quilombos (original) (raw)
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Decolonialidades e Cosmovisões
EBOOK IV CONGEAfro, 2018. Evento realizado: 7 a 10 de novembro de 2017
Este trabalho é fruto da pesquisa realizada no Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Cidadania da Universidade de Brasília que resultou na dissertação "CANDOMBLÉ E DIREITO: O encontro de duas cosmovisões na problematização da noção de sujeito de direito". Em sua construção foram conectados a formação, o desejo profissional e a espiritualidade da pesquisadora. Nesse artigo serão apresentados os estudos realizados sobre os candomblés baseados em Bâ
Constitucionalismo e Quilombos
Revista Culturas Jurídicas, 2021
Resumo: Os impactos político-culturais das agências negras para conformação dos Estados-Nacionais americanos ainda enfrentam resistência no campo constitucional, embora os estudos afro-latino-americanos já tematizem as relações entre direito e racismo. Assim, com o objetivo de contribuir teoricamente com o constitucionalismo brasileiro, com formulações aptas a enfrentar os silêncios e apagamentos do racismo, propomos acionar o quilombo como movimento constitucional a partir da sistematização de experiências que atravessam a história política-jurídica brasileira. Identificamos neste movimento uma matriz jurídica, que articulada aos eventos da diáspora africana, evidenciam esforços da população negra na disputa dos termos do pacto nacional. O desenvolvimento metodológico leva em consideração a revisão de literatura das experiências de comunidades amefricanas, especialmente dos quilombos no Brasil, no fim do século XIX. Concluímos que essas trajetórias que entrelaçaram liberdade e igualdade à experiência do acesso à terra revelam uma práxis constitucional abafada pelo cânone dos valores de autonomia e pertencimento territorial.
Quilombos: comunidade e patrimônio
Patrimônio: revista eletrônica do IPHAN, n. 1, 2005
Estudo da questão da proteção legal aos quilombos no ambito do IPHAN: alguns problemas da aplicação do artigo 216 da Constituição Federal
Este escrito busca compartilhar reflexões, tensionamentos e intenções que o contato com o pensamento decolonial pode provocar nos estudos sobre gênero e ciência, significando um possível movimento de insubmissão capaz de potencializar a crítica feminista à ciência. Os caminhos aqui percorridos pelas ideias são produzidos pela imersão no pensamento decolonial, por meio de pesquisa bibliográfica, em confronto com uma trajetória de pesquisas realizadas sobre as expressões da discriminação de gênero nas universidades e na Política de Ciência, Tecnologia & Inovação no contexto do Nordeste brasileiro. Como maior contribuição, traz para o centro do debate a desobediência epistêmica como necessária à crítica feminista -como contraposição não somente ao sexismo de modo abstrato, mas que o compreenda como parte indissociável das relações raciais, étnicas, econômicas e epistêmicas.
Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), sendo permitidas reprodução, adaptação e distribuição desde que o autor e a fonte originais sejam creditados. Resumo Os diferentes aspectos do processo de reconhecimento da identidade e dos direitos dos quilombolas são utilizados como elementos factuais de reflexão sobre as concepções clássicas dos Direitos Humanos. Eles servem também como elementos de verificação da hipótese segundo a qual os problemas teóricos e práticos referentes à identidade e ao direito dos quilombolas não são considerados pelas concepções universalistas que pro-curam explicar a efetivação dos Direitos Humanos. No Rio de Janeiro, a luta da Comuni-dade Quilombola Sacopã pelo reconhecimento do direito à terra opera como condição do questionamento da tradição universalista das concepções clássicas que definem os Direitos Humanos como direitos universais. A Sociologia e a Antropologia constituem o quadro teórico capaz de sustentar a crítica aos Direitos Humanos. Abstract The different aspects of the process of recognition of the identity and rights of the quilombolas are used as factual elements of reflection on the classic conceptions
Ubiratan D`Ambrosio e a Decolonialidade na Etnomatemática
Revista de Educação Matemática
Em tempos de crise político-econômica e de retrocesso democrático, agravados pela pandemia do Corona vírus, vivemos um ano de 2020 com continuidade em 2021, onde a face cruel e dramática da histórica exclusão social brasileira atingiu um patamar inimaginável em número de mortes, desempregados, subempregados e desvalidos, ou seja, de degradação do valor da vida, em especial da vida dos trabalhadores, dos mais pobres e dos idosos. É nesse contexto dramático que trazemos uma entrevista realizada com Ubiratan D`Ambrosio, o principal teórico da Etnomatemática, infelizmente falecido em 12 de maio de 2021, antes, portanto, de publicizarmos essa sua recentíssima contribuição. Nela poderemos constatar a potência e atualidade de sua formulação, já que se vincula à uma crítica contundente das formas dominantes e excludentes de conhecimento e de existência, defendendo em contrapartida uma concepção ontológica, histórica e dialética, onde a vida e as culturas, o ser humano e suas relações sociai...
Quilombos e Quilombolas Em Mato Grosso
2016
This article discuss the issue of maroons’ territories in Mato Grosso and the education in these communities. Are the same marked by a diversity of forms of territorial occupation, since, currently, many of these communities have their land shared with other social segments, such as squatters, land grabbers, settlers, among others, configuring, therefore, a conflicting picture in the search for guarantee the right to land. There are few historical studies on the Maroons in Mato Grosso, configuring a gap in Mato Grosso historiography on these traditional communities. Regarding education in the communities studied, we found that most do not have schools in their territories, being necessary to move to other places in search of schooling.