Pensando o século XX (review) (original) (raw)
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Trata-se de resenha sobre a obra Pensando o século XX, de Tony Judt e Timothy Snyder, dois renomados historiadores que neste livro tratam de uma vasta gama de questões que plasmaram o século passado.
Pensar a arte do século XX (2013)
Expresso, 2013
A tradição do novo contém em si mesma um paradoxo. Nos anos 1960 Harold Rosenberg escrevia que "uma apetência para um new look tornou-se uma necessidade profissional" e, mais adiante, que "o novo não pode tornar-se uma
Reseña de "O resto é ruído: escutando o século XX" de Ross, Alex
2010
Virgínia de Almeida Bessa Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em História Social-FFLCH/USP. Mais do que uma história da música, o livro de Alex Ross, O resto é ruído, propõe um panorama auditivo do século XX. Não trata apenas das sonoridades, novas e antigas, que povoaram esse conturbado período da história recente, mas também (e talvez, sobretudo) das escutas que se multiplicaram, e mesmo se rivalizaram, na miríade de culturas e subculturas em que então se desintegrava a música do Ocidente. Com efeito, a produção musical chamada de "clássica" pelo autor tornou-se palco por excelência dos conflitos que marcaram o século conhecido como a "era dos extremos": germanismo versus francofilia; dodecafonismo versus neoclacissismo; gênio versus celebridade; populismo versus vanguardismo; democracia versus totalitarismo. Não por acaso, Ross inicia sua narrativa com uma brilhante descrição da première austríaca da ópera Salomé, de Richard Strauss, em 1906. Proibida pelos censores de ser executada em Viena, em virtude da lascívia do libreto, a montagem, transferida para a cidade de Graz, prenunciou alguns aspectos que perpassariam toda a música do século XX. Logo na abertura, uma escala executada pelo clarinete "dá o tom" da ópera: as primeiras quatro notas pertencem à tonalidade de dó sustenido maior (sol#, lá#, si#, do#), e as quatro últimas, à de sol maior (ré, mi, fá#, sol), dois campos harmônicos absolutamente distantes separados por um trítono (o diabolus in musica). O glissando do instrumento, por sua vez, antecipa a expressão jazzística que dá início a Rhapsody in blue, de George Gershwin, pressagiando a influência recíproca que marcaria as relações entre música clássica e popular no século XX. O próprio enredo sugere um "encontro entre sistemas de crença irreconciliáveis: afinal, Salomé se passa na intersecção das sociedades romana, judaica e cristã" (p. 21). Enquanto no palco eram apresentados os elementos ultradissonantes que comporiam o panorama sonoro das salas de concerto dos próximos cem anos,
Crítica Do Pensar Contemporâneo
Revista de Estética e Semiótica, 2022
RESUMO: O artigo busca apresenta assuntos tratados nas aulas do professor Dr. Flávio R. Kothe, na disciplina Filosofia da Arte (1º Sem./2021) do Pós-Graduação-PPG-FAU-Universidade de Brasília (UnB), relativos à (re)construção do Pensamento. Ideias da concepção da verdade, da liberdade e do belo foram discutidas para a formulação de duas questões que norteiam esse texto: a importância do Pensar na atualidade e a necessidade da construção da crítica do pensamento contemporâneo. A hipótese principal é de que, nos tempos atuais, o Pensar está escondido em uma diversidade de tramas que impedem a evolução do pensamento. O artigo tem por base estudos de autores clássicos que são imprescindíveis ao desenvolvimento do Pensar contemporâneo. Flávio Kothe (2021) por meio de estudo das obras de Aristóteles, Platão, Tomás de Aquino, Kant, Hegel, Heidegger, Solger, Nietzsche e outros, realiza exercício crítico dos seus textos e ressalta que a "liberdade de hermenêutica está prejudicada pela exegese religiosa" (KOTHE, 2021), além de apontar importantes aspectos a serem considerados para a evolução do pensamento na nossa sociedade.
O resto é ruído: escutando o século XX
Revista de História, 2010
Mais do que uma história da música, o livro de Alex Ross, O resto é ruído, propõe um panorama auditivo do século XX. Não trata apenas das sonoridades, novas e antigas, que povoaram esse conturbado período da história recente, mas também (e talvez, sobretudo) das escutas que se multiplicaram, e mesmo se rivalizaram, na miríade de culturas e subculturas em que então se desintegrava a música do Ocidente. Com efeito, a produção musical chamada de "clássica" pelo autor tornou-se palco por excelência dos conflitos que marcaram o século conhecido como a "era dos extremos": germanismo versus francofilia; dodecafonismo versus neoclacissismo; gênio versus celebridade; populismo versus vanguardismo; democracia versus totalitarismo.