PROFISSIONAIS DO TURISMO E A NECESSIDADE DE UTILIZAR UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA (original) (raw)
O presente artigo analisa o perfil dos profissionais que trabalham nos diversos setores ligados ao turismo nas cidades de Ilhéus, Itacaré e Canavieiras, bem como as suas necessidades de utilizar uma língua estrangeira. Com o objetivo de identificar a demanda e o nível de conversação dos profissionais quanto ao domínio de línguas estrangeiras, assim como, verificar quais os fatores que impossibilitam a aprendizagem ou crescimento dessas línguas, foram estimadas três amostras de caráter probabilística estratificada por cidades e por categorias ocupacionais a saber: questionário 1- proprietários de estabelecimentos turísticos, gerentes, diretores, chefias; questionário 2 - secretários (as), recepcionistas, vendedores (as), guias, maitre, barman; questionário 3 - baianas de acarajé, taxistas, perueiros (de turismo), camareiras, garçons. Como resultado do projeto de pesquisa: Análise da demanda de qualificação por utilização das línguas estrangeiras na indústria do turismo nas cidades com desenvolvimento turístico na costa do cacau: Ilhéus, Itacaré e Canavieiras, observa-se que 100% dos entrevistados em Itacaré e em Canavieiras e 89% em Ilhéus tem necessidade de utilizar uma língua estrangeira no trabalho. Nessas cidades, a língua estrangeira mais solicitada é a língua Inglesa com 80%, ficando com a distribuição equivalente as línguas Espanhola e Francesa, com respectivamente 44,9% e 38%. Por outro lado, as línguas Alemã (2,8%) e Italiana (2,6%) registraram os menores percentuais. Quanto ao nível de proficiência, 70,5% dos entrevistados nas cidades acima relacionadas não conseguem se comunicar oralmente na língua Inglesa, 81,6% na língua Espanhola e 95,6% na língua Francesa. Quanto ao entendimento oral, os resultados são respectivamente: língua Inglesa (72,0%), língua Espanhola (80,6%) e língua Francesa (93,2), e com uma diferença mínima no que se refere ao entendimento da escrita na língua Inglesa (73,5%), na língua Espanhola (83,2%) e na língua Francesa (95,2%). Quanto aos fatores que impossibilitam a aprendizagem ou crescimento na língua estrangeira, 88,1% dos entrevistados sinalizaram para o custo dos cursos de línguas, 6,3% para a questão da incompatibilidade dos horários e 1,1% pela falta de oferta de cursos. Como conclusão o artigo traz questionamentos que concorrem para estimular a discussão da necessidade da capacitação dos profissionais do turismo na área de línguas estrangeiras aplicada, uma vez que a não utilização da língua estrangeira constitui-se num possível obstáculo à inserção da Costa do Cacau no cenário turístico internacional. Palavras-chave: Profissionais do Turismo; Línguas estrangeiras; Capacitação.