Uma narrativa de fantasmas da Antiguidade Tardia (original) (raw)

Tróia na Antiguidade Tardia

Striking aspects of Tróia in Late Antiquity is the theme of this article. After the interruption of the production in the second half of the 2nd c. or early 3rd c., to what extent was the production reactivated? What are the new data on the most significant monument of this period, the early Christian basilica? What significance have the mensa tombs, common in Roman Africa and rare in Lusitania, and so well represented at Tróia? When came the decadence of this large production center that became a large urban agglomerate? And which are the last vestiges of occupation?

A Ideia de História na Antiguidade Tardia

CRV, 2021

Editora CRV-versão do autor-Proibida a impressão JERÔNIMO DE ESTRIDÃO: um intelectual tardo-antigo no qual a História Providencial, Teologia e a Política providenciais deveriam estar a serviço da consolidação ecumênica da Igreja Cristã .

Antiguidade Tardia: Imagem e Documento

Heródoto - Revista do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre a Antiguidade Clássica e suas Conexões Afro-asiáticas, 2016

O artigo começa com uma descrição da iconografia como documento histórico. A imagem na Antiguidade tinha uma função específica: apresentar a um determinado grupo social, maioria analfabeto, algo que representasse a orla do poder. Ela não apenas legitimava um imperador ou rei, funcionava como uma espécie de propaganda política.

Mito e História na Antiguidade Tardia.pdf

Nossa investigação pretende problematizar a concepção de mythos nas narrativas de Sinésio de Cirene (370/375 -412/413), a fim de que compreendamos o papel da mitologia grega em fontes históricas tardo-antigas, sobretudo em De Regno. Para isso, julgamos oportuno discorrer brevemente não só sobre como a ideia de mito e de história foram concebidas pelos pensadores gregos Homero, Heródoto e Tucídides, mas também sobre quais foram seus reflexos e funcionalidades para a literatura produzida na Antiguidade Tardia.

A ideia de Historia na Antiguidade Tardi

Por ser tributária do presente e estar sujeita às características de seu próprio tempo, a História carrega consigo anseios e projetos sociais de futuro (Fontana, 1982). Como destacou Reinhart Koselleck (2006, p.306), as narrativas históricas estão situadas entre os espaços de experiências do passado e o horizonte de expectativas sobre o futuro. a produção histórica da antiguidade tardia, de certa forma, torna patente essas proposições, uma vez que resulta do contato entre a antiga tradição clássica com o novo horizonte social, político e religioso aberto pelo cristianismo. Como corolário, pode-se reconhecer, neste período, a coexistência (e eventual amálgama) de perspectivas cristãs e profanas sobre o tempo e a História, bem como as origens e projetos de futuro para os reinos formados sobre o território imperial romano. oferecer uma leitura abrangente sobre a produção histórica

Entre "Antiguidade Tardia" e "Alta Idade Média"

Nós, historiadores, costumamos atribuir significado excessivo aos marcos cronológicos, a considerá-los como contingentes capazes de traduzir as mesmas características de um determinado espaço geográfico durante um longo período de tempo. Aquilo que chamamos de "Alta Idade Média" diz respeito, em sua acepção mais recorrente, à Europa, à Anatólia, ao Oriente Médio e ao norte da África num período compreendido entre os séculos V e X. Devemos, portanto, colocar a seguinte questão: qual é a singularidade presente nessas regiões ao longo desses séculos que justifica essa qualificação? A resposta é distinta segundo a filiação teórico-metodológica de cada autor. Numa abordagem recorrente nos livros didáticos até a década de 1980, em que se dava ênfase à dimensão cronológica do fenômeno, a Alta Idade Média é "simplesmente" o período situado entre a queda de Roma, em 476, e o século XI. Na maior parte dos manuais escolares e dos livros paradidáticos em circulação hoje no Brasil, e também em obras acadêmicas publicadas na Europa ao longo do século XX, a Alta Idade Média é o lócus da formação do feudalismo, uma espécie de antecâmara da Baixa Idade Média. Vejamos um exemplo. O livro didático História Memória Viva: Da Pré-História à Idade Média de Cláudio Vicentino, traz a seguinte afirmação: