Huberto Rohden - O Homem e o Universo (original) (raw)
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Huberto Rohden - Profanos e Iniciados
A substituição da tradicional palavra latina crear pelo neologismo moderno criar é aceitável em nível de cultura primária, porque favorece a alfabetização e dispensa esforço mental-mas não é aceitável em nível de cultura superior, porque deturpa o pensamento. Crear é a manifestação da Essência em forma de existência-criar é a transição de uma existência para outra existência. O Poder Infinito é o creador do Universo-um fazendeiro é criador de gado. Há entre os homens gênios creadores, embora não sejam talvez criadores. A conhecida lei de Lavoisier diz que "na natureza nada se crea e nada se aniquila, tudo se transforma", se grafarmos "nada se crea", esta lei está certa mas se escrevermos "nada se cria", ela resulta totalmente falsa. Por isto, preferimos a verdade e clareza do pensamento a quaisquer convenções acadêmicas. Realizar esta viagem, da periferia das profanidades superficiais para o centro do reino de Deus dentro de nós, é a tarefa mais importante, a única necessária, de todo homem, seja qual for a sua posição ou profissão. "Fizeste-nos para vós, Senhor, e inquieto está o nosso coração até que ache quietação em vós"... QUEM É GRANDE? Nenhum homem pode fazer grandes coisas-mas grandes coisas podem ser feitas por meio do homem, se ele se entregar sem reservas às mãos de Deus. Esta entrega consiste essencialmente na definitiva abolição do egoísmo em todas as suas formas, e na proclamação de uma vida de amor universal. Ao profano parece semelhante vida um inferno-para o iniciado, porém, é um céu aberto.
Chardin O lugar do homem na natureza 1
{)S'Jf dJJ~0>"1 ffwJ VI êl i'ajei.L,\~bo~. ,1q~':j. INTRODUÇÃO. O DÍPTICO Entre os inúmeros contrastes que o espectáculo dos tempos geológicos proporciona aos nossos espíritos, não conheço nenhum mais surpreendente, tanto pela sua proximidade relativa COmo pela sua rudeza, que aquele que opõe a Terra pliocénica à Terra moderna. Tentemos simplesmente imaginar dois quadros juntos: de um lado uma região continental suficientemente estável (por exemplo a Bacia de Paris) um pouco antes do Villafranchiano; do outro, o mesmo domínio tal como se apresenta hoje aos nossos olhos. Que vemos em qualquer dos casos? Aqui (quero dizer, em finais do Pliocénio) o quadro topográfico e climático já é, nas suas grandes linhas, o mesmo que hoje: O Sena, o Loire, os depósitos de sílex brilhando à volta do Maciço Central, debaixo de um .céu ameno. E, se exceptuarmos a grande fauna desaparecida (Elefantes, Rinocerontes ...), os animais (Lobos, Raposas, Doninhas, Texugos, Cervídeos, Javalis ...) pertencem todos a. tipos que ainda vivem à nossa volta. J~é quase o nosso mundo. E, contudo, um mundo habitado (se assim se pode dizeT) por uma
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