Os Guerreiros de pedra do sul da Galia - Uma diferente leitura da Helenização (original) (raw)

A Ilíada de Homero e as Raízes do Helenismo

Grandes Epopeias da Antiguidade e do Medievo, 2014

Capítulo do livro "Grandes Epopeias da Antiguidade e do Medievo", organizado por Dominique Santos (2014). Discorre sobre o processo de transmissão do texto da "Ilíada" de Homero e sua influência sobre o helenismo, tratando também da sua recepção na Antiguidade e na Modernidade.

História e Etnicidade: Homero À Vizinhança Do Pan-Helenismo

2019

O Pan-helenismo 2 ocupa uma posição central para a maioria dos pesquisadores que se dedicam a pensar a etnicidade grega. Há que se reconhecer as razões para essa ênfase. No século V a.C., à leste, a Hélade resistia ao poderoso projeto expansionista do Império Persa; à oeste, travava batalhas contra os etruscos, cartagineses e outros povos da Península Itálica. Admite-se frequentemente que esses eventos, ainda que não tenham necessariamente inventado, ajudaram a consolidar o ideário pan-helênico e deram uma robustez inédita à noção de "ser grego" por oposição ao "ser bárbaro". Escusado lembrar que ao longo da história o termo bárbaro irrompeu as fronteiras da Hélade para consolidar sua presença na maior parte das sociedades, antigas e modernas, em especial no Ocidente. Ele está sempre por aí, mas vez por outra reaparece com mais vigor em estudos acadêmicos, nas páginas da imprensa e mesmo nas conversas cotidianas, atuando como o epítome do grotesco, da diferença, da irracionalidade, enfim, do oposto ao ser civilizado 3 .

Uma Visão Dos Indígenas Do Sul De Minas Nos Relatos De Alguns Memorialistas

Campos de Saberes da História da Educação no Brasil 2, 2019

Mendes-MG RESUMO A pesquisa sobre a história das localidades do sul de Minas Gerais revela diversos relatos de memorialistas que contam a história dos municípios sulmineiros e oferecem um panorama da formação do sul de Minas. Vamos analisar como a presença indígena no sul das Gerais é abordada pelos memorialistas Luís Barcelos de Toledo e Monsenhor José do Patrocínio Lefort, além do jornalista Bernardo Saturnino da Veiga e da historiadora Thalita de Oliveira Casadei. A análise dos relatos destes autores possibilita-nos ter um panorama do pensamento sobre o indígena e das formas como se o mencionam ou estudam fora do meio acadêmico e oferece o enriquecimento das informações e conhecimentos sobre a presença indígena no sul de Minas, ajudando no esforço de resgate da história indígena em pequenas localidades interioranas. PALAVRAS-CHAVE: Indígenas; Memorialistas; Ponto de vista.

À volta da Pedra Formosa. Estudo do Balneário Este da Citânia de Briteiros

Arnaud, J. Neves, C. e Martins, A. (coords.). Arqueologia em Portugal: 2023 - Estado da Questão. IV Congresso da Associação dos Arqueólogos Portugueses, 2023

Depois de um registo preliminar dos elementos visíveis realizado em 2006, a estrutura conhecida como Balneário Este da Citânia de Briteiros (Guimarães) identificado primeiramente em 1932, foi alvo de trabalhos arqueológicos nas campanhas de 2016 e 2018, que permitiram o registo dos elementos conservados, bem como da estratigrafia associada à sua edificação, abandono e posterior saque. Foram registados dois contextos distintos de destruição, coincidindo o primeiro com um saque que terá ocorrido na Idade Moderna, e o segundo com o momento da construção da Estrada Nacional 309, na década de 1930. A associação deste edifício à mítica Pedra Formosa de Briteiros, recolhida há mais de trezentos anos no sítio arqueológico, remonta ao primeiro registo de Mário Cardozo, efetuado pouco depois da segunda destruição parcial do edifício de banhos. Partindo desta ideia, serão apresentados os dados documentais e arqueológicos que possibilitam essa associação, bem como uma interpretação atualizada dos vestígios do Balneário Este, que foram, entretanto, alvo de medidas de conservação. The East Bathhouse of Citânia de Briteiros (Guimarães), identified in 1932, underwent archaeological works in 2016 and 2018, after a first registration made in 2006. These campaigns allowed the registration of the preserved elements and the stratigraphy related to its construction, abandonment and later spoiling. There were identified two different contexts of destruction, the first coincident with a spoiling in the Modern Age, the second with the construction of the National Road 309, in the 1930's. The relation between this building and the mythic Pedra Formosa (ornate stone), taken from Citânia de Briteiros more than three hundred years ago, was first made by Mário Cardozo, shortly after the second partial destruction of the bathhouse. From this perspective, we present the written and archaeological sources that make possible this association, as well as an update in the interpretation of this building, that underwent conservation procedures.

A beleza do marfim e da pedra: notas sobre Hípias Maior

Analógos, 2022

Este estudo tem por objetivo principal abordar a segunda definição de belo (καλός) oferecida pelo sofista Hípias de Élis no diálogo Hípias Maior de Platão. Após o fracasso da primeira tentativa, de que o belo seria uma bela donzela (Hp. mai. 287e), Sócrates introduz um novo elemento à investigação: a ideia de que é preciso descobrir a forma (εἶδος) que, quando acrescentada (προσγένηται), fará com que um ser surja (φαίνεται) belo (Hp. mai. 289d). Diante dessa nova compreensão, Hípias desenvolve a tese de que o belo é na verdade o ouro (χρυσός), pois o ouro, ao ser acrescido a um objeto, é capaz de torná-lo belo e valioso. A fim de melhor esclarecer essa hipótese, o presente estudo divide-se em um comentário de duas partes: uma primeira, em que se aborda a tese áurica do sofista, suas peculiaridades, motivações e dificuldades preliminares e uma segunda, em que se discute a refutação da tese de Hípias e o problema do conveniente (πρέπων), levantado por Sócrates, tendo como exemplo a escultura de Fídias. Palavras-chave: Platão; beleza; ouro; Hípias de Élis; eidos.

A herança weberiana n´Os Herdeiros - Santiago

A herança weberiana n´Os herdeiros: entre o projeto moderno não realizado e a aposta na razão Resumo O artigo tem por objeto a compreensão do modus operandi da apropriação de conceitos e do método weberiano na obra de Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron "Os Herdeiros-os estudantes e a cultura". Sustentamos a ideia de que essa apropriação é referenciada em dois vetores: demonstrar o caráter mistificado e mistificador do modo de relação dos estudantes com o sistema de ensino, e como ferramenta que indica um projeto não realizado, que necessitaria ter na razão seu elemento balizador que possa ser levado a efeito. Entendemos que esse movimento resulta em uma aposta política dos autores sobre a configuração que o sistema de ensino deveria ter para cumprir a função social a ele atribuída no projeto moderno, em particular no que tange ao ideal da igualdade e à política francesa de democratização da educação. Palavras-chave: Projeto educacional moderno; Educação superior; Método weberiano. Santiago Pich Doutor em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC-Brasil santiago.pich@yahoo.com.br Para citar este artigo: PICH, Santiago. A herança weberiana n´Os herdeiros: entre o projeto moderno não realizado e a aposta na razão. Revista Linhas. Florianópolis, v. 15, n. 29, p. 251-269, jul./dez. 2014.

Visualizando a guerra no mundo antigo: o caso de Homero e da Lírica Grega

Resumo: O texto busca analisar as primeiras representações literárias da guerra na literatura ocidental. Concentra-se primeiramente na Ilíada de Homero, oferecendo um panorama do sistema de valores que a enforma e enfatizando o forte caráter imagético de suas descrições, que intentam delinear uma visão idealizada da guerra. Em seguida, considera exemplos da lírica grega arcaica, a fim de atestar que, embora situados em outro gênero, os expedientes utilizados na épica para representar a guerra também se encontram na poesia lírica, sobretudo a enargia.