Walter Benjamin, das ruínas do passado, aos escombros do presente (original) (raw)
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Walter Benjamin: arte do kairós no tempo-de-agora
The purpose of this article is to explore a certain stratum – a Hellenic-inspired stratum – of the semantic field of the concept of now-time (Jetztzeit), formulated by Walter Benjamin as a central category of his conception of history. Based on a historical-cultural and iconological commentary on an allegory of History, carved in wood by Dominikus Hermenegild Herberger, in the mid-18th century, the meaning of the multifaceted relationship between the personifications of history and time there represented is reflected upon. Relationship through which, analogically, we aim to illuminate the Benjaminian idea of time as a kairological concept of an essential and radically political present.
A canção dos escombros: Walter Benjamin e a poesia brasileira contemporânea
Aletria, 2019
Estudo da presença multifacetada de uma imagem e de uma figura de pensamento da obra do filósofo e crítico alemão Walter Benjamin em poemas brasileiros do presente. O "anjo da História", apresentado por Benjamin nas suas "Teses sobre o conceito da História" (1940) vai aparecer, de modos diferentes e distintos significados, em poemas de Haroldo de Campos, Carlito Azevedo e Guilherme Gontijo Flores-textos marcados pela interrogação pelos sentidos do tempo e por forte coeficiente político. Palavras-chave: Walter Benjamin; poesia brasileira contemporânea; história; violência; política.
O despertar da modernidade nas 'passagens' de Walter Benjamin
Projeto Historia Revista Do Programa De Estudos Pos Graduados De Historia E Issn 2176 2767 Issn 0102 4442, 2007
"Paris, meados do século XIX: cidade revolucionária, palco e memória das revoluções de 1789, 1830 e 1848; cidade burguesa, de afirmação de uma nova ordem espacial, de redefinição dos espaços públicos e privados, de expressão da modernidade trazida pelas novas tecnologias – panoramas, estradas de ferro, fotografia; cidade proletária e industrial, na qual as classes sociais se misturavam por meio de um tecido urbano favorável às trocas interpessoais; cidade múltipla, rica de experiências históricas e dotada de uma forte identidade urbana. Entretanto, essa identidade, construída ao longo dos séculos, punha em risco a nova ordem político-econômico-social do Segundo Império (1852-1870),sustentado pela burguesia industrial e financeira. Era urgente e imprescindível “modernizar” Paris, de forma a domesticá-la, evitando que novas insurreições, simbolizadas pelas barricadas, colocassem em risco os ganhos obtidos pelo capital industrial e financeiro. Georges Eugène Haussmann (1809-1891, administrador de Paris2 de 1853 a 1870), perpetuado na história como barão Haussmann, foi chamado, e seu projeto de embelezamento estratégico atendeu, de certa forma, aos anseios de uma alta burguesia interessada em se preservar dos riscos de uma nova Revolução, cujo alvo não seria mais o Antigo Regime, mas a ordem burguesa que o substituíra. Uma nova imagem seria construída para a cidade, a partir de então caracterizada como a “cidade-luz”. Luz proveniente da nova iluminação pública, das amplas vitrines, dos novos tecidos, dos interiores pertencentes aos ricos burgueses, dos grandes teatros, enfim, de uma cidade que se ilumina para o mundo ver a sua modernidade."
Entre as ruínas do tempo: Walter Benjamin e Sigmund Freud
O artigo trabalha a ideia freudiana de Nachträglichkeit, resgatada recentemente pelo psicanalista francês Jacques André, e a aproxima da visão benjaminiana de história. Tanto a leitura de Freud, feita por André, como a de Walter Benjamin subvertem a linearidade positivista do tempo e destacam o trauma – ou choque – como possibilidade de promover um curto-circuito na lógica temporal que prepondera no discurso oficial da história ou no conteúdo manifesto da vida anímica.
Walter Benjamin e a história do tempo presente (Josias José Freire Jr.)
Revista Círculo de Giz, 2023
Este texto tem por objetivo desenvolver algumas reflexões acerca do tema do presente para a história. Inicialmente, se discutirá alguns aspectos da chamada história do tempo presente, com intuito de apresentar o problema do presente na história, a partir desse campo historiográfico. Em seguida, serão consideradas algumas ideias do filósofo alemão Walter Benjamin (1892-1940) acerca do presente e da atualidade, em seu conceito de história. Compreende-se que as considerações de Walter Benjamin sobre a história e, especificamente, sobre o papel do presente e da atualidade em história, possam contribuir com as reflexões e debates do campo da história do tempo presente. Palavras-chave: história do tempo presente; historiografia; Walter Benjamin.