A responsabilidade social das empresas em meio à pandemia de COVID-19: avanço ou retrocesso? (original) (raw)

A responsabilidade social empresarial segundo as empresas paulistas

Pós - Revista Brasiliense de Pós-Graduação em Ciências Sociais, 2013

O artigo promove uma reflexão sobre mudanças no espírito do capitalismo e o fenômeno da Responsabilidade Social Empresarial (RSE), à luz das sociologias Compreensiva e Pragmática Francesa. Indica-se que a RSE foi animada por novas crenças capitalistas concorrentes à racionalidade econômica. Elucidam-se sentidos fornecidos por um grupo de empresas paulistas à função empresarial e à RSE. Dentre estes, o aspecto imprevisto da legalidade e o apelo às conexões sob a égide da RSE reforçam que esta, concomitantemente, fomenta a racionalidade e outros valores capitalistas no país.

A responsabilidade social das empresas: o contexto brasileiro em face da ação consciente ou do modernismo do mercado?

Revista de Economia Contemporânea, 2007

A responsabilidade social das empresas vem sendo questionada e impõe novos desafios gerenciais aos negócios, trazendo a emergência de medidas de enfrentamento para os problemas sociais, pois já não é mais possível conviver com o paradoxo de importantes inovações tecnológicas, de um lado, e a degradação da vida humana, de outro. A responsabilidade social das empresas no Brasil ainda é um desafio, uma vez que as ações de filantropia não têm contribuído efetivamente para a melhoria das condições de vida da sociedade e para a transformação da realidade social vigente. Este texto desenvolve uma problematização dessa questão, tendo como foco um conjunto de empresas brasileiras.

Responsabilidade social e o balanco social nas empresas

O mundo empresarial vê, na responsabilidade social, uma nova estratégia para aumentar seu lucro e potencializar seu desenvolvimento. Essa tendência decorre da maior conscientização do consumidor e conseqüente procura por produtos e práticas que gerem melhoria para o meio ambiente ou comunidade, valorizando aspectos éticos ligados à cidadania. O que se verifica, atualmente, é que não existe mais uma linha divisória entre problemas que estão fora e dentro das empresas: as soluções devem ser compartilhadas com a sociedade de forma geral e as empresas devem contribuir ativamente com as soluções, sob o risco de serem questionadas, processadas e cobradas pelos seus atos.

Uso da Responsabilidade Social pelas Empresas: Ética e Tendências na Pós-Pandemia

2021

Este artigo aborda a temática da responsabilidade social e sustentabilidade, adotando como ponto inicial do percurso, o conceito de responsabilidade social corporativa ostentado pelas quatro dimensões da RSC defendidas por Carroll (1991), e abarca considerações sobre as práticas empresariais. A análise é tecida tendo como base o atual cenário, marcado pela fragilidade humana relembrada pela expansão da pandemia do novo coronavírus. Por meio do isolamento social, a Covid-19 colonizou a vida nas suas diversas instâncias e transformou o nosso modo de ser e fazer, os hábitos sociais, as rotinas nos trabalhos, as formas de relacionamentos e as maneiras de estudar. Desse modo, apresentamos as ações contingenciais que foram e vêm sendo adotadas, por intermédio da mobilização de políticas públicas, de grupos diversos, formados por pessoas físicas ou jurídicas, objetivando amenizar os impactos sociais e o sofrimento causados pela expansão da doença aos grupos mais afetados e, especialmente, àqueles que já se encontravam em situação de vulnerabilidade.

Uma Visão Actual Da Responsabilidade Social Das Empresas

2005

O caracter social das empresas sempre foi reconhecido pela ciencia economica, mas sob a optica da teoria classica, generalizou-se a ideia de que ao procurar a maximizacao do lucro a empresa satisfazia o interesse da sociedade. Em relacao as questoes ambientais acreditava-se que a propria natureza era capaz de resolver os problemas. Infelizmente estas suposicoes nao sao verdadeiras. A ma situacao ambiental e as desigualdades sociais agravaram-se e a propria ONU acabou por propor uma nova forma de desenvolvimento, que designou por desenvolvimento sustentavel e que foi definido pelo relatorio Brundland. Assim o objectivo deste trabalho dirige-se para a compreensao de alguns aspectos da responsabilidade social da empresa, dando maior enfase aos aspectos sociais e ambientais do que a realizacao de lucros. A par da actuacao economica, as preocupacoes sociais e ambientais devem integrar a estrategia empresarial e os resultados alcancados devem ser objecto de relatorios preparados e certifi...

A responsabilidade social e ambiental valoriza as empresas?

publique.rdc.puc-rio.br

As principais dificuldades de nosso tempo -dentre as quais se destacam o desemprego, a fome, a corrupção, poluição e o aquecimento global -e a incapacidade de os governos agirem em conjunto ou isoladamente para atua-rem sobre os problemas sociais e ambientais, tem levado a um movimento no sentido de reorganização das forças da sociedade. Este movimento vem se estruturando na forma de instituições não governamentais, na luta para resgatar a cidadania e cobrar das empresas privadas a sua parcela de responsabilidade social e ambiental, e os resultados começam a aparecer, ainda que timidamente. A gestão empresarial, que, na maioria dos casos, tinha como principal preocupação responder apenas pelo retorno financeiro para os acionistas e começa a se ver impelida, então, a considerar os interesses de outros atores envolvidos (stakeholders) em sua atuação: fornecedores, empregados, comunidade, consumidores e sociedade.

Responsabilidade Social Nas Empresas Listadas Na BM&Fbovespa

Atualmente os consumidores estão mais exigentes, consumindo produtos ecologicamente corretos, de empresas que prezam pelas ações de responsabilidade social. Um relatório contábil capaz de evidenciar essas ações e de utilidades para diversos tipos de usuários é o balanço social, que apresenta indicadores sociais internos, externos e ambientais. A partir do exposto, o objetivo desta pesquisa é identificar o nível de responsabilidade social por meio dos indicadores divulgados no balanço social das empresas listadas na Bovespa. A pesquisa se caracteriza de forma exploratória quanto aos objetivos, documental quanto aos procedimentos, e de abordagem quantitativa quanto ao problema. Para a amostra foram selecionadas as empresas da BM&FBovespa mencionadas no sítio do programa Em Boa Companhia, em que são evidenciados os projetos e ações de sustentabilidade das empresas listadas, que totalizou 46 empresas, destas 18 empresas publicaram o relatório do balanço social. Os resultados apontam que ainda são poucas as empresas de capital aberto que publicam o Balanço Social, destacando-se que, conforme análise apresentada correspondente aos indicadores sociais percebe-se que os investimentos em indicadores ambientais são consideravelmente inferiores se comparados aos indicadores internos e externos de responsabilidade social.

O paradoxo do discurso da responsabilidade social da empresa: modismo ou anàlise consitente da atualidade

2010

Este artigo discute o conceito de Responsabilidade Social da Empresa (RSE) como um tema muitas vezes utilizado apenas no discurso pelas empresas, que definem códigos de ética, modelos de gestão, políticas « verdes », modelos organizacionais ditos sustentáveis, porém muitas vezes estas organizações estão apenas preocupadas com a sua imagem institucional, e não com políticas concretas voltadas para a Responsabilidade Social. Mostraremos através deste ensaio como vivemos em um mundo em crise, baseado na mídia e na imagem, e muitas vezes a aparência conta mais para os gestores do que a real implementação de políticas voltadas para a RSE. Surgem então questões funtamentais : Qual é o papel da RSE no mundo de hoje ? Trata-se apenas de mais um discurso de gestão ? Como as políticas « verdes », voltadas para a RSE, sobreviverão a um mundo em crise ? Em que medida as empresas realmente estão voltadas para a ação ética e responsável ? Trata-se de redefinir novamente o conceito de RSE e discutí-lo na atualidade, separando o discurso fácil e ideológico das práticas reais. Discutiremos o modelo « americano » da RSE, a crise do modelo face ao contexto sócio-histórico atual, redefinições do termo, uma nova proposta de pesquisa em gestão.Uma visão crítica e analítica da RSE, tal a qual propõe este texto, mostra-se indispensável para evitar-se análises simplistas sobre um tema que muitas vezes é tratado como mero modismo. Propõe-se aqui uma análise consistente sobre o estado da arte do tema em administração.

Ir)responsabilidade social empresarial: uma avaliação do desastre de

A temática irresponsabilidade social empresarial (IrSE) ganhou destaque na literatura mundial. No Brasil, o desastre causado pela Samarco Mineração S.A. em 2015 foi alvo de repercussão, constituindo uma oportunidade para estudar a IrSE. O objetivo deste estudo foi investigar se a identificação social com a empresa, que surge em função dos benefícios econômicos, reduz a intenção punitiva e a atribuição de culpa. O instrumento de pesquisa contém escalas com indicadores psicométricos aplicados a 1.616 indivíduos. Constatou-se que os benefícios para a economia local reduziram a intenção punitiva nas cidades de Anchieta-ES, Guarapari-ES e Mariana-MG. O que não ocorreu nas cidades de Colatina-ES e Linhares-ES, que não recebem benefícios econômicos, mas foram afetadas pelo desastre. Identificou-se, ainda, que a severidade do evento aumentou a atribuição de culpa e a intenção punitiva aumentou a intenção de comentários negativos. Como principal conclusão, onde a empresa gerou benefícios, as pessoas estavam menos propensas a puni-la. Palavras-chave: irresponsabilidade social empresarial; benefícios econômicos; atribuição de culpa; intenção punitiva; desastre ambiental. Corporate social irresponsibility: an analysis of the disaster in Mariana-Brazil The issue of corporate social irresponsibility (IrSE) has gained prominence in the world literature. In Brazil, the disaster caused by Samarco Mineração S.A. in Mariana (MG), Brazil, in 2015, is an opportunity to study IrSE. The objective was