Anticoncepcionais Hormonais: Benefícios e Riscos De Sua Utilização Pela População Feminina (original) (raw)
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A Influência Da Anticoncepção Hormonal Na Sexualidade Feminina
Revista Brasileira de Sexualidade Humana, 2008
Os autores revisam os artigos publicados cujo objetivo principal fosse avaliar a influência da anticoncepção hormonal (AH) na sexualidade feminina. Há uma variabilidade muito grande na resposta das mulheres aos AH e ainda não há como se prever quais mulheres irão apresentar efeitos colaterais sexuais. Estes efeitos, entretanto, podem ser causa de abandono do método e, portanto, devem ser valorizados. Os AH ocasionam uma diminuição dos níveis de androgênios endógenos e, ao mesmo tempo, causam um aumento da SHBG. Essas alterações aparentemente são reversíveis após a suspensão destes medicamentos. Os AH orais contendo baixa dose de EE, 15 mcg, parecem ter um impacto negativo sobre a sexualidade, relacionado a um pior controle de ciclo e menor lubrificação vaginal. Os AH orais contendo EE 20 ou 30 mcg parecem ter boa aceitabilidade no que concerne a sexualidade. A minipílula não interfere na sexualidade feminina e o anel vaginal parece ter os melhores efeitos, aumentando as fantasias e o interesse sexual do casal. Casais com bom grau de ajustamento conjugal parecem ter maior chance de sofrer um eventual impacto negativo relacionado ao uso dos AH.
Anticoncepção hormonal na adolescência: novas opções
1 Médica ginecologista do Hospital Geral de Bonsucesso; mestranda da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FCM/UERJ). 2 Professora-adjunta da disciplina de Medicina de Adolescentes da FCM/UERJ; médica do Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente (NESA); doutora em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP/USP). INTRODUÇÃO Cerca de 20% da população brasileira se en-contra na faixa etária adolescente, o que represen-ta um contingente populacional numeroso (IBGE, 2004). Apesar de a adolescência ser uma etapa da vida saudável, vem adquirindo grande destaque na área da saúde, principalmente devido a pro-blemas relacionados ao exercício da sexualidade e, entre eles, as doenças sexualmente transmissí-veis (DSTs) e a gravidez precoce ou indesejada. No sexo feminino, as principais causas de morbidade hospitalar são as complicações de gravidez, parto e puerpério (11) . A taxa de fecundidade nas adolescentes tem aumentado, em confronto com...
Research, Society and Development, 2022
Objetivo: Discutir o impacto do uso de anticoncepcionais orais hormonais na sexualidade da mulher. Metodologia: Revisão integrativa da literatura utilizando as bases de dados Scientific Eletronic Library (SciELO), PUBMED e Literatura Latino-Americana e do Caribe (LILACS). Resultados: A análise da temática foi dividida em três tópicos: os tipos de anticoncepcionais orais hormonais, as alterações hormonais e as manifestações clínicas na mulher e os efeitos dos anticoncepcionais hormonais na sexualidade feminina. A sexualidade feminina é influenciada por diversos fatores, tanto os fisiológicos quanto os relacionados ao meio e ao estilo de vida. Nesse contexto, incluem-se também as medicações, por exemplo, o uso de contraceptivos orais hormonais, que podem causar alterações no organismo da mulher, algumas que melhoram a qualidade de vida das usuárias como a escolha pela anticoncepção, regularização do ciclo menstrual, diminuição das manifestações da tensão pré-menstrual; e outras que po...
Uso Racional de Contraceptivos Hormonais Orais
A anticoncepção é amplamente realizada no mundo inteiro. No Brasil, o uso de métodos anticoncepcionais cresceu acentuadamente ao longo das últimas décadas, alcançando, em 2006, 80,6% no grupo de mulheres com idades entre 15 e 44 anos (8.707 entrevistas em 2006), segundo a terceira edição (2006) da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS). Apenas dois métodos — a pílula e a esterilização feminina — responderam por mais de dois terços da contracepção. Dados da PNDS 2006 revelaram aumento na prevalência do uso de anticoncepcionais e de outros métodos contraceptivos (como vasectomia e preservativo) e redução significativa da prevalência da esterilização feminina em comparação aos dados da PNDS 1996. Em 2006, a escolha do método contraceptivo mostra-se influenciada pela renda. Na classe de mais baixa renda e nas mulheres de menor escolaridade, ainda predominam o não uso de qualquer método (26,3%) e a esterilização feminina (32,3%). O uso de anticon- cepcionais ocorreu em 27,4% de todas as mulheres em conjunto. Outros métodos (DIU, diafragma, injeções e outros) foram escolhidos por 7%.1 Entretanto, em faixas etárias mais jovens o controle da natalidade ainda é um problema. Em 2005, do total de 3.030.211 nascidos vivos no Brasil, 21,82% correspondiam a mães com idade entre 10 e 19 anos de idade, comprovando a falta de orientação e de adesão aos métodos anticoncepcionais entre adolescentes.2 A eficácia da contracepção (resultado obtido quando o uso ocorre em condições ideais) e sua efetividade (resultado do uso corrente, tanto correto como incorreto) podem ser expressas por meio do índice de Pearl, correspondente ao número de gestações (falha) ocorridas em 100 mulheres que utilizaram sistematicamente o método durante um ano. Os anticoncepcionais orais (AO) têm sido objeto de contínua investigação, pois constituem o mais efetivo método reversível e o de maior prevalência de uso dentre as medidas medicamentosas. A eficácia e a continuidade de uso, verificadas em ensaios clínicos controlados, costumam ser maiores que as observadas na prática diária. Isso se deve a que os primeiros se processam em locais escolhidos, com pacientes selecionadas e em condições de vigilância rigorosas. 
Associação Da Terapia De Reposição Hormonal Com a Condição Periodontal De Mulheres
Saúde (Santa Maria)
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da TRH nas condições periodontais em mulheres na pós-menopausa. A amostra consiste de 90 mulheres na pós-menopausa na faixa etária dos 44-77 anos selecionadas em uma base de dados secundária, 42 fizeram uso TRH e 48 não utilizaram. A condição clínica de pós-menopausa foi considerada a ausência de menstruação por um período de 12 meses ou a remoção do útero a pelo menos 6 meses. TRH foi avaliada pelo relato na entrevista, sendo o uso, prescrições e tipos de medicamentos utilizados confirmados pela revisão dos prontuários médicos. Comparações entre os grupos foram testadas com teste t independente. Variáveis categóricas foram testadas através do teste qui-quadrado. Não foram observadas diferenças estatisticamente significantes para nenhuma das variáveis periodontais entre os grupos. Menor perda de inserção foi observada no grupo que recebeu TRH, porém não foi observada uma diferença estatisticamente significante após o ajuste para idade. Qu...
Research, Society and Development
Os anticoncepcionais hormonais orais (ACHOs), conhecidos popularmente como pílula anticoncepcional, tem como função principal o controle hormonal, tendo em sua base uma combinação de hormônios, são muito usados por estudantes universitárias pois é nesse período de sua vida que sofre por alterações hormonais. Desta maneira o objetivo deste trabalho foi o de analisar o uso da pílula anticoncepcional e suas alterações hormonais em estudantes de farmácia de uma faculdade privada do interior da Bahia. A pesquisa refere-se ao modelo de pesquisa descritiva, exploratória de caráter qualitativo e quantitativo. Para a realização desta pesquisa se utilizou um questionário online no qual a população foi composta por mulheres universitárias acima de 18 anos que fazem uso o de anticoncepcionais tendo como local da coleta uma faculdade privada do interior da Bahia, coletados entre os meses de agosto e setembro. Como resultados tivemos que os anticoncepcionais são seguros e apresentam inúmeros ben...
Anticoncepção hormonal e câncer de mama
Femina, 2011
Resumo O câncer de mama é a segunda neoplasia em incidência na população feminina com mais de 1.100.000 casos/ano no mundo, com aproximadamente 410.000 mortes/ano. A hormôniodependência do câncer de mama é um fato bem estabelecido em diversas situações como a obesidade e a reposição hormonal. A associação entre o anticoncepcional hormonal e o câncer de mama tem sido debatida por décadas, sem que haja um consenso. Lançado nos anos 1960, o contraceptivo hormonal oral foi um marco histórico no padrão de vida da mulher moderna e seu uso popularizou-se mundialmente, sendo utilizado por milhões de mulheres em todo o mundo. Este artigo objetiva abordar a relação entre o uso da anticoncepção hormonal e o desenvolvimento do câncer de mama. Para tanto, foram revistos os trabalhos publicados na literatura no período compreendido entre 1997 e 2011. Foram identificados e revisados os artigos mais relevantes; suas referências foram checadas com o objetivo de produzir um texto que avalie as evidências da relação entre a anticoncepção hormonal e o desenvolvimento do câncer de mama.