A Interpretação da Música Eletroacústica: Aspectos Técnicos (original) (raw)

Referenciais Teóricos da Música Eletroacústica Brasileira Contemporânea: acerca de um questionário

Nesta comunicação, abordamos aspectos teóricos e metodológicos relativos à confecção de um questionário a ser distribuído entre compositores. O questionário tem o intuito de jogar luz sobre os referenciais teóricos que amparam a produção de música eletroacústica brasileira contemporânea. Enfatizamos, em particular, a discussão sobre os conceitos de referencial teórico e contribuição teórica e de como estes se refletem no questionário.

Referenciais Teóricos da Música Eletroacústica Brasileira Contemporânea: apontamentos iniciais

Nesta pesquisa nos propomos a investigar os referenciais teóricos da produção musical eletroacústica brasileira contemporânea. Entendemos "referenciais teóricos" como o conjunto de conceitos que amparam, orientam ou dialogam com os compositores, auxiliando-os na criação das condições de possibilidade de suas poéticas particulares, estando assim adstritos àquilo que classicamente se tem denominado de nível poiético 1 .

Referenciais Teóricos da Música Eletroacústica Brasileira e a Influência das Matrizes Históricas

Revista Música Hodie, 2014

Neste estudo, empreendemos uma avaliação acerca da influência de três matrizes históricas da música eletroacústica-Musique Concrète, Elektronische Musik e Computer Music-sobre a produção brasileira de música eletroacústica. O alcance desta influência no país é avaliado por meio da aplicação de um questionário que visa a mapear, entre outros aspectos, desde o caráter da produção dos compositores nos últimos cinco anos até que obras teóricas ligadas a estas três correntes foram lidas, bem como que conceitos daí originados teriam maior influência no pensamento composicional dos respondentes. A partir da análise das respostas ao questionário, algumas considerações são feitas e questões são levantadas a respeito do peso relativo assumido por cada uma das matrizes, seus conceitos e obras de maior impacto, bem como e relação entre teoria e criação.

Música Eletroacústica na Sala de Aula

Música na Educação Básica. Londrina, v. 8, nº 9, 2017

A tecnologia desenvolvida pelo homem está cada vez mais presente em nosso cotidiano e no de nossos alunos. Telefones celulares, notebooks, tablets, computadores e players de música integram nossas vidas diariamente e possuem diversas finalidades. O uso de tecnologias na aula de música pode ser uma ferramenta interessante. Entre buscas, criações, manipulações sonoras, o trabalho com a música eletroacústica pode proporcionar diversão e descobertas, representando parte fundamental do grande processo que envolve o ensino e a aprendizagem musical, por vezes, pouco conhecido e "habitado". Com o objetivo de auxiliar o professor da escola básica, neste artigo trazemos possibilidades de atividades voltadas à composição de música eletroacústica: aquela assistida através do uso do computador, a partir de gravações e sínteses sonoras.

Iconicidade e Indicialidade Na Música Eletroacústica

2020

Resumo: O presente artigo tem por objetivo analisar as idiossincrasias da linguagem musical eletroacústica sob a perspectiva da semiótica tal como proposta por Charles Sanders Peirce e suas possíveis intersecções com a semiologia europeia (baseada nos trabalhos de Ferdinand de Saussure). Através dessa dupla perspectiva, busca-se averiguar as relações do signo musical com sua estrutura referencial em duas perspectivas: o signo musical enquanto ícone e índice. Objetivase, ainda, a averiguação das possíveis transmutações tipológicas entre iconicidade e indicialidade do objeto sonoro quando da emancipação do aparato eletroacústico nas décadas de 1940 e 1950.

Música Eletroacústica: Permanência das Sensações e Situação de Escuta

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRA …

Resumo: Pensar a permanência da música eletroacústica como gênero da composição musical em geral põe em cheque a sua própria natureza e levanta questionamentos quanto ao seu nascimento e situação de escuta. Levando em consideração aspectos filosóficos, históricos e de legitimação social, o artigo aborda a continuidade da composição eletroacústica em relação à sua força de criação e sua permanência na sensibilidade através da escuta. Contar a história da música eletroacústica é percorrer as opções de Pierre Schaeffer, entre a radio-arte e a música e retraçar a linha nômade deste pensamento.

Música Eletroacústica

A música eletroacústica e as questões que a envolvem são complexas em todo o mundo. Ela surgiu da junção de procedimentos composicionais da música concreta e da música eletrônica. As bases sonoras eletrônicas e acústicas definiram o termo "Música Eletroacústica".

O local da cultura na música eletroacústica

Partindo de uma discussão em torno de uma metodologia para a análise da música eletroacústica, tomamos como princípio norteador as três escutas teorizadas por Michel Chion em A audiovisão: som e imagem no cinema (1991). Desse modo, propomos uma metodologia que tem início na identificação das possíveis fontes sonoras dos materiais (escuta causal), seguida pela descrição das características intrínsecas das sonoridades (escuta reduzida), tal como proposto por Denis Smalley em sua Espectromorfologia. Finalmente, para a análise do nível semântico da escuta-e esta é a principal contribuição desta tese-propomos uma nova configuração da teoria das tópicas musicais para serem aplicadas a esse gênero. A recorrência de certas características na música eletroacústica acaba suscitando a postulação de algumas significações tópicas particulares ao nosso contexto cultural, revelando, com isso, o Local, no sentido proposto por Bhabha. A influência de autores como Stuart Hall, Clifford Geertz, Roy Wagner, Thomas Turino, Homi Bhabha e Coriún Aharonián foi fundamental para nosso trabalho, pois eles postulam uma descentralização da visão da cultura ao reconhecer e valorizar as características particulares das produções culturais de fora dos eixos dominantes no período pós-colonial. Desse modo, podemos entender as redes de trocas culturais entre os grandes centros e os centros periféricos numa sociedade contemporânea, cada vez mais globalizada, onde as diferenças das culturas locais, para além do mero sentido de exotismo, representam não só uma demarcação de território e de identidade, mas principalmente um novo valor de troca. As categorias tópicas propostas por esse trabalho ajudam na identificação desses territórios, revelando atributos que marcam determinadas obras acusmáticas latino-americanas. Essa metodologia foi posta à prova na análise de três obras: Festa!? de Denise Garcia, Dramédia e Pinheirinho , ambas de minha autoria. Tal experiência revelou que a catalogação de tópicas pode auxiliar na interpretação de obras acusmáticas transcontextuais ou intertextuais, isso é, obras com muitas sonoridades externamente referenciadas. Este trabalho também traz um portfólio de obras eletroacústicas autorais, onde apresento como associo tópicas com técnicas sempre com o objetivo de criar ou possibilitar leituras narrativas.