A Humanização Do Monstro No Seriado Televisivo Penny Dreadful (original) (raw)
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De Frankenstein a Penny Dreadful: o monstro humanizado na literatura e na televisão
2023
Esta obra é licenciada por uma Licença Creative Commons: Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional-(CC BY-NC-ND 4.0). Os termos desta licença estão disponíveis em: https://creativecommons.org/licenses/. Direitos para esta edição cedidos à Pimenta Cultural. O conteúdo publicado 14 s u m á r i o INTRODUÇÃO Já há muito a Literatura Comparada deixou de ser um estudo sobre fontes e influências (NITRINI, 2000) para abarcar um campo muito mais amplo, não restrito a intertextualidades, mas, como um sistema aberto, capaz de mover-se não só "entre várias áreas, apropriando-se de diversos métodos, exigidos pelos objetos que coloca em relação" (CARVALHAL, 2003a, p. 35), como também entre diversas expressões culturais, quer nacionais ou não. É nesse sentido que Carvalhal (2003b) traz para a Literatura Comparada o conceito de fronteira, a fim de discutir demarcações que ultrapassam as geográficas ou políticas. Nesse sentido, a autora declara que a Literatura Comparada "trabalha nos limiares, nas margens (nos limites dos gêneros, nas margens dos textos, no espaço intervalar onde se concretiza o imaginário das zonas de contato, que facilitam o processo permanente de interação de elementos vários" (CARVALHAL, 2003b, p. 159).
Ilha do Desterro A Journal of English Language, Literatures in English and Cultural Studies
contemporânea, abordado por Jason Mittell (2012), que elege a autorreflexividade como um dos elementos complexos na narrativa televisual dos séculos XX e XXI, este artigo objetiva discutir os elementos metaficcionais e autoconscientes no seriado de televisão anglo-americano Penny Dreadful. Assim, escolhemos analisar estratégias de performance e simulação que atuam através de dois espaços ficcionais na série, o teatro e o museu de cera, além de outros elementos que materializam o discurso autorreflexivo do programa televisivo ao longo de duas temporadas. Os estudos de Jost (2007, 2012), Eco (1989), Schechner (2013), Lee e King (2016), entre outros, serviram como base teórica e crítica para esta investigação.
A humanização em O Burrinho Pedrês
Sagarana é um livro contendo 09 contos e que foi publicado por Guimarães Rosa em 1946. A primeira versão de 1937, sob o título de "Contos", foi submetida a um concurso literário (o prêmio "Graça Aranha"), muito embora não tenha saído premiado. O autor conhecia muito bem sobre o que escrevia. João Guimarães Rosa era médico por formação, mas desistiu da Medicina para dedicar-se à diplomacia e à literatura. Nascido no interior de Minas Gerais destacou em quase todas as suas obras o sertão brasileiro. Curioso, Guimarães Rosa era um poliglota que aprendia novos idiomas "por divertimento, gosto e distração", como ele disse certa vez. Seu espírito investigativo o fazia buscar todo tipo de informação sobre a gente sertaneja, costumes populares, crenças, linguagens, superstições, do qual era um crédulo fiel.
O Estereótipo Do Monstro: Uma Discussão Sobre a Monstruosidade e Sua Representação Social
Coloquio Do Museu Pedagogico Issn 2175 5493, 2014
Este texto tem como objetivo fazer uma reflexão acerca dos estereótipos, da forma como estes foram compreendidos por Ruth Amossy e AnneHerschberg Pierrot, em seu livro "Estereotipos y clichés", relacionando-os aos conceitos de monstro e de monstruosidade apresentados por Foucault ao longo de seu curso no Collège de France no ano de 1975. Nosso estudo se dá em torno da ideia de representação coletiva cristalizada da monstruosidade a partir da padronização dos procedimentos que constituíram os espetáculos conhecidos como freakshows. Por fim, este trabalho tem como meta discutir o que se pode chamar de estereótipo do monstro.
Revista Rascunhos Culturais, 2014
A série de televisão como manifestação cultural e artística é um dos produtos midiáticos de maior expressividade da contemporaneidade. Este artigo contempla a análise da série Penny Dreadful sob a perspectiva da intertextualidade e do diálogo entre as artes uma vez que se encontram em seu enredo várias referências à literatura, à música, à fotografi a, ao teatro e à pintura. Diante disso, o seriado constitui um rico e complexo objeto de estudo da relação entre as artes e outras mídias, o que será feito aqui sob a perspectiva dos estudos teóricos da intermidialidade.
2018
Com o presente artigo, pretendemos discutir o conceito de intertextualidade na transposição midiática da obra literária Frankenstein, publicada em 1818 por Mary Shelley, para a série televisiva Penny Dreadful, que foi ao ar entre 2014 e 2016, reconhecendo a importância da leitura da obra original para ampliação da atribuição de sentido por parte do telespectador. Para tanto, por meio de revisão bibliográfica, revisitamos os conceitos referentes a intertextualidade e adaptação. Posteriormente, analisamos as produções em questão, de modo a comparar o enredo literário e sua versão televisiva (supracitada), demonstrando, assim, o quão mais ampla é a experiência do telespectador que reconhece as referências intertextuais devido à leitura integral da obra de Shelley. Por meio desse reconhecimento, é possível pontuar que adaptações audiovisuais, antes de desvalorizarem ou dispensarem a versão literária na qual se baseiam, promovem-na e demandam-na, para que o leitor-telespectador possa extrair o máximo de sentido em ambas as produções.
Monstars: Monstruosidade e Horror Audiovisual
Dialogarts, 2020
The texts of this volume are resultant from presentations delivered at the panel “Monstars: monstruosidade e horror audiovisual” ("Monstars: Monstrosity and Audiovisual Horror") held by the IV Congresso Internacional “Vertentes do Insólito Ficcional” – Mostruosidades ficcionais – Homenagem aos 200 anos de publicação de Frankenstein, de Mary Shelley. The proposal of both panel and this book is to celebrate the monsters protagonism in audiovisual fictional works.
Penny bloods: o horror urbano na ficção de massa vitoriana
2015
Esta dissertação busca analisar como o horror se apresenta na ficção de massa produzida durante a era vitoriana na Inglaterra, mais especificamente a que se enquadra em um subgênero do romance vulgarmente conhecido como penny blood. Para cumprir esse propósito, duas obras representativas desse subgênero foram escolhidas como objeto de estudo: The Mysteries of London (1844-1848), de G. W. M. Reynolds, e The String of Pearls: A Romance (1846-1847), de autor anônimo. Nesta pesquisa, aborda-se a penny blood como uma das formas inauguradoras da ficção de massa, uma vez que ela surgiu a partir da combinação de fatores como a urbanização, a alfabetização em massa e o crescimento do mercado editorial e se caracterizou pela publicação extensiva de histórias sensacionalistas com o objetivo de atender à crescente demanda por leitura de entretenimento da classe trabalhadora e de produzir uma cultura impressa acessível e barata. Além disso, considera-se a penny blood como uma narrativa que se expressa por meio do gótico urbano, retratando a cidade como um lugar dominado pelo submundo do crime e povoado por vilões monstruosos. Desse modo, a penny blood, transpondo o horror para a cidade, refletiu certas ansiedades da sociedade vitoriana concernentes ao novo espaço urbano que se desenvolveu tão rapidamente ao longo do século XIX. Palavras-chave: penny blood, literatura vitoriana, ficção de massa, gótico urbano.
O Monstro em Les Revenants: subversão dos zumbis e do gênero horror
Cinema Plural: Imagens do Contemporâneo na Visão de Jovens Pesquisadores do Brasil, 2014
Les Revenants é uma série de televisão francesa criada por Fabrice Gobert, adaptada do filme de mesmo nome, lançado em 2004, e exibida originalmente no Canal+ na França. Oito episódios foram exibidos de 26 de novembro a 17 de dezembro de 2012. Sucesso de crítica e público, a série conta a história de uma pequena cidade de montanha onde pessoas mortas reaparecem. Com uma narrativa multifoco repleta de mistérios e dramas, o clássico vilão eternizado pelos filmes de George A. Romero se vê arrancado do seu lugar comum: é consciente, inteiro e humanizado. O horror ainda se faz presente, mas de forma atenuada, coexistindo harmonicamente com elementos e determinações de outros gêneros, expressivamente, o drama e o suspense. Entender a figura do monstro na série e a multiplicidade de gêneros é entender tanto o sucesso de Les Revenants quanto a possibilidade de novas formas de expressão do gênero horror, mutável e constantemente ressignificado no cinema e televisão contemporâneos. ISBN: 9788541505253 (online)
Educação e (de)formação do gênero feminino na série Penny Dreadful: Uma análise da(s) personagem(ns) Brona Croft/Lily Frankenstein Education and (de)formation of female genre in Penny Dreadful: An analysis of Brona Croft/Lily Frankenstein character(s) Resumo: O presente artigo propõe uma leitura do processo de aprendizado e amadurecimento da personagem Lily, a partir do embate entre identidade e alteridade, em uma conjuntura opressora em relação ao sexo feminino, o final do século XIX. Ao mesmo tempo, propõe verificar a questão humanização versus monstrificação da personagem, na medida em que a série parece nuançar os limites do humano. Palavras-Chave: Feminino transgressor; Humanização do Monstro; Identidade e Alteridade; Horror em séries televisivas. Abstract: This paper presents a reading of the process of learning and maturation of the character Brona/Lily in the television series Penny Dreadful, especially the opposition between identity and otherness in a 19th century society that oppress the female sex. In the other hand, we aim to verify the humanization versus monstrification of its characters, in particular how the series seems to emphasize the limits of human self.