Uma amostragem do ensino de Geociências, a nível de 1º e 2º graus, no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. (original) (raw)

Geossítios Pontuais Essenciais Ao Ensino De Geociências No Rio Grande Do Sul: Características e Importância Para a Geoconservação

Revista Geonomos, 2013

A geoconservação preocupa-se com a proteção, valorização, divulgação e uso sustentável do patrimônio geológico, que inclui desde grandes áreas complexas até geossítios isolados ou pontuais. Este trabalho focaliza cinco geossítios, de aproximadamente um hectare, situados em diferentes regiões do Rio Grande do Sul, desprovidos de qualquer atratividade turística ou destaque na paisagem, mas essenciais ao ensino de diferentes conceitos/processos em geociências: uma discordância angular, um pequeno pavimento glacial, um lajeado com estratificações cruzadas acanaladas de grande porte, uma dobra recumbente e um afloramento de arenitos triássicos com troncos fósseis. Tais geossítios, largamente utilizados para o ensino de estratigrafia e geologia histórica, foram analisados levando-se em conta seus atributos didáticos, condições de acesso e potenciais riscos a sua integridade e/ou visibilidade. Com base nas observações, sugerem-se medidas para sua proteção (tombamento legal, designação de buffer para silvicultura, eventual aquisição dos terrenos) e utilização racional e sustentável (implantação de trilhas/trapiches, sinalização informativa/educativa, indicação de acessos, divulgação às escolas municipais). Tais medidas poderiam partir das universidades gaúchas, sendo capazes de proporcionar impactos positivos na divulgação das geociências à sociedade e na maior integração do conhecimento geológico com a educação básica nos municípios onde tais geossítios se localizam.

Geologia nas Escolas de Ensino Básico: a experiência do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Terrae Didatica, 2016

A Geologia não é disciplina regular da educação básica no Brasil e seus conceitos não são populares, mas faz parte do cotidiano e ajuda as pessoas a compreender o meio em que vivem, podendo contribuir para melhorar o conhecimento de questões ambientais dentro e fora da escola. A Universidade, por vocação, deve multiplicador sua produção e repassar o conhecimento, minimizando a distância entre academia e sociedade. O Departamento de Geologia/IGEO/UFRJ oferece cursos de aperfeiçoamento para professores, visando divulgar o conhecimento geológico. As práticas interdisciplinares de ensino acerca de conceitos geológicos buscam contribuir para melhorar o ensino de Geociências na rede pública do Rio de Janeiro. Os recursos paradidáticos aproximam docentes e alunos da rede pública ao conhecimento, tendo sido capacitados cerca de 80 professores de vários municípios do Estado do RJ e distribuídas mais de 300 coleções de minerais e de rochas com guias explicativos. A Instituição torna-se agente...

Ensino de Geociências na universidade

Estudos Avançados

RESUMO No Brasil colonial, apesar de intensa atividade mineira na busca de ouro e diamantes, não houve práticas geocientíficas relevantes. No século XIX ocorreram diversas explorações geológicas, das quais resultou uma vasta contribuição escrita. Além disso foram criadas importantes instituições, como o Observatório Nacional, o Serviço Meteorológico, o Observatório Magnético de Vassouras e a Escola de Minas de Ouro Preto em 1876. O ensino formal de Geociências no Brasil foi iniciado apenas em 1957, com a Campanha de Formação de Geólogos (CAGE), que criou e forneceu recursos materiais e humanos para quatro cursos de graduação em Geologia. Na Meteorologia a graduação se iniciou em 1963, na Oceanografia em 1971, e na Geofísica em 1983. Atualmente, 47 universidades brasileiras oferecem 71 cursos de graduação nas Geociências. Há 33 cursos de Geologia, três de Engenharia Geológica, 14 de Meteorologia, 13 de Oceanografia e 8 de Geofísica. Há no Brasil 57 programas de pós-graduação em Geoci...

Perspectivas do ensino de Geociências

Estudos Avançados

RESUMO O ensino de Ciências foi incorporado aos currículos escolares somente no século XIX. No Brasil-Império o ensino das Ciências Naturais era incipiente, embora ciências já fizessem parte do currículo do ensino secundário desde a criação do Colégio Pedro II, em 1837. Os primeiros cursos de nível superior em Geociências (Geologia, Geofísica, Meteorologia e Oceanografia) começaram a ser criados somente a partir da segunda metade do século passado. Atualmente, há cursos nessas modalidades em todo o país, que enfrentam, contudo, sérios obstáculos para que o ensino evolua de acordo com as necessidades atuais do mercado de trabalho, e das tendências impostas pelo avanço tecnológico. Neste trabalho analisamos entraves e lacunas profissionais no Ensino Superior e destacamos algumas práticas educacionais capazes de melhorar o aprendizado, que poderiam ser universalizadas. É inadiável expandir a área de Geociências nos cursos de formação e capacitação de professores para a Educação Básica;...

Reflexões Sobre O Ensino De Geociências Nas Escolas De Tempo Integral Do Estado De Goiás

Boletim Paranaense de Geociências, 2021

Promover o estudo de conceitos de Geociências na Educação Básica é um desafio para os professores, uma vez que não há espaço para este trabalho nos currículos escolares e encontra-se dificuldade para o diálogo entre as disciplinas de Ciências da Natureza e Geografia. As escolas comuns não oferecem muitas possibilidades para o estudo das Geociências o que destaca a necessidade de mais espaço e tempo, além de momentos que possibilitem o diálogo entre os professores de Química, Física, Biologia e Geografia. Isso poderia ser minimizado por meio de um período maior de ensino o que ocorre nos colégios de tempo integral. Nas escolas de tempo integral os estudantes possam mais tempo em sala de aula, com atividades diferenciadas e que possibilitam abordagens diversas. Assim, o objetivo deste trabalho é identificar as possibilidades e os desafios para o ensino de Geociências nas escolas de tempo integral do Estado de Goiás. As escolas de tempo integral do Estado de Goiás, assim como as das ou...

A informática e o ensino de geociências: estudo de caso em uma escola privada na zona oeste do Rio de Janeiro

Geosaberes, 2017

O objetivo foi avaliar a relação de professores e estudantes do 6° ao 9° ano com os temas geocientíficos e o uso de diferentes recursos didáticos no ensino das geociências (Estudo de caso: Realengo, RJ). Foram utilizados questionários específicos e distintos aos professores de geografia/ciências e aos estudantes. Os professores afirmaram associar temas geocientíficos com problemáticas atuais, porém raramente diversificam os recursos didáticos utilizados; apontaram a informática como recurso mais utilizado; e, relataram baixo interesse dos discentes por ciclos biogeoquímicos, clima, relevo, uso do solo e universo. Os estudantes apontaram o computador como recurso mais utilizado para pesquisas; poucos sabiam definir geociências, mostrando menor interesse por temas geocientíficos com o avanço de série. Fato este possivelmente associado à fragmentação das geociências em diferentes disciplinas.