Tragédias e contendas nos assentamentos rurais (original) (raw)
Related papers
Trajetórias de assentamentos rurais: experiências em balanço
2009
Este trabalho tem como objetivo avaliar o complexo processo de constituição de oito experências de assentamentos rurais, no tocante ao seu desenvolvimento econômico e político-organizacional, localizados em regiões distintas do Estado de São Paulo. Trajetórias diferenciadas entre si marcam essas experiências, os aspectos organizacionais incidem de forma diferenciada sobre a evolução econômica, não havendo uma relação de causalidade entre desempenho econômico, existência de dissensões e alternativas de organização. Pulverização e competição são fatores presentes na tentativa de construção de um novo modo de vida. Constata-se significativa pressão para que esses novos agricultores se mtegrem ao complexo agroindustnal e ao processo de globalização econômica hoje em curso. • PALAVRAS-CHAVE: Assentamentos rurais, estratégias familiares; projetos reforma agrária; lutas agrárias. Contextualização: caminhos da pesquisa Temos acumulado, nos últimos nove anos, reflexões e desafios no estudo e acompanhamento dos projetos de assentamentos rurais implantados no Estado de São Paulo (Ferrante & Bergamasco, 1995). Nesse caminho pautado pela imprevisibilidade e pela aprendizagem, temos insistido na complexidade do estudo de assentamentos, em sua multidimensionalidade, nos impasses de se analisar processos sociais agrários complexos (Santos, 1991) que têm na diversidade sua marca mais expressiva.
Pobreza e desigualdade em assentmentos rurais da Bahia
A diagnosis of production systems in settlements and "grass funds" of Bahia grass to and another to 2009, had argued the existence of high inequality, low yields and income. Prospecting your reasons, we find Meso-regional differences and establish comparison with data of the State of Rio Grande do Sul and across the country. We conclude that the distribution of land is not enough to overcome poverty and that we must to rethink public policies in the face of recent changes in Brazilian agriculture, increasingly concentrated and exclusionary.
Evasão e rotatividade em assentamentos rurais no Rio Grande do Sul
2006
The research presents the rotating phenomenon, composed by escape, exchange and others exits, in 193 settlements of Rio Grande do Sul, with emphasis in parcels escape. It is understood like the land reform escape and was correlated with 16 factors: a) install creditsupport modality, b) install credit – construction materials modality, c) PRONAF A, d) percentage of parcels without water, e) without light parcels, f) percentage of parcels without house, g) internal road quality, h) external road quality, i) soil quality, j) technical assistance kind l) settlement executor, m) implant year, n) public type o) implant region, p) escaped religion, q) escaped civil state. These factors and the escape were got in secondary dates of INCRA and GRAC, the state land institution. The two last factors were tested only in ethnographic cases. It was necessary to respond the central hypothesis, where the escape is facilitated in low social cohesion situations, because almost all factors refers to th...
Questão agrária e assentamentos rurais no Estado de São Paulo
Esta tese não avançava e tudo estava meio chato e sem sentido até conhecer Flávia Sanches que, aceitando meu pedido de assinar Carvalho, me deu sentido para o presente e vontade para o futuro. Flávia, você mudou para muito melhor a minha vida e a você, meu amor, rendo meus primeiros agradecimentos. Este trabalho começou a ser construído, enquanto projeto de vida, no fim da minha graduação, em 2000, com a redação da monografia. Naquele momento, quando os meios materiais não me eram nenhum pouco favoráveis, Rosangela Petuba, em um ato de amizade (inestimável e inesquecível) me emprestou seu computador para que eu o levasse para casa e pudesse, assim, concluir meu curso de economia. A ela devo, mesmo que com onze anos de atraso, também meus agradecimentos. De lá para cá, muitos foram os amigos que estiveram presentes em fases geralmente não-boas, quando gestos de apoio e incentivo foram sempre alentadores. A todos que torceram pelo fim desta importante etapa, meu muito obrigado. Ao amigo Thomaz Jensen que me ajudou a entrar em contato com João Pedro Stédile, ao João Pedro que me pôs em contato com a militância da região de Ribeirão e à Neusa Botelho, Kelli Mafort e Fábio Tomaz, pela doação de seu tempo, à minha tese e, mais importante, à luta pela reforma agrária no Brasil e, especialmente, em São Paulo. Aos técnicos do ITESP que não pouparam esforços para contribuir com minha pesquisa de campo, especialmente ao José Amarante, Antônio Carlucci Neto, Ivan Cintra Lima e Amarildo Fernandes. Às amigas Andrea Muñoz e Monaliza Martins pela ajuda com as traduções do resumo e ao amigo Pedro Campos, pelos mapas. À Maria dos Anjos, pelo abrigo, pelo apoio, pelo cuidado, pela confiança, etc. etc. etc. Aos amigos Heládio Leme, Hugo Silimbani Neto e Sebastião Ferreira da Cunha pelas conversas sempre frutíferas. À Juci, minha primeira leitora, que me fez ver que o economês exagerado torna inacessível, para muitos, as contribuições acadêmicas. Aos anjos da Unicamp, especialmente à Dora, Tereza, Fátima, Cida e Marinete, que fazem desta instituição um lugar melhor e aos colegas do Instituto Três Rios/UFRRJ, pelo apoio e incentivo presentes em muitos momentos, especialmente ao Cicero pela ajuda logística.
Agricultores familiares nos assentamentos em Araguatins/TO
Revista Campo-Território
Os assentamentos rurais no Brasil influenciam no dinamismo econômico e social. É desafiador entender essa realidade como um organismo social, complexo e fortemente imbricado ao território por intermédio de suas relações produção e consumo e a superação dos problemas. Este estudo é relevante por gerar informações úteis para o entendimento da realidade dos assentamentos rurais e as análises dessas informações sociais, são importantes pois poderá servir de base para elaboração de estratégias em prol do desenvolvimento desses assentamentos. O objetivo do artigo é identificar o perfil dos agricultores rurais assentados em Araguatins/TO e a relação com a terra, contribuindo assim com uma análise social do espaço rural. A pesquisa é bibliográfica, estudo de caso, possui abordagem qualitativo e quantitativo. Foram entrevistadas 63 famílias em 21 assentamentos rurais em Araguatins/TO. Os resultados apontam que as famílias rurais têm a trajetória familiar em torno da agricultura, o tempo de v...
Rotatividade em assentamentos rurais
Raízes: Revista de Ciências Sociais e Econômicas, 2007
Apresentamos o fenômeno da rotatividade em 193 assentamentos no Estado do Rio Grande do Sul, com ênfase na evasão de lotes. Não encontramos correlação da evasão com as variáveis relacionadas à dimensão material. Os resultados revelaram uma estimativa de 22% de evasão, porém com diferenças regionais acentuadas. O estado civil e a religião foram relacionados à evasão em duas etnografias e nos permitiram verificar que esta é estancada em situações de maior coesão social, relacionadas às relações de reciprocida- de, em especial, o parentesco, na forma da família extensa e do compadrio, e às relações religiosas e de vizinhança.
TERRA, MORADIA E TRABALHO: articulações e disputas nos assentamentos rurais do oeste paulista
Rodolfo José Viana Sertori, 2019
Esta tese, defendida em janeiro de 2019, junto ao Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da USP de São Carlos, trata sobre a produção do habitat da reforma agrária, a partir da análise de três assentamentos rurais do oeste paulista. Neste trabalho, foram considerados quatro eixos principais: 1) A questão agrária no oeste paulista; 2) Programas e produção habitacional, com destaque para o PNHR/PMCMV; 3) Infraestruturas, serviços e equipamentos públicos; 4) A produção da agricultura camponesa.
Coesao e evasao em assentamentos rurais no extremo sul do Brasil
Através de etnografias realizadas em dois assentamentos no Rio Grande do Sul, discute-se os processos de coesão social interna e sua potencialidade em estancar a evasão e a rotatividade dos assentados. A adoção da perspectiva da sociologia da crítica de Boltanski, em associação com aportes pontuais de Bourdieu, Wolf e Elias, permitiu compreender os processos de mobilidade e de construção da coesão social dos assentados. Essa última é relacionada à reciprocidade, em especial ao parentesco e às relações religiosas e de vizinhança. Verificou-se que os assentados, cada vez mais situados na "cidade doméstica", estão construindo processos corporativos, ainda que de forma negociada com o MST, INCRA e vizinhança. Não se encontrou correlação entre a evasão e diversas variáveis relacionadas à dimensão material nos 193 assentamentos pesquisados. PALAVRAS-CHAVE: rotatividade, reforma agrária, reciprocidade, sociologia da crítica, religião. * Mestre e Doutorando em Desenvolvimento Rural -PGDR/UFRGS. Engenheiro agrônomo do INCRA-RS.
Coesão social e evasão em assentamentos rurais no extremo-sul do Brasil
Caderno CRH, 2008
Através de etnografias realizadas em dois assentamentos no Rio Grande do Sul, discute-se os processos de coesão social interna e sua potencialidade em estancar a evasão e a rotatividade dos assentados. A adoção da perspectiva da sociologia da crítica de Boltanski, em associação com aportes pontuais de Bourdieu, Wolf e Elias, permitiu compreender os processos de mobilidade e de construção da coesão social dos assentados. Essa última é relacionada à reciprocidade, em especial ao parentesco e às relações religiosas e de vizinhança. Verificou-se que os assentados, cada vez mais situados na "cidade doméstica", estão construindo processos corporativos, ainda que de forma negociada com o MST, INCRA e vizinhança. Não se encontrou correlação entre a evasão e diversas variáveis relacionadas à dimensão material nos 193 assentamentos pesquisados. PALAVRAS-CHAVE: rotatividade, reforma agrária, reciprocidade, sociologia da crítica, religião.