Instrumentação de laboratório e campo e a medição da Curva de retenção (original) (raw)
Comparação entre curvas de retenção de água obtidas em laboratório e a campo
Irriga, 2019
O objetivo do estudo foi comparar dados do conteúdo de água do solo obtidos por técnicas laboratoriais (Extrator de Pressão de Richards) e por técnicas de determinação em campo (tensiômetros e TDR) em diferentes usos do solo. Os usos do solo estudados foram: agricultura, floresta nativa (Bioma Mata Atlântica), reflorestamento e pastagem. O conteúdo de água no solo determinado pelas curvas de retenção foi menor na camada superficial do solo, com aumento gradativo em relação a profundidade. Com o TDR, os valores do conteúdo de água alternaram nas profundidades e para os diferentes usos. Este resultado foi associado ao fato de que curvas de retenção ficam restritas a pressões máximas de 916 kPa em períodos de restrição hídrica. O método de Richards subestimou os valores de umidade nas áreas de agricultura, pastagem, reflorestamento, e superestimou os valores na área de floresta. O método de Richards também apresentou ineficiência na saturação (θs) das amostras e no equilíbrio hidráulico da umidade residual (θr). Apesar de alguns valores terem sido subestimados, a regressão linear do conteúdo médio de água no perfil do solo obtido pelos diferentes métodos apresentou correlação positiva para as áreas de agricultura e floresta e baixa correlação para as áreas de pastagem e reflorestamento. Estes resultados foram confirmados na regressão linear da variação diária de armazenamento de água ao longo do perfil.
Uso de experimentação contínua para a instrumentação e o empacotamento do coorte PIPA UFRJ
2020
A experimentação contínua permite apoiar a tomada de decisão no desenvolvimento de sistemas de software contemporâneos. Seu uso aparenta trazer vantagens quando a presença dos clientes e a definição de requisitos não ocorre de forma direta. Atualmente, diferentes tipos de sistemas de software representam desafios em sua construção, considerando a necessidade de encapsulamento de conhecimento, integração com dispositivos no ambiente e o acompanhamento dos eventos ocorridos durante sua utilização. Esse é o caso de software para apoiar estudos de coorte (um tipo de estudo longitudinal), os quais evoluem continuamente ao longo de seu ciclo de vida. Este artigo apresenta os resultados preliminares e reflexões sobre o uso de experimentação contínua na instrumentação e empacotamento de um estudo de coorte, o PIPA UFRJ, na área de saúde ambiental coletiva. Os desafios que observamos, relacionados com aspectos importantes no desenho experimental, ainda não têm sido tratados de forma mais det...
Laboratório de Metrologia no apoio à Manutenção de Condição
15º Congresso Nacional de Manutenção, 2019
Resumo Um Laboratório de Metrologia garante a rastreabilidade dos instrumentos de medição, de acordo com os requisitos ou normas vigentes, aos mais diversos equipamentos industriais, bem como aos atinentes a estudos e projetos realizados na área do ambiente, saúde, higiene e segurança, construção, manutenção, desenvolvimento de produtos e indústria em geral. A atividade desenvolvida num laboratório de vibração na área da metrologia pode ser a seguinte: • Calibração de acelerómetros uniaxiais e triaxiais (X, Y, Z); • Calibradores de aceleração; • Analisadores de vibração; • Cadeias de medição (acelerómetros; condicionadores; e unidades de leitura) em aceleração; • Sistema de medição de vibração associada ao corpo humano (ISO 8041); • Sismógrafos. Em termos operacionais, os clientes enviam os acelerómetros ou equipamentos de medição para o laboratório descrevendo o que pretendem que o laboratório faça. Podem solicitar a determinação da sensibilidade do acelerómetro numa só frequência, ou ao longo de uma faixa de frequências, determinando assim a variação de sensibilidade ao longo de todas as frequências. Também podem solicitar a calibração da sua resposta em amplitude, ou seja, para determinar a sensibilidade do acelerómetro numa frequência especifica e avaliar apenas a amplitude nessa mesma frequência para verificar a sua variação à sensibilidade. No laboratório são realizadas calibrações de alguns equipamentos de medição de vibração, dentro das gamas de frequência e amplitude possíveis de gerar. Para a realização de calibração de todo o sistema de medição de vibração, bem como a leitura realizada no equipamento, é necessário fazer um estudo prévio sobre este. Cada equipamento tem a sua forma de funcionar e, como tal, é necessário estudar o equipamento por forma a conseguir configurá-lo para a realização da calibração. Nos sistemas onde é possível atualizar a sensibilidade do acelerómetro, primeiro começa-se por determinar a sensibilidade deste, para depois a avaliar no desempenho do equipamento. De seguida realiza-se uma calibração de resposta em amplitude e frequência com as leituras realizadas no equipamento do cliente. Resumindo, através dos padrões do laboratório é gerada uma vibração com uma certa frequência e a amplitude. De seguida é lido, através do acelerómetro do cliente, o valor registado no equipamento. Depois, determina-se o erro para cada frequência e amplitude, comparando o valor esperado dado pelo laboratório e o valor lido pelo equipamento do cliente, ou utilizando o Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM), o valor medido menos o valor de referência. Os equipamentos apresentam os valores de amplitude em diferentes tipos de unidades (; ; −2 ; /), dependendo do que melhor se aplica para o estudo da vibração. No laboratório configura-se o equipamento para registar os valores na unidade em que o cliente trabalha. Em relação à calibração dos equipamentos de vibração no corpo humano, esta é feita de acordo com a norma ISO 8041:2017, na qual existe uma calibração para a parte mecânica, como em todos os outros equipamentos, mas também para a vertente elétrica.